sábado, 20 de outubro de 2018

O povo brasileiro na sua ampla maioria gosta da política

O Brasil Que Queremos


O povo brasileiro na sua ampla maioria gosta da política. Ela será sempre empolgante porque desperta a paixão, motiva a discussão, engrandece a cidadania e nesse diapasão todos saem ganhando com o protagonismo que emprestam a esse precioso tema. 

Esse detalhe apontado na exordial do presente artigo resulta interessante para entendermos melhor o propósito da rede globo de televisão em lançar no curso da sua programação diária, a possibilidade do seu telespectador manifestar seu desejo no que se relaciona ao Brasil que queremos para o futuro. A beleza da ação resulta elogiosa. 

Trata-se de uma reflexão que todos nós brasileiros precisamos fazer sobre os temas que nos angustiam. Mas, não se trata de nada simples. O tema é complicado. Implica na formação cultural, social e política de um povo. Exige o conhecimento razoável da nossa história, dos seus líderes e dos seus legados. 
Isso, não se faz com mensagens de quinze segundos utilizando-se de um aparelho celular. Essa iniciativa seria simplista demais para vencermos as desgraças que impedem a nossa felicidade. 

O despertar dessa consciência ainda vai demorar algumas gerações. Não podemos ser hipócritas para esposar outro tipo de raciocínio. Diante da realidade brasileira não tem como antecipar os degraus que nos separam desse futuro promissor. O nascedouro dessa grande conscientização precisa estar circunscrita inicialmente ao recesso sagrado do lar. Ali registra-se o primeiro contato social do ser humano. A sua personalidade e o seu caráter resultarão moldados. 

É esse o inicio da grande caminhada para se forjar a grandeza do cidadão e a beleza da Pátria. Quando fixamos serenamente esse entendimento o País será forte e venturoso. Esse é o seu alicerce indestrutível.
Nada pode justificar a falta de tempo dos pais para melhor educar os filhos. Esse comportamento é a maior de todas as brutalidades que pode ser cometida contra a Pátria. O ser humano sabe argumentar, alinhar suas ideias, firmar o seu pensamento, emitir sua opinião. A crítica é a que melhor sabe fazer. E isso tudo, resulta ainda mais enriquecedor se lhe for oferecido os elementos técnicos para o enfrentamento dos temas principais do País. 

Essa é a estrada segura que precisamos pavimentar para evitarmos os sobressaltos plantados pelos espertos. Daqueles que estão predestinados a enganar. Isso tudo resultará consolidado com uma educação de qualidade. 

Mas não essa educação que os governos oferecem para as nossas crianças onde as escolas públicas são o retrato do descaso. A cidadania fica comprometida. De se aliar a isso tudo a humilhante remuneração dos professores. Esse é o grande indicador da derrocada. 

Os nossos estudantes não conseguem escrever dez linhas sobre Barroso, Tamandaré, Rondon, Caxias, Tiradentes, Rio Branco, Vargas, alguns dos nossos heróis nacionais.

Quando esboçam uma reação para iniciar a redação o vernáculo passa a se constituir na sua humilhante nota de culpa. A situação é ainda mais dramática. Não sabem quando a República foi proclamada. Não sabem quando se deu a nossa Independência. 

Quando o tema está relacionado com o meio ambiente, o combate ao trabalho escravo, o sistema previdenciário, a política tributária dentre outros preciosos assuntos o silencio resulta absoluto. Emudecem com a coberta do constrangimento. Falta-lhes as informações para melhor exarar o juízo de valor.

Não estamos falando apenas das nossas crianças. Falamos com absoluta segurança da ampla clientela do ensino público, inclusive, de uma parte considerável dos nossos universitários. Essa é a nossa realidade. Está às nossas vistas. Nessa escuridão medonha e que impede as nossas crianças de conhecerem a luz do conhecimento fica muito difícil apontar em quinze segundos os caminhos benfazejos do Brasil que queremos para o futuro. 

Mas a iniciativa resulta positiva. Motiva o debate e enriquece a democracia. É o prenuncio saudável para a boa escolha do futuro mandatário da nação.

Promotor de Justiça aposentado. (dr.hindo@hotmail.com)

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