quinta-feira, 20 de março de 2014

Brasil não pode aceitar o pessimismo, diz Dilma no Maranhão

IMPERATRIZ, MA, 20 de março (Folhapress) - Em meio a críticas por ter avalizado uma compra polêmica da Petrobras quando era ministra do governo Lula, a presidente Dilma Rousseff aproveitou um discurso hoje em Imperatriz (MA) para atacar os "pessimistas que não acreditam no país". 
Sem mencionar a controvérsia envolvendo a estatal, a presidente disse que "infelizmente tem gente muito pessimista" no país. "[Gente] que não acredita, [que diz:] "Ah, o Brasil não vai pra frente" O Brasil não é um país que pode aceitar o pessimismo", completou Dilma.
A presidente participou da inauguração de uma nova fábrica de celulose de eucalipto do grupo Suzano Papel e Celulose em Imperatriz, interior do Maranhão. A sexta unidade no país da empresa, já em funcionamento, somou investimento próprio de R$ 6 bilhões, e deverá gerar 3.500 empregos diretos. 
Ao falar sobre os "pessimistas", Dilma também voltou a fazer referência a um trecho da obra "Os Lusíadas", do poeta português Luís Vaz de Camões (1524-1580).
Para personificar os pessimistas do Brasil, ela citou o Velho do Restelo, personagem que exortava os navegadores prestes a embarcar rumo ao Brasil que desistissem da empreitada diante do risco da travessia. Notícias do Maranhão.
A presidente recorreu ao trecho para concluir que o país "é fruto do otimismo, do imenso otimismo que trouxe para cá [Brasil] os nossos primeiros colonizadores".
Como havia feito em outras cidades em que esteve hoje (Marabá e Belém), Dilma deixou o evento em Imperatriz sem falar com a imprensa.
A presidente é alvo de críticas por supostas irregularidades na compra de uma refinaria no Texas pela Petrobras, em 2006, quando ela era ministra de Minas e Energia e presidente do conselho administrativo da estatal.
A compra é investigada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Ao lado do pai, o senador José Sarney (PMDB), a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), seguiu a linha de otimismo da presidente para falar de seu Estado.
"Outro dia disse que o Maranhão está mais rico e as pessoas me criticaram. Eu sou otimista, se fosse pessimista eu falaria que o Maranhão está menos pobre. Como sou otimista, digo que está mais rico". 
A governadora se referia a uma entrevista em janeiro deste ano, no auge da crise no sistema penitenciário do Estado com as mortes no complexo de Pedrinhas, em São Luís - 63 presos morreram no local desde o ano passado.
Na ocasião, Roseana relacionou a violência no Estado a um suposto aumento na riqueza da população.  

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