quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Bloco agora diz que vai apreciar vetos semana que vem


Pauta - Bomba


Depois de impor derrotas ao governo federal por dois dias consecutivos, quatro partidos da base aliada decidiram que vão assegurar o quórum e votarão a favor da manutenção dos vetos presidenciais a itens da chamada "pauta-bomba", como o aumento de até 78% a servidores do Judiciário e o reajuste das aposentadorias na mesma fórmula do salário mínimo.
A reunião do Congresso deverá ser marcada para a noite da próxima terça-feira (13). A decisão foi tomada em reunião com líderes de PP, PTB, PSD, PR e PRB, todos da base governista.
"Estávamos discutindo a relação com o governo", brincou o líder de um partido aliado ao explicar a "canseira" dada ao governo nesta semana.
Na manhã desta terça-feira (6), teve início a articulação de PP, PTB, PSC e PHS para se afastar do chamado bloco da maioria, que era comandado pelo PMDB. O PEN, que tem dois deputados, também integrava o bloco parlamentar.
O descontentamento era claro com o que consideraram "prestígio excessivo" do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que havia indicado dois ministros  Marcelo Castro (PMDB-PI), para a Saúde, e Celso Pansera (PMDB-RJ), para a Ciência e Tecnologia.
Na visão dos aliados, Picciani obteve os ministérios para o PMDB em nome do bloco. Por isso, a decisão de se afastar do PMDB. Um novo bloco parlamentar, composto por PP, PTB, PSC e PHS será formalizado nesta quarta-feira (7) e haverá rodízio de líderes, começando pelo deputado Dudu da Fonte, do PP.
Esses partidos afirmam que a presidente Dilma havia prometido conversar com todos os aliados na montagem do ministério, mas só chamou Leonardo Picciani para conversa. "Picciani foi o grande contemplado na reforma", enfatizou um dos parlamentares contrariados.
Como resposta a esta mobilização, o ministro Ricardo Berzoini, articulador político do governo, convidou todos os líderes dos partidos da base para uma reunião nesta tarde.
Cristiana Lôbo

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