segunda-feira, 21 de março de 2022

TUTÓIA A HISTÓRIA DO JEITO QUE FOI CRIADA DURANTE SUAS DÉCADAS ATÉ AQUI

 

Viagem no tempo conhecendo "Tutóia" Túnel do Tempo

 

Tutóia

Acesse aqui o MAPA de TUTÓIA

Consulte aqui o relatório socieconômico do seu município - OIT



Formação Histórica
A Povoação foi edificada na margem esquerda do rio Tutóia, no lugar onde ele se lança no canal do mesmo nome, formado pelo braço ocidental do rio Parnaíba.
Os primeiros habitantes da região foram os índios tremebrês, considerados valentes e prestimosos. Em 1727, havia duas dates de seis léguas, medidas e demarcadas pêlos indígenas.
Com a denominação de Viçosa, foi elevada à categoria de Vila, em 1758, continuando a ser conhecida, porém, como Tutóia.
Em 1871, por seu pouco desenvolvimento, a Vila foi transferida para Barreirinhas, ficando em plano secundário dentro do próprio Município. Reagindo contra a situação, em 1890, foi desmembrada de Barreirinhas, para constituir Município autônomo.
Em 1901, a Sede mudou-se para o povoado de Porto Salina, localidade surgida em 1822, quando o Coronel Paulino Gomes Nunes instalou suas atividades comerciais na margem esquerda do igarapé.
Nessa oportunidade, Porto Salina foi elevado a vila com a denominação de Tutóia, Sede definitiva do Município.
Tutóia adquiriu foros de cidade em 1938.

Gentílico: Tutoiense
Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Tutóia, por Resolução Régia, de 18-06-1757.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Tutóia, por Resolução Régia de 01-08-1758. Sede na vila de Tutóia.

Pela lei provincial nº 951, de 14-06-1871, é extinta a vila de Tutóia. Sob a mesma lei transfere a sede de Tutóia para a povoação de Barreirinhas.

Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Tutóia, pelo decreto nº 53, de 29-12-1890, desmembrado de Barreirinhas e São Bernardo. Sede no distrito de Tutóia. Não temos data de instalação.

Pela lei estadual nº 297, de 16-04-1901, transfere a sede do distrito de Tutóia para a povoação de Porto de Salina.

Pela lei municipal de 05-07-1893, é criado o distrito de Rio Novo e anexado ao município de Tutóia.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Tutóia e Rio Novo.
Em divisões administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído do distrito sede. Não figurando o distrito Rio Novo.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela lei estadual nº 269, de 31-12-1948, são criados os distritos de Barro Duro e Paulinho Neves e anexados ao município de Tutóia.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído dos distritos de Tutóia, Barro Duro e Paulinho Neves.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991.
Pela lei estadual nº 6185, de 10-11-1994, desmembra do município de Tutóia o distrito de Paulinho Neves. Elevado à categoria de muincípio.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 2 distritos: Tutóia e Barro Duro.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte: IBGE




LEI DE CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE TUTÓIA

LEI n° 269 de 31 de dezembro de 1948.  Cria o Município de TUTÓIA e dá outras providências.

LIMITES MUNICIPAIS
1 – Com o Município de BARREIRINHAS:
Começa no lugar do marco, defronte à foz do rio Munim, também conhecido por Juçaral, a margem esquerda do Rio Preguiças; segue por um alinhamento reto, com azimute de 57°30’ nordeste, em direção à barra do Tatu, até atingir à margem esquerda do Rio da Fome ou Formiga; daí pelo talvegue dêste rio, à jusante, até sua embocadura no lago da Tábua ou Grande; continua pelo meio dêste lago abaixo, até seu sangradouro, chamado Rio Novo; continua pelo veio do Rio Novo, à jusante, até sua foz na barra do Tatu, e pelo meio prossegue até atingir o limite das águas territoriais.
2 – Com o OCEANO ATLÂNTICO:
Começa no limite das águas territoriais, defronte à barra do Tatu; segue por esse limite até defrontar a barra do Carrapato.
3 – Com o Município de ARAIOSES:
Começa no limite das águas territoriais, defronte à barra do Carrapato; segue até a bôca dessa barra; separando a Ilha do Cajú (do Município de Araioses) da Ilha Grande do Paulino (Município de Tutoiá); prossegue, separando para Araioses, nas Ilhas do Carrapato, das Garças e de São Bernardo, e para Tutóia, as do Enforcado, da Beirada Funda e do Iogoronhom, até alcançar a bôca do Igarapé Frecheira Grande; daí pelo talvegue desse Igarapé, à montante, até cruzar a linha telegráfica Tutóia - Araioses, defronte ao povoado de Frecheira Grande; daí segue um alinhamento reto à passagem do Magu, à margem esquerda do Rio Magu.
4 – Com o Município de SÃO BERNARDO:
Começa na passagem do Magu, à margem esquerda do Rio Magu; segue por um alinhamento reto, separando o povoado de Santana dos Costas para São Bernardo, e a localidade Mutamba para Tutóia, até o lugar do marco, à margem direita do Rio Preguiças, defronte à foz do Rio Munim ou Juçaral à margem esquerda do Rio Preguiças.
DIVISAS INTERDISTRITAS:
1 – Entre os distritos de TUTÓIA e BARRO DURO (ex-povoado):
Começa na bôca do canal que separa a Ilha das Garças (do Município de Araioses) da Ilha do Igoronhom (Município de Tutóia); segue deixando para o distrito de Tutóia as Ilhas Igoronhom, Caieira e Coroatá, e o continente para o distrito de Barro Duro, até defrontar a barra do Rio Bom Gosto, mais comumente conhecido por Bezerra; segue pelo talvegue do rio Bezerra à montante, até sua nascente mais alta.
2 – Entre os distritos de TUTÓIA E PAULINO NEVES (ex-povoado de Rio Novo):
Começa no limite das águas territoriais, defronte à barra do Igarapé São João; segue por essa barra e pelo referido Igarapé, à montante, até sua cabeceira mais alta; daí segue por um alinhamento reto a cabeceira do Rio Bezerra.
3 – Entre os distritos de BARRO DURO e PAULINO NEVES:
Começa na cabeceira mais alta do Rio Bezerra; segue por um alinhamento reto, com a direção sul, ao lugar do marco, à margem esquerda do Rio Barro Duro; segue por este rio à montante, até atingir o limite com o Município de São Bernardo.

LEI n° 7.752 DE 11 DE JUNHO DE 2002. Consolida e mantém os limites do Município de TUTÓIA e dá outras providências.
O Governador do Estado do Maranhão.

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei:



Art. 1° - O Município de Tutóia, criado pela Lei n° 269, de 31 de dezembro de 1948, passa a ter o seu perímetro territorial definido na presente Lei.

Art. 2° - O Município de Tutóia limita-se com os Municípios circunvizinhos na seguinte forma:

LIMITES TERRITORIAIS

a) Com o OCEANO ATLÂNTICO:

Começa na Barra do Tatu na foz do Rio Cangatã na divisa com o Município de Paulino Neves, segue para o Oceano Atlântico até suas divisas territoriais com outros continentes e estados voltando até a ponta do Carrapato, limite com o Município de Água Doce.

b) Com o Município de ÁGUA DOCE:
Começa na ponta do Carrapato, na Baía da Melancia, seguindo pela referida baía do Carrapato, até o encontro com a foz do rio Molhado, na coordenada UTM (96962021200). Segue a coordenada em sentido sudoeste para a foz do rio Molhado. Dessa foz segue pelo talvegue do referido rio até a divisa com a ilha do Enforcado, seguindo entre esta, a ilha do Carrapato e Beira Funda e Carrapato até o encontro da ilha do Igaranhum. Continuando entre a ilha do Lavrado e Igaranhum até a baía de Tutóia. Segue pela baía de Tutóia até a foz do rio Flecheira Grande até o encontro com o povoado Flecheira Grande, precisamente na estrada vicinal que liga Água Doce a Cajazeiras. Dessa estrada segue uma reta sentido sudoeste até a ponte existente no rio Magú, no lugar Passagem do Magú passando pelo povoado Baixão do Afonso.
c) Com o Município de SANTANA DO MARANHÃO:
Começa na ponte existente no rio Magú, no lugar Passagem do Magú, seguindo em uma reta sentido leste-oeste até o riacho Cocal, no caminho que vem do lugar Boa Hora à Coqueiro, nas coordenadas UTM (7740) e (9658). Deste riacho e caminho e coordenadas segue uma reta sentido sudoeste até as coordenadas UTM (9648) e (7560) na cabeceira do riacho Santo Hilário. Dessas coordenadas segue uma reta sentido norte-sul até o riacho do Meio, nessas coordenadas UTM (7560) e (966150).
d) Com o Município de PAULINO NEVES:
Começa nas coordenadas (7560) e (966150) no riacho do Meio, seguindo pelo talvegue do mesmo até a sua foz na divisa entre o riacho Santo Hilário e o rio Carrapato, seguindo pelo talvegue do referido rio até a foz do riacho das Cotias. Desta foz segue pelo talvegue do riacho das Cotias até sua cabeceira, seguindo em uma reta sentido noroeste até o riacho Água Rica, seguindo até a foz do rio Cangatã, seguindo pelo meio do rio Cangatã até sua foz na barra do Tatu no Oceano Atlântico.
Art. 3° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário.
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. A Excelentíssima Senhora Chefe do Gabinete do Governador a faça publicar, imprimir e correr.
Palácio do Governo do Estado do Maranhão, em São Luis, 11 de junho de 2002, 181º da Independência e 114º da República.

JOSÉ REINALDO CARNEIRO TAVARES

Governador do Estado do Maranhão

OLGA MARIA LENZA SIMÃO

Chefe do Gabinete do Governador

RAIMUNDO SOARES CUTRIM

Gerente de Justiça, Segurança Pública e Cidadania

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL N° 118 DE 20 DE JUNHO DE 2002

PROJETO DE LEI N° 070/02

AUTORIA DO DEPUTADO JOSÉ ORLANDO


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                                                 Símbolos Municipais
Hino
O Hino de Tutóia tem letra e música de autoria do padre Jocy Neves Rodrigues. Foi oficializado no dia 15/03/82, na sessão da Câmara Municipal, pelo Decreto 76, sob a Presidência da Vereadora Almerita Frota Araújo.
                 
Hino de Tutóia
Suaves rios e mares bravios
Matas floridas, verde coqueiral,
Terra de amor, feliz amostra
Do paraíso terreal
Estribilho
Praias amenas, brisas serenas
Dunas beijando igarapés, (bis)
Campos risonhos, terra de sonhos
Tutóia dos Teremembés

Céus povoados de aves multicores
Garridas flores perfumando os ares
Vida inspirando mil amores
Pelos teus lagos e teus mar

Filha do amor dos santos missionários
Berço feliz de heróis desbravadores,
De tua história e tua cultura
Seremos sempre defensores


AQUARELA DE TUTÓIA

ORIGINAL: "AQUARELA DE MINHA TERRA"

Minha terra pequenina, nem parece uma cidade
Mais parece uma menina, sem requinte e sem vaidade
Assim mesmo tão modesta, é tão lindo o por do sol
Nunca ví tanta seresta, canta o mar, canta a floresta
Canta o vento nos coqueiros, sabiá nos cajueiros
Nos canteiros o rouxinol

Minha terra pequenina, entre o verde manguezal
Sob a luz da lamparina e o azul celestial
Cidadezinha praeira, das cacimbas de beber
Dos quintais e capoeiras, das salinas e caieiras
Dos frondosos coqueirais, tantas coisas naturais
Impossível descrever

Minha terra pequenina, sai da margem da maré
Ganha a margem da salina, vai beirando o igarapé
Deixa a margem da favela, vai se embora pro sertão
Lá se vai uma donzela, confeitando de aquarela
Este mapa juvenil, deste gigante brasil
Nos confins do maranhão

Minha terra pequenina, taba dos teremembés
Bem juntinho da colina, e o mar lhe beijando os pés
Cidadezinha esquecida, distante da capital
Mairim dos indios, mimosa, foi depois vila viçosa
Hoje é bonita jóia, cidade NOVA TUTOIA
Princêsa do litoral.

Autor: NONATO FREITAS (Escritor, Músico, Poeta etc. falecido em julho/1989) - participação do Monsenhor HÉLIO MARANHÃO, por inclusão da última estrofe

Fonte: http://www.sergioramos.com.br/tutoia/Noticia.asp?noticia_no=45

BANDEIRA DE TUTÓIA


O Brasão, símbolo de Tutóia, entre o sol e as duas palhas cruzadas de coqueiro, está moldado na cor marrom fechado, representando a argila que existe em nossa região, tendo, na parte central, as ilustrações das dunas circulando a orla marítima, sendo observado de luzeiro pelos navegantes. Ainda podemos ver um coqueiro, simbolizando uma vasta faixa deste precioso vegetal em nossa região e o Farol de Andreza.

BRASÃO DE TUTÓIA

A bandeira de Tutóia foi idealizada por uma comissão nomeada pelo prefeito Dr. Merval de Oliveira Melo e integrada pelos professores: Francisco das Chagas Sousa e José de Ananias Pereira dos Santos. Foi oficializada pelo Decreto de 28/01/1.981, sob o nº 56-ª

Os idealizadores optaram pelo chão da bandeira de cor amarela, numa representação das praias e dunas do litoral tutoiense, cujos coqueiros lhes servem de ornamentação à paisagem, quebrando a aridez litorânea, com suas palmas verdes e onduladas, movidas pela brisa marinha.


Breve Histórico dos 73 anos de emancipação política (29 de março de 1938). 

A historicidade dessa “cidadezinha praieira” remonta a um passado bem longínquo. Dados históricos afirmam o seu povoamento desde o século XVIII, quando foi confirmada a demarcação de terras no litoral para os indígenas Teremembés, aproximadamente em 1727, sendo denominada de Vila Viçosa com sede no atual povoado de Tutóia Velha. E em 1758, por resolução do império foi elevada a categoria de Vila de Tutóia. 

Em 1901, após ter pertencido ao município de Barreirinhas passa a ter sua sede no Porto de Salinas (atual sede) que surgiu em 1822, quando o coronel Paulino Neves instalou suas atividades comerciais na margem do igarapé. 

Nessa época, fixou –se uma significativa atividade portuária: carga e descarga de mercadorias, uma vez, que inexistia a rodovia que atualmente a liga a outros municípios.

Decorrido esse período, no início do século XX, em 1938, “adquire foros de cidade”. E em 31-12-1948, pela lei estadual nº 269, são criados os distritos de Barro Duro e Paulino Neves e anexados ao município de Tutóia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-1-1991. Pela lei estadual nº 6185, de 10-11-1994, desmembra do município de Tutóia o distrito de Paulino Neves elevado à categoria de município.


Possíveis origens do nome Tutóia

“Ludovico Schwenhagen apresenta, em seu livro "Antiga História do Brasil', uma abundante documentação, baseada em dados etnográficos, históricos, arqueoiógicos e lingüísticas, apoiando-se ainda em narração de Diodoro, grande historiador grego, contemporâneo de Júlio César, que teria descrito as viagens dos fenícios ao Brasil. Segundo Diodoro, (...) os fenícios, quando os gregos destruíram Tróia, levaram milhares de troianos e seus aliados para suas colônias e com eles fundaram diversas cidades com o nome de Tróia. (...) No Brasil teriam fundado Tur-Troya (Tur foi uma metrópole fenícia). Daí Tutóia, estação marítima dos fenícios no deita do rio Parnaíba, entreposto de Sete Cidades, 180 quilômetros distante, no interior.” Do site: www.tutoia.8m.com

Alguns historiadores sustentam que o nome provem da língua tupi-guarani e significa “água boa”. 
Outra versão aponta o termo Tutóia como procedente do dialeto indígena que quer dizer “lençol de areia”, “grande extensão de dunas”. 
E há uma quarta versão, que diz, Tutóia é uma corruptela de “tutóia” que quer dizer: “que encanto, que beleza!”.

Os índios Teremembés, primeiros habitantes




Frequentavam os mangues desse litoral com o propósito de dispor de peixes, mariscos e crustáceos para alimentação. Ali, de forma estratégica, podiam se atocaiar e armar emboscadas contra os inimigos. O líder dos Tremembés de Almofala, Ceará, João Venança (2005) afirma: “eles [os índios] faziam um percurso pela costa, até... até a baía... até Paraíba, né? Chegavam lá parece que tinham um confronto, né? Aquele grupo de lá não deixava eles passar pra lá e nem também eles deixavam passar pra cá. Eles desciam até Tutóia do Maranhão, né?” Fonte: Hstoriador Cearense.


BREVE CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA 

Nossa geografia nos privilegia, o município de Tutóia situa-se entre os Lençóis Maranhenses e o Delta do Parnaíba. Limita-se ao norte com o Oceano Atlântico, ao Sul com a Santana do Maranhão, ao leste com Água Doce e ao oeste com Paulino Neves. Está localizado no microrregião dos lençóis maranhenses, que integra a mesorregião Norte maranhense. Situando-se mais a nordeste do estado maranhão. A uma distancia aproximada de 456 km da capital, e o acesso se dá pela rodovia MA 034. Em 2001, 11.589 habitantes e em 2010, aproximadamente 50.000h, um aumento significativo (IBGE). Sua atual área após desmembrar Paulino Neves, Água Doce e alguns povoados para Santana do Maranhão é de 1.489,38 Km².


RELEVO 

Possui relevo relativamente plano. No litoral apresenta variação com dunas de até 30 metros de altura, as quais movimentam-se durante a maior parte do ano sob ação dos fortes ventos (principalmente entre agosto e outubro). No período chuvoso, os lençóis afloram e formam-se grandes lagoas provenientes da água da chuva, por entre as dunas. No período de estiagem, entre os meses de agosto a dezembro, as dunas são movediças, onde em alguns pontos forçou a mudança de residências em Bairros como o São José, no litoral da cidade.

Já, afastando-se do litoral temos variação de plano a altiplano, principalmente na faixa de 0 a 200 metros em alguns pontos que margeiam os rios Bom Gosto e Barro Duro. 

ILHAS: integrando o grande Delta do Parnaiba as seguintes ilhas: do Cajueiro, Coroatá, Melancieira, Igoronhon, Grande, Pombas, José Correia, Caieira e Papagaio .


PLUVIOSIDADE,CLIMA E VEGETAÇÃO

A nossa situação geográfica, em toda a extensão do município, na zona de transição do Norte para o Nordeste do Brasil nos garante, tanto uma temperatura quanto uma cobertura vegetal típicas dessas duas macros regiões do país. Além da proximidade com o Equador (COORDENADAS: 2º 45’53" de Latitude: sul e : 42º 16’ 28’’ de Longitude oeste) com temperaturas elevadas durante quase todo o ano, mesmo no período chuvoso (que vai do final de janeiro a meados de junho).
No litoral, em quase toda sua extensão, diversificada floresta de manguezais e vegetação rasteira.
No interior do município, vegetação de pequeno e médio porte (com os denominados capões de mato) onde pode-se situar na parte mais ao sul.

Na região centro-litorânea apresenta vegetação mais rala e rasteira com arbustos e arvores de casaca grossa e retorcidas, que podemos denominar de cerrado tutoiense, pois apresenta menor variação de espécies do que o cerrado brasileiro. 

Referente especificamente ao clima da área dos Lençóis Maranhenses “é o tropical megatérmico, muito quente, úmido a sub-úmido, com índices pluviométricos distribuídos em dois períodos sazonais. As áreas próximas ao PNLM, de acordo com o MMA/IBAMA (2003), apresentam índices pluviométricos anuais de 1.623 mm (Barreirinhas), 1473 mm (Parnaíba), 1593 mm (Tutóia). Todavia, a dinâmica da circulação atmosférica em toda a zona costeira maranhense, sujeita às interferências da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), faz com que a pluviometria local seja marcada pela irregularidade. A temperatura média anual é relativamente alta, atingindo 26,3° a 27,7°C, enquanto a média das temperaturas máximas mensais situam-se entre 31° e 33°C (MARANHÃO, 2002). Nos Lençóis Maranhenses os ventos com direção NE, E, SE e N são influenciados pela ZCIT e pelas altas pressões estacionárias do Atlântico Sul (MMA/IBAMA, 2003)”. (DATAÇÃO E EVOLUÇÃO DOS CAMPOS DE DUNAS EÓLICAS INATIVAS DOS LENÇÓIS MARANHENSES Jorge Hamilton Souza dos Santos. DEGEO/UFMA (notlimah21@bol.com.br) Jorge Xavier da Silva. DEGEO/UFRJ (xavier@lageop.ufrj.br)


HIDROGRAFIA

Dentre os principais rios destacam-se rio Bom Gosto, recebe esse nome por cortar o mais povoado importante por onde passa, o povoado Bom Gosto e o Rio Barro Duro, esse também, antes de desaguar no mar do Delta do Parnaíba passa pelo povoado Barro Duro. Ambos deságuam no mar de Tutóia (Delta do Parnaíba) como observa-se na imagem abaixo. 

Há relatos verbais de antigos moradores que tanto o Rio Bom Gosto quanto o Barro Duro já foram navegáveis em grande parte de seu curso por embarcações de pequeno porte como as canoas utilizadas por pescadores dessas localidades, uma vez que parte significativa destes se utilizam ou se utilizavam da pesca até bem pouco tempo. Atualmente, navegar com essas embarcações além dos limites desses povoados é inviável considerando que o nível de suas águas tem baixado em conseqüência do uso das “custaneiras” nome dado, pelos nativos mais antigos, para a prática da agricultura em períodos de estiagem, nas áreas de mata ciliar desses rios e riachos de Tutóia. Além, da retirada de areia e desmatamento da mata ciliar nas muitas propriedades particulares que margeiam as duas margens do rio Bom Gosto, por exemplo, do povoado Bezerro (onde há a confluência do riacho Buritizal com o riacho São Carlos) ao povoado Bom Gosto.

O mais importante deles de acordo com o zoneamento costeiro do estado do maranhão o Barro Duro com duas pontes sobre o mesmo. Não posso precisar ainda as suas extensões (num trabalho completo no futuro, certamente terei essas informações). 


Mais sobre Tutóia no site: http://www.sergioramos.com.br/tutoia/









TUTÓIA: UM BREVE HISTÓRICO SOCIOEDUCACIONAL
Tutóia é uma pequena cidade situada ao Norte do Estado do Maranhão, entre as cidades de Paulino Neves, Água Doce do Maranhão e Santana do Maranhão. Sua população é de 52.788 habitantes. Sua área geográfica é de 1.651,647km². Sua densidade demográfica é de 31,96 habitantes por km².

A sede do Município nasce no Porto de Tutóia e se espreguiça pelo litoral, margeada por lindas praias estendendo-se aos pequenos Lençóis Maranhenses até se encontrar aos Grandes Lençóis Maranhenses.

Sua economia gira em torno da pesca artesanal, do comércio varejista e do turismo. Sua agricultura é apenas de sobrevivência, com pequenas plantações de mandioca, milho, feijão e arroz. Da mandioca se produz farinha e tiquira.

Sua cultura é resultado da miscigenação entre índios, brancos e negros. Serviu de berço aldeador dos Índios Tremembé (seus primeiros habitantes). Da mistura desses índios com negros surgiu o Caroço – dança genuinamente tutoiense.

A cidade emerge como atração turística em virtude de suas belezas naturais com predominância em várias praias de águas propícia ao banho de mar e o seu rico artesanato produzido da palha do buriti. Convergem para suas praias milhares de turistas por ano.
Na educação Tutóia conta com um sistema de ensino público municipal e apenas duas escolas privadas. Estas últimas são de ensino fundamental. Existem em Tutóia também quatro escolas de ensino médio, de dependência administrativa do Estado. 

O sistema de ensino público municipal é formado por uma secretaria de educação, um conselho municipal de educação e uma rede de escolas de educação infantil e de ensino fundamental. A rede possui 86 (oitenta e seis) escolas. Nelas são distribuídos 16.224 alunos, com 897 professores, 95 auxiliares de turmas e 30 monitores de programas educacionais. 

Já existem em funcionamento 22 laboratórios de informática. Dessas 22 escolas apenas duas tem em funcionamento projetos com a metodologia webquest. O Colégio Presidente Castelo Branco foi o pioneiro lançando o projeto “Avançando na Construção do Saber”. Em seguida o Colégio São Judas Tadeu lançou o Projeto “Letramento Digital”. Está previsto para o ano 2013 a implantação dessa metodologia em todas as escolas da sede do Município.

Dos programas oferecidos pelo MEC, com parceria do Município, Tutóia possui: Brasil Alfabetizado, Programa Escola da Terra, Mais Educação, PACTO Alfabetização na Idade Certa, Futebol de Rua, Escola Aberta, Caminho da Escola, Proinfo, Salas de Recurso (educação especial), Programa de Alimentação Escolar, Programa do Livro e Projovem Trabalhador.
Tutóia ainda conta com ensino superior, através da extensão da Universidade Federal do Maranhão, da Faculdade do Maranhão e da Universidade Estadual do Maranhão. Outros Institutos de Ensino Superior atuam em Tutóia com cursos de pós-graduação e de especialização. Existem duas bibliotecas na cidade de Tutóia: a Biblioteca Municipal e o Farol da Educação. Ambas são utilizadas pelos alunos, pelos professores, por acadêmicos das faculdades e por outras pessoas da comunidade. Os acervos dessas bibliotecas ainda são pequenos, mas são muito úteis para as pesquisas dos alunos que as frequentam de vez em quando. 




PREFEITOS DE TUTÓIA AO LONGO DA HISTÓRIA 

EUCLIDES GOMES NEVES – em sua gestão ocorreu um estranho fenômeno, pois, quando erigia o primeiro prédio da prefeitura, no local do atual, de madeira e barro, surgiu um inesperado tufão que o demoliu totalmente. Mas, o mesmo, não conformado, deu início a sua reconstrução.

CELSO GOMES DA FONSECA – concluiu e reformou o prédio da prefeitura. Porém, a notoriedade de sua administração deveu-se aos fatos anteriores à sua nomeação, em 1.930. Como sabemos, neste ano, eclodiu no Rio de Janeiro a célebre "Revolução de 30", comandada por Getulio Vargas, com radicais consequências para todo o país. Nos municípios, o movimento revolucionário chegou como um vendaval, modificando tudo, como aconteceu em Tutóia, onde o coronel Paulino Gomes Neves, líder maior do município, foi acintosamente marginalizado da política. Pois, para ali, procedente de Teresina, aportou em dezembro de 1.930, o rebocador "São Bento", conduzindo um destacamento militar, para intervir em todos os cargos públicos da cidade, como delegacias de polícia, coletoria, prefeitura, câmara municipal, etc..., empossando, inclusive, no comando da prefeitura, o interventor municipal, Celso Gomes da Fonseca, que fora nomeado pelo governador, à revelia do prefeito de então, que fora afastado bruscamente. Entrementes, mais tarde, reconhecendo o interventor estadual do Maranhão que o coronel Paulino Neves era homem de alto prestígio junto às esferas estaduais e municipais, resolveu devolver-lhe as rédeas políticas de Tutóia; porém, este recusou, alegando que: - "Decepção, ele só recebia uma vez"!"; ao mesmo tempo em que entregava para Lucas Veras toda a papelada relativa à vida política da cidade, que estivera em seu poder.

ANTONIO GALLAS – na sua gestão, Tutóia recebeu a célebre visita do então Presidente da República, Dr. Afonso Pena, que prometeu, no evento, a instalação do Telégrafo na Vila, que se concretizou no ano seguinte, em 1.908, em meio a muita festividade de inauguração.

JOSÉ DE MATOS SILVA – edificou a praça do Tremembés, com um genila obelisco de concreto, no centro, simbolizando os famosos nativos. Também na sua gestão, e por força da anterior disputa eleitoral que lhe elegeu vereador e, mais tarde, com acesso à Presidência da Câmara, e ainda, ao comando da Prefeitura Municipal, aconteceu uma tragédia de enormes proporções, com sérios envolvimentos políticos, conotações sociais e consequências jurídicas, que foi o assassinato do Juiz de Direito da Comarca, Dr. Pérsio Martins da Silveira.
Na tarde do dia 2 de novembro de 1.956, o magistrado foi morto pelos filhos do Sr. Antonio José de Oliveira, vulgo "Antonio Severo", com trÊs golpes de faca, sendo um deles na garganta, próximo à casa de ambos, pois eram vizinhos. Pelas razões causais consta que a vítima muito concorreu para ter aquele lamentável fim de vida. No processo que foi instaurado, foi apurado que a mesma há muito vinha provocando o genitor dos acusados, inclusive, com ameaças de morte. Consta que, certo dia, num casamento do Filho do Antonio Severo, o Dr. Pérsio compareceu, voluntariamente, montado a cavalo, embriagado e, como o seu antagonista recusou-lhe a dar bebida, sacou do revólver e alvejou-o de raspão.

No dia homicídio, o juiz, alcoolizado, junto à rampa, acenou para uma canoa que passava ao largo em direção à pesca, a fim de que fosse atravessado para um navio americano, ancorado ali defronte. Como obteve recusa, sacou de sua arma e atirou várias vezes em direção aos canoeiros, por sinal, seus próprios inimigos; mas não os atingindo. Todavia, a inimizade proviera do pleito anterior, quando Antonio Severo fora candidato a vice-prefeito, na chapa de Antonio José das Neves Rodrigues, em 1.955. Derrotado estes, culparam o referido Juiz e o Escrivão da época, por parcialidade. Daí, uma das principais causas da contenta que ocasionou o assassinato do Dr. Pérsio, naquele evento; ocasionando fuga, prisão e remoção dos acusados para São Luís e posteriormente retorno para Tutóia. Da cadeia desta, fugiram para Belém, às caladas da noite, à bordo de um embarcação, sem que até hoje alguém explique com precisão o final deste dramático acontecimento.

ZILMAR MELO ARAUJO – no seu primeiro mandato, 1.970/72, instalou o posto do MOBRAL; iniciou a construção do campo de pouso; principiou a construção do hospital munipal "Lucas Veras" e construiu o mercado de Porto de Areia.

JOSECÍLIO SILVA – terminando o mandato de Zilma, concluiu a pista de campo de aviação, empiçarrada; construiu ainda dois poços públicos: um em Arpuador e outro em Tutóia Velha.
ANTONIO JOSÉ NEVES RODRIGUES – destacou-se pelo calçamento da Av. Magalhães de Almeida, construção do Abrigo do aeroporto, instalação do sistema de encanação e abastecimento de água – CAEMA – na cidade, instalação do escritório de representação do Funrural no Município, pela assinatura do contrato para instalação do torre recptora de televisão no Município, pela assunção da responsabilidade financeira da escola "Marcilio Dias", pelo incetivo ao folclore municipal, inclusive levou à Tutóia a famosa atriz de TV, Regina Duarte; destacou-se pela conclusão e inauguração do hospital "Lucas Veras".

MERVAL DE OLIVEIRA MELO – sobressaiu-se pela construção de uma rampa no porto da cidade e de outra no Porto de Areia, de um muro de arrimo na orla marítima, de dois grupos escolares na sede, de um posto de saúde em Bom Gosto, de um colégio nos povoados de São Benedito, Estiva, Cajazeiras, Santana dos Carvalhos, Riachão do Meio do Cesário, Riachão do Meio do Joaquim do Carmo, Buritizinho, São Bento, pela construção de pontes de madeira em Barro Duro, Paxicá, Santa Rosa do Jardim, Vista Alegre, Santo Antonio, Bom Jesus, Carrapato, Conceição, Cardoso, Ponte, Contenda, Santana dos Carvalho, Cocal, Belágua, Passagem Velha; pela conclusão de um colégio em Barro Duro, Bom Gosto e Jardim; pela construção – desmatamento, deslocamento, terraplanagem e empicarramento – do ramal Cana Brava – Tutóia ; pela instalação de energia elétrica em Boa Esperança na cidade e aquisição de um prédio em Paulino Neves (Rio Novo) para um posto de saúde; calçamento das rua São José, de um trechoi entre esta e a praça dos Tremembés e de um outro entre as ruas de Nazaré e Afonso Pena, bem como o calçamento e pavimentação do campo de pouso, mais a instalação da torre receptora de imagens da TV.

ZILMAR MELO ARAÚJO – destacou-se pela construção da estação rodoviária, de um anexo ao hospital "Lucas Veras", de um grupo escolar em Bom Gosto, Tamboril, Santo Antonio, São José dos Leocádios e de um Jardim de Infância em Porto de Areias, de uma ponte em Seriema e de outra em Tamancão, de uma rampa no final da Av. Magalhães de Almeida, de um cais na Av. Paulino Neves, de uma praça em Barro Duro, pelo calçamento das ruas São José, Celso Fonseca, mais a ampliação do cemitério da cidade, pela aquisição e instalação de uma antena parabólica para receptação direta da TV Globo, pela colocação em funcionamento dos sistema de abastecimento de água em Santa Rosa e Jardim, pela edificação do prédio da Câmara Municipal, pela conclusão de um grupo escolar em São Benedito e de um mercado em Barro Duro, mais a reforma do Grupo Escolar "Olindina Nunes Freire" e a do "Gardênia Ribeiro Gonçalves", pela recuperação pela recuperação de trechos da estrada Cana Brava – Tutóia, da eletrificação de Porto de Areia, construção de dois poços artesianos em Porto de Areia e instalação de poços e fossas em Cajazeiras e Tutóia Velha, de uma praça de esportes na sede, pela urbanização da cidade.

Referente a Câmara Municipal de Tutóia no período de 31/01/1.983 a 31/01/1.989, faziam parte os seguintes vereadores: Mário Fonseca Soares, José Henrique de Oliveira, Oscar Rodrigues, Francisco de Jesus Neves, Djalma Cunha da Almeida, Josecílio Araujo Silva, José Soares de Matos, Antonio Alves da Costa, Rozinete Ferreira da Silva, José Silva de Sousa, Luiz Gonzaga Alves da Silva, Manoel de Jesus da Silva Filho e Felipe de Almeida Ramos. Este último assumiu a 1.985, em substituição a Ormando de Deus Rodrigues de Almeida, que fora cassado pela Câmara, em virtude de contenda com o atual prefeito. Afastado, o referido ex-vereador impetrou mandato de segurança, cujo resultado juridicamente ainda não foi conhecido.

Além desses fatos e atos notórios ocorridos em algumas administrações, enfatizamos ainda o gesto do Sr. Nagib Zeidan, que introduziu pela primeira vez carro em Tutóia, um Jeep, que causou certamente grande admiração; ou como o caso do Sr. Raimundo Galvão, que levou o primeiro rádio para a cidade, ao lado do Sr. Osvaldo que apareceu com a primeira televisão à mesma. Sem esquecer-se também da chegada do primeiro ônibus à sede, durante a administração do Dr. Merval Melo; ou durante a gestão de Antonio José Neves Rodrigues, quanto fora eleita a primeira mulher vereadora a Sr. Almerita de Oliveira Frota Araujo.


Os tópicos históricos sobre Tutóia, foram extraídos do livro"PANORAMA HISTÓRICO DE TUTÓIA E ARAIOSES", de PAULO OLIVEIRA, São Luis, 1.987.




Eleitorado Tutóia, TSE, 2012.










                   BIOGRAFIA DE DONA ELZA DO CAROÇO

D
ona Elza Sousa Mendes nascida em Tutóia Velha no dia 15 de novembro de 1935,filha de seu Bernardo Agostinho Mendes e dona Dilmira Sousa Mendes.
Dona Elza que ficou conhecida como a “Rainha” do caroço, apesar de sua saúde debilitada, mais se mostrava bastante humorada e alegre, como ela mesma mencionava Minha vida não tem tristeza, é só alegria”.
Ela, com sua total disponibilidade, falava que a “brincadeira do caroço”, “trazia muita alegria, e não vivia sem o caroço, pois desde menina dançava caroço”.
Ela fazia demonstrações, da dança do caroço cantando, com ato de exibição e com seu jeitinho bem animado. É claro que teve influencia de sua tia memorável Dona Rosa Crescência, Dona Maria Grande e Dona Joaquina que também contribuíram e contribuem como fonte viva para nossa sociedade.
Talvez Dona Elza tenha sido escolhida como rainha do caroço, por ser desinibida e com sua voz afinada, e daí com influência política foi tomando proporções de suas habilidades culturais.
Foi a partir daí que a Brincadeira do Caroço passou a ser chamada de grupo, não mais brincadeira espontaneamente, como era antes dançada nos terreiros de suas casas e em frente as igrejas.
Como mencionou Dona Maria Grande, “íamos para roça, quando chegávamos, minha comadre vinha me convidar, Comadre vamos brincar caroço!” Daí todo seu cansaço ficava para traz, e iam brincar caroço com suas caixas, em frente a suas casas. Que também dona Elza desde menina dançava.
Dona Elza ganhou fama através do caroço, ajudando e contribuindo com a divulgação de nosso município de Tutóia. Chegou a cantar para celebridades, como por exemplo, para a atriz Regina Duarte em uma visita à cidade, na gestão do prefeito Sr. Antonio José Neves. Também participou do programa Brasil Legal da apresentadora Regina Cazé da Rede Globo. Animou muitos arraiás de nossa cidade. Ultimamente animava os arraiás de nossa Capital São Luis, e esteve por várias vezes na Afiliada da Rede Globo no Maranhão,TV Mirante.
Dona Elza falava de sua musicalidade, que era ritmadas e não tinha uma regra a ser seguida. Suas musicas são temáticas e muito contagiantes, como ela mesma falava, uma das que gostava de cantar é: há Helena, Helena meu grande amor Helena...Maçarico da lagoa que é mais uma de suas composições. Algumas de suas musicas mais pedidas são: “Eu moro na areia branca minha canoa é o mar, Eu moro em Tutóia cidade da beira mar” e Maribondo sinhá.
Hoje já encontramos vários grupos de caroço que foram criados através dela. A partir de agora esses grupos têm a missão de dar continuidade à cultura da dança do caroço no município de Tutóia. Dança essa tão amada e apreciada por Dona Elza que dedicou sua vida a dança do caroço.
No dia 19 de novembro de 2013 a cultura Tutoiense perdeu sua ilustre filha a rainha do caroço dona Elza Sousa Mendes aos 78 anos.

Altamir Sousa Soares
Licenciado em Historia da UFMA Universidade Federal do Maranhão
Texto lido na I Feira do Comércio de Tutóia em 06/12/2013




Postado no blog Tutóia e Sua História

HOMENAGENS


1º DAMA DO MUNICÍPIO DE TUTÓIA
 MARIA DO SOSORRO CALDAS
  NO PERÍODO DE 01.01.1993 A 31.12.1996
FALTA BIOBRAFIA ?

 AGUARDE BUBLICAÇÕES, ESTAMO MONTANDO AOS POUCOA 

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ALMERITA FROTA ARAUJO

O Hino de Tutóia tem letra e música de autoria do Padre Jocy Neves Rodrigues
Foi oficializado no dia 15/03/1982, 
na sessão da Câmara Municipal, pelo Decreto 76, sob a Presidência da  
Vereadora Almerita Frota Araújo.


                                                         I
Suaves rios e mares bravios
Matas floridas, verde coqueiral,

Terra de amor, feliz amostra
Do paraíso terreal

                    Estribilho

Praias amenas, brisas serenas
Dunas beijando igarapés, (bis)
Campos risonhos, terra de sonhos

Tutóia dos Teremembés

                       II
Céus povoados de aves multicores
Garridas flores perfumando os ares
Vida inspirando mil amores
Pelos teus lagos e teus mar
                      III
Filha do amor dos santos missionários
Berço feliz de heróis desbravadores,
De tua história e tua cultura
Seremos sempre defensores

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 PADRE JOCY NEVES RODRIGUES

Filho de Tutóia25 de junho de 1917 

Morreu ontem aos 89 anos de idade no Hospital Centro Médico, vítima de falência múltipla dos órgãos, o Padre Jocy Neves Rodrigues. Ele estava internado há mais de um mês devido a uma pneumonia. O corpo será velado hoje na Igreja de Santo Antônio. Neves foi um dos criadores do Hino do Colégio O Bom Pastor. Fica aqui nossa homenagem ao nosso querido pastoreiro invulgar, Padre Jocy Neves Rodrigues.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
——————————————–
Hino do Cólégio O Bom Pastor
Letra/música: Pedro Coimbra R. Júnior e Pe. Jocyr Neves Rodrigues


Disciplina, responsabilidade
Comprometimento social,
No serviço à comunidade,
O Bom Pastor é o patrono principal
Refrão:
O Bom Pastor dá a vida às ovelhas
O Bom Pastor educa e congrega
Faz da doação uma missão
E faz em Cristo o Dom da entrega
Cidadania exercida com amor
Na educação de jovens e crianças
Para construir um mundo todo novo
Na busca da luz é a esperança
Estimulando o aluno a crescer
Na formação de críticas consciências
No currículo de sua formação
Do esporte à vivência das ciências
Educando desde os primeiros passos
Com seriedade e compromisso
Com exemplo do nosso patrono
Nosso modelo, O Bom Pastor
È Jesus Cristo
Inspirados no Evangelho do Senhor
Os fundadores buscam o nome ideal
Escolhendo com clareza e consciência
O Bom Pastor se faz ideal.

FONTE DE PESQUIZA:
Colegio Bom Pastor 
Rua 6, Quadra 25, Casa 46 - Cohatrac II
São Luís, Maranhão - Brasil

 MAIS INFORMAÇÕES
Jocy Neves Rodrigues
Padre jocy Nves Jodrigues e irmão de Antoniom Jose Neves Rodrigues.
Autor de vasta obra musical (mais de trezentas músicas, incluindo o hino de Tutóia, sua terra natal) e literária, recusou participar da "imortalidade" da Academia Maranhense de Letras. Destacou-se, outrossim, por seu espírito de vanguarda ao unir as culturas clássica e popular na adaptação dos quatro evangelhos aos ritmos de xotebaião epolca, além de ritmos genuinamente maranhenses. Foi, também, responsável pela ordenação do primeiro padre negro da história doNordeste, um dos inúmeros fatos marcantes de seus 67 anos desacerdócio.
Vida
Era o primogênito dentre os quatro filhos de Delmar Neves Rodrigues e Adalgiza Neves (filha do coronel Paulino Neves, fundador de Tutóia). Ele dizia que recebera o chamado para servir a Deus ainda na infância, quando da ocasião de sua primeira Eucaristia, aos sete anos de idade.
A partir daí, dedicou-se aos estudos primários em Tutóia, para poder ingressar no seminário. Para isso, no entanto, era necessária a obtenção do certificado da quinta série do ginásio (ensino fundamental), o qual não era concedido em sua cidade natal. Em decorrência disso, Jocy rumou aos onze anos de idade para o município de Parnaíba, no Piauí, a fim de obter tal certificado. Conforme conta sua irmã mais nova Teresinha de Jesus Rodrigues Pereira, Jocy obteve nota dez em todas as disciplinas no Ginásio Parnaibano. Por isso, os diretores da escola ofereceram-lhe uma bolsa de estudos para terminar todo o ginásio naquela instituição. Jocy, porém, não desviou de seu intento original e recusou a oferta, declarando a sua vontade de embarcar para São Luís e ingressar no seminário. Os diretores, por sua vez, adicionaram à oferta a concessão da farda e dos livros. O futuro sacerdote lhes respondeu então: "Quero ser padre. Vou estudar no seminário em São Luís".
No ano de 1929, entrou para o Seminário Santo Antônio, em São Luís, onde sempre se destacou pelas boas notas. Foi ordenado presbítero aos 22 anos de idade, a 8 de dezembro de 1939.
De volta a Tutóia, em 17 de janeiro de 1940 Jocy celebrou sua primeira missa. De forma cantada, a celebração ocorreu na atual Igreja Matriz do município, que ainda estava sendo construída. Em março do mesmo ano, seguiu para Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, onde ingressou na Província Brasileira da Congregação da Missão, da Ordem dos Lazaristas. Findo o noviciado em 1942, nomearam-lhe para trabalhar em Ilhéus, na Bahia. Ao fim sua missão no local, foi paraFortaleza, no Ceará.
A falta de padres no Maranhão, entretanto, levou o então arcebispo daArquidiocese de São Luís, Dom Delgado, a pedir que, em 1952, o padre Jocy retornasse a seu Estado natal, onde acabou realizando trabalhos pastorais em vários municípios, entre os quais: BarreirinhasTutóia,Coroatá e São Luís (paróquias de São Vicente de Paulo e Nossa Senhora da Conceição; capela do Colégio Marista; auxiliou na fundação da Igreja Menino Jesus de Praga, no bairro da Cohama).
Jocy era um padre do povo. Via no resgate dos desafortunados e "desviados" o escopo primordial de sua missão. Convivia, tal qual Jesus Cristo, da maneira e em meio aos pobres.
Concluiu seus mais de sessenta anos de sacerdócio como pároco na Igreja Jesus Bom Pastor, no bairro do Jardim Renascença, onde morava em São Luís. Recebeu, à mesma época, autorização do arcebispo de São Luís Dom Paulo Ponte para construir uma pequena capela em sua residência, local em que passou a meditar diariamente.
Sofreu um acidente vascular cerebral em meados de 2002, o qual limitou sua locomoção, mas não sua cognição. Faleceu às vésperas de completar noventa anos de vida, a 7 de maio de 2007, por falência múltipla dos órgãos.
Em 22 de abril de 2008, o então Prefeito de São Luís Tadeu Paláciosancionou, após o decreto da Câmara Municipal, uma lei que instituiu a denominação de Praça Jocy Neves Rodrigues à área que contorna as ruas do Ipês e das Avencas, localizada no Jardim Renascença, na Capital do Maranhão.
Obras
  • Mais de trezentos salmos musicados, orações e cantigas litúrgicas, como as canções: "O Papa é Pai", "Foi o Amor" e "Salve Maria"; o salmo "O Senhor é Meu Pastor"; e e as Orações Eucarísticas Nº V e Nº VIII.
  • Livros como "Vida de Padre é Fogo", "Crise, Crescimento e Libertação", "As aventuras de Marcelo", "Assim Rezava Jesus", "Escola Modais da Folck/Música do Maranhão no Caroço de Tutóia", "Ofício Divino das Comunidades" e "Evangelho em Ritmo Brasileiro".
  • Hinos municipais de: TutóiaBarreirinhas e Coroatá, localidades do interior maranhense.
  • FONTE DE PESQUIZA
  • Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 24.07.2013 
PADRE HELIO MARANHÃO


Hélio  Maranhão, nasceu em 27 de Maio de 1930, em Barra do Corda, Estado do Maranhão; filho de Raimundo Leonildo Albuquerque Maranhão e de Perpétua Nava Maranhão. Padre Secular com o título de Monsenhor; ingressou no Seminário Santo Antônio de São Luis, Capital do Maranhão aos 12 anos de idade, levado pelo Padre Cincinato, onde cursou filosofia, curso oficializado, reconhecido pelo MEC,  em São João Del Rei, na Faculdade “Don Bosco”de Filosofia, em Minas Gerais.
Em 1953 foi enviado a Roma, por D. Delgado, para fazer o Curso de Teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Lá ordenou-se padre em 22 de dezembro de 1956, na Basílica de São João de Latrão, pelo Cardeal Tràglia – o Cardeal Vigário de S. Santidade,  o Papa Pio XII. Foi o primeiro padre maranhense formado e ordenado em Roma. 
Ao retornar  ao Brasil, em 1956, passou por Dakar, na África, onde celebrou uma das suas primeiras missas, e ao chegar ao Maranhão, ficou em Codó como Vigário Cooperador  do Padre Cincinato.
Em 1964 chegou a Tutóia para assumir a Paróquia, onde permaneceu por 25 anos, 4 meses e 3 dias. Em Tutóia, fundou, juntamente com um grupo de cidadãos tutoienses, a Organização Social João Tavares, o Colégio Almeida Galhardo, a Salina Povo de Deus, a Escola de Datilografia Teotônio Neves e criou as CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases, através das quais ficou famoso. 
Por ter prestado relevantes serviços ao Município de Tutóia, em merecido mérito, foi-lhe conferido o título de Cidadão Tutoiense, pela Câmara Municipal de Tutóia, no Governo Felipe Ramos. Possui também o título de cidadão Codoense.
Mudou-se para São Luis do Maranhão onde reside até hoje. Lá chegando assumiu a Paróquia de São Vicente, no Apeadouro.
Foi o criador e o primeiro Presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão-ITERMA, empossado em 19 de março de 1982; tomou posse da Capelania Militar da PMMA, em 24 de novembro de 1993, no posto de Capitão, pelo então Governador Edson Lobão e nomeado Capelão Militar pelo Arcebispo Militar do Brasil D. Geraldo do Espírito Santo Ávila; assumiu a Diretoria do Centro Hospitalar da PMMA (CHPMMA) em 12 de novembro de 1996. É Sócio Titular da Academia Barracordense de Letras, fundador da Cadeira de número 19, patroneada por Maranhão Sobrinho, empossado em 13 de dezembro de 1997; Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras, ocupante da Cadeira de nº 21, patroneada por Maranhão Sobrinho, eleito em 16 de julho de 1998 e Presidente da Academia de Ciências, Artes e Letras de Tutóia, eleito em 25 de novembro de 2.002.
 

A missa foi presidida pelo aniversariante do dia Monsenhor Hélio Maranhão, e concebrada pelos vigários paroquiais, pe. Claudio e pe. Alaôr  e um diácono amigo do Monsenhor.
Além dos amigos e familiares do Monsenhor, estiveram presentes na Missa os primeiros alunos da turma do Colégio Almeida Galhardo, Escola fundada pelo Monsenhor, que era uma escola particular de grande tradição e é hoje municipalizada.
Na ocasião também se comemorou os 50 anos de fundação da escola, com a participação de representantes da escola, professores, pais e alunos.
Mons. Hélio Maranhão, nasceu em Barra do Corda em 27 de maio de 1930. Aos 13 anos foi para o Seminário. Em 1953, viajou para Roma, onde foi ordenado padre e ficou até 1957, quando voltou para São Luis. Mons. Hélio tem 3 cidadanias - a de Barra do Corda; de Tutóia, onde passou muitos anos e a de Codó, onde foi cooperador com o Pe. Cicinato Ribeiro Rêgo.
Também pertence a 3 Academias de Letras - Barra do Corda-Cadeira 21, Tutóia-cadeira 1 (onde foi o fundador) e São Luís-cadeira 21. Hoje, Mons. Hélio é o Capelão mais antigo do mundo, é Ten. Cel QOCPM e Capelão Chefe da Capelania da Policia Militar do Maranhão, desde 24 de novembro de 1993.
Atualmente é o mais idoso Capelão da Policia Militar do Maranhão, foi nomeado a pedido do então Bispo Dom Afonso de Oliveira, SDS, primeiro Bispo da Diocese de Brejo.

Um pouco da História de Monsenhor Hélio Maranhão
Hélio  Maranhão, nasceu em 27 de maio de 1930, em Barra do Corda, Estado do Maranhão; filho de Raimundo Leonildo Albuquerque Maranhão e de Perpétua Nava Maranhão. Padre Secular com o título de Monsenhor; ingressou no Seminário Santo Antônio de São Luis, Capital do Maranhão aos 12 anos de idade, levado pelo Padre Cincinato, onde cursou filosofia, curso oficializado, reconhecido pelo MEC,  em São João Del Rei, na Faculdade “Don Bosco”de Filosofia, em Minas Gerais.
Em 1953 foi enviado a Roma, por D. Delgado, para fazer o Curso de Teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Lá ordenou-se padre em 22 de dezembro de 1956, na Basílica de São João de Latrão, pelo Cardeal Tràglia – o Cardeal Vigário de S. Santidade,  o Papa Pio XII. Foi o primeiro padre maranhense formado e ordenado em Roma.
Ao retornar  ao Brasil, em 1956, passou por Dakar, na África, onde celebrou uma das suas primeiras missas, e ao chegar ao Maranhão, ficou em Codó como Vigário Cooperador  do Padre Cincinato.
Em 1964 chegou a Tutóia para assumir a Paróquia, onde permaneceu por 25 anos, 4 meses e 3 dias. Em Tutóia, fundou, juntamente com um grupo de cidadãos tutoienses, a Organização Social João Tavares, o Colégio Almeida Galhardo, a Salina Povo de Deus, a Escola de Datilografia Teotônio Neves e criou as CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases, através das quais ficou famoso.
Por ter prestado relevantes serviços ao Município de Tutóia, em merecido mérito, foi-lhe conferido o título de Cidadão Tutoiense, pela Câmara Municipal de Tutóia, no Governo Felipe Ramos. Possui também o título de cidadão Codoense.
Mudou-se para São Luis do Maranhão onde reside até hoje. Lá chegando assumiu a Paróquia de São Vicente, no Apeadouro.
Foi o criador e o primeiro Presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão-ITERMA, empossado em 19 de março de 1982; tomou posse da Capelania Militar da PMMA, em 24 de novembro de 1993, no posto de Capitão, pelo então Governador Edson Lobão e nomeado Capelão Militar pelo Arcebispo Militar do Brasil D. Geraldo do Espírito Santo Ávila; assumiu a Diretoria do Centro Hospitalar da PMMA (CHPMMA) em 12 de novembro de 1996. É Sócio Titular da Academia Barracordense de Letras, fundador da Cadeira de número 19, patroneada por Maranhão Sobrinho, empossado em 13 de dezembro de 1997; Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras, ocupante da Cadeira de nº 21, patroneada por Maranhão Sobrinho, eleito em 16 de julho de 1998 e Presidente da Academia de Ciências, Artes e Letras de Tutóia, eleito em 25 de novembro de 2002.
  
O Pasto de Tutóia


Ao Eterno "PASTOR DE TUTÓIA" Fundador das CEB'S, Nossa Eterna Gratidão.

Após coordenar o ensino religioso do Instituto de Educação do Maranhão (1960) e lecionar Filosofia e Religião na Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão (1960-62) e Doutrina Social na Faculdade de Enfermagem (1961-62), foi nomeado vigário ecônomo e pároco de Tutoia-MA, onde permaneceu de 1964 a 1989 e teve grande atuação religiosa e social. Fundador e diretor do Colégio Almeida Galhardo e dos complexos educacionais dos povoados Barro Duro e Paulino Neves, também criou e dirigiu as Comunidades Eclesiais de Base de Tutoia, o Social Tutoia Clube, a Organização Social João Tavares, o Hospital-Maternidade Zuza Neves, o Lactário Margaridinha; organizou a Salina Povo de Deus, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, reorganizou a Colônia de Pescadores Z/12 Sá Viana e coordenou a Pastoral Diocesana de Brejo-MA.





CRIAÇÃO E FUNDAÇÃO DE TUTÓIA


 este e o brasão da época da fundação
Idealizado por Ananias Santos.
Tutóia foi fundada em 29.03.1938 pelo decreto -lei Nº 45 pelo qual foi mantido o nome Tutóia. Os dois fundadores da Antiga e Nova Tutóia Foram.
Os dois fundadores da Antiga e Nova Tutóia são: Pe. 
JOÃO TAVARES e PAULINO GOMES NEVES, respectivamente.
Pe. JOÃO TAVARES - 
 fundador da antiga Vila de Tutóia, era natural do Rio de Janeiro, nascido a 24 de setembro de 1.679 e falecido a 24 de setembro de 1.743.
Veio para o Maranhão como mestre de Filosofia e Teologia, com a disposição de voltar, tão logo terminasse a missão da qual fora imcubido; não fazendo porém, segundo opiniões, por amor aos Teremembés. Foi missionário 12 anos e Vice Reitor do Colégio do Maranhão. Lecionou Gramática, Filosofia e Teologia. Entrou na Companhia de Jesus a 11 de junho de 1.697. Faleceu com 64 anos no dia do seu aniversário.


CRIAÇÃO E FUNDAÇÃO DE TUTÓIA 



Fotos antigas de Tutóia (autores desconhecidos) 














História de Tutóia extraido do livro "Pamorama Histórico de Tutóis e Araioses" Paulo Oliveira

História de Tutóia

COMO A NAÇÃO DOS TARAMEMBESES FOI DISSEMINADA

Em 1.618, quando eclodiu a célebre sublevação dos Tupinambás, iniciada na aldeia de Cumã, por causa do massacre indígena perpetrado por Jerônimo de Albuquerque, em represália à morte de alguns lusitanos que foram chacinados por aqueles ameríndios, na referida aldeia, e, nesse revide vingativo feito pelos europeus, até os Tremembés da região costeira tutoiense foram barbaramente atingidos, como se pode ter certeza pelo precioso relato de Raimundo José de Souza Gaioso, assim destacado (Compêndio Histórico-Político dos Princípios
da Lavoura do Maranhão, Rio, 1.976)

"Sossegado Jerônimo de Albuquerque na força de seus trabalhos com a fundação da cidade do Maranhão, de que tomou o apelido, entrou em novos cuidados com a sublevação dos Tupinambáses, que eram os índios naturais da terra. Para castigar-lhes a ousadia, mandou contra eles o seu próprio filho Mathias de Albuquerque, que os reduziu à odediência, tanto na ilha, como em Cumã, Carará, Tutóia, Anapurus... etc."

Mas a aleivosia dos Tremenbés era tanta que os portugueses, apesar de bem mais equipados militarmente, temiam-lhes, não só pelo canibalismo praticado como espírito de traição e astúcia, com que usavam para submeter os inimigos à suas garras. Vejamos, por exemplo, esta narrativa de Marques que nos coloca face a face, ante essa áspera realidade:

"Protegidos pelas sombras da noite costumavam aproximar-se em silêncio às embarcações surta junto a terra, e picando-lhes as amarras, as faziam dar à costa roubando depois a carga, e comendo os naufragantes."

A destreza e a ferocidade de tais silvícolas preocupavam por demais as autoridades e os navegantes da época, sobretudo o governador do Maranhão, Inácio Coelho da Silva, o qual, sem outra alternativa, teve que dirigir uma carta ao príncipe regente do reino, a 22 de setembro de 1.676, pela qual articulava as razões de guerra que foi travada contra tais ameríndios. Um trecho dessa carta se pode ler em Bernardo Pereira Berredo, textualmente a seguir: (Anais Históricos do Maranhão, São Luís, 1.919)

"Sendo todos os índios americanos grandes nadadores, são os Taramembeses entre todos eles os mais insignes; porque sem outra embarcação, que à dos seus próprios braços, e quando muito um pequeno remo, além de atravessarem muitas léguas na água, se conservam também debaixo dela por largos espaços livres de receio; e aproveitando-se daquele tempo desta habilidade os documentos bárbaros de sua fereza, se algum navio, dos que navegavam para o Maranhão da fundo na costa (como se faz sempre preciso para montar melhor a coroa grande, baixo muito perigoso) empenhavam todas as diligências no silêncio da noite, por lhe picar a amarra, para que buscando, como buscavam logo, o seu fatal naufrágio nas vizinhanças de sua vivenda, não só se servisse a sua ambição nesta infame vitória dos despojos de carga, mas também das vidas inocentes dos naufrágios, a brutalidade de sua gula.

"Na viagem se tinha visto ameaçado deste mesmo perigo o governador Inácio Coelho; e ainda que pagaram alguns daqueles bárbaros a ferocidade do seu procedimento nas bocas dos canhões de artilharia, como o delito era universal, querendo, justamente, que também o fosse a severidade do castigo, o determinou para toda a nação nos estragos da guerra, que julgava não menos necessária para atalhar a comunicação de alguns navios flamengos, que buscavam os mesmos tapuias pelos interesses de muito âmbar e preciosas madeiras, em que entrava o célebre violete, de que havia abundância naquele tempo, muito nas vizinhanças da mesma costa".

Por esse registro, parece-nos que o mau relacionamento dos Teremembés se estendia apenas até aos portugueses, porque, com os holandeses, ou corsários franceses, era bem diferente, onde chegavam a comercializar entre si pelo sistema de escambo, permutando quinquilharias européias pelos codiçadíssimos ambares e preciosas madeiras de lei, como o Jacarandá (violeta) e o pau-brasil. Na verdade, os flamengos comportavam-se com mais esperteza e habilidade no trato com o índio do que os lusos. Por parte daqueles prevaleciam o engodo, o traquejo e o jeito malicioso de convencer o selvagem a cooperar, ou seja, conseguir o seu escopo – garantir o tráfico de gêneros tropicais de grande valor econômico na Europa, no século XVII. Já os portugueses ao contrário, tratavam os aborígenes com arrogância, hostilidade e com o espírito escravagista. Senão pior – com o intuito mesmo de exterminá-los.

E foi o que providenciou o governador Inácio Coelho, naquele ano de 1.676; guerrear implacavelmente os Tremembés, sob o pretexto de que tais índios cosntituiam o maior perigo aos navegantes que se aventurassem a ancorar na barra de Tutóia, à espera da maré crescente para prosseguirem viagem. Mas para isso, algum episódio deveria servir de estopim para que a guerra fosse perpetrada. E o que não faltou, pois, pela seguinte narrativa fornecida por Marques, citando Bettendof, a terrível e trágica carnificina desses aborígenes acabou acontecendo.

"Perdera-se um navio ao cabo de São Roque, e os náufragos, metendo-se em uma jangada, foram depois de alguns dias a uma praia, em que os Taramembeses os mataram, levando o pouco que ainda aqueles desgraçados traziam consigo.

" Feito isso, seguiram até são mui seguros de si vender aqueles roubados despojos, que logo se conheceram por causa das ilhas, e acrescendo a esta circunstâncias a notícia de naufrágio, foram todos presos, confirmando o processo, que imediatamente se instaurou, as suspeitas concebidas.

" Da condenação à morte não escaparam nem as mulheres, à exceção de uma única, naturalmente por causa de um filhinho que amamentava".

E prossegue Marques, dizendo que, trataram os missionários de evangelizar os condenados, às pressas, doutrinado-os a pedirem perdão a Deus, para que se livrassem pelo menos do fogo do inferno, já que não sobreviveriam neste mundo. E diz ele, ainda, que, entre os condenados, havia um índio bastante jovem, adolescente, que implorou a intermediação dos padres para que não morresse, visto não ter participado da matança dos náufragos, ao mesmo tempo em que se oferecia para servir de intérprete na expedição que se armava para combater a nação Taramembeses, e com a condição de ainda tornar-se-lhes escravo pelo resto da vida. Mas sua súplica não prosperou, apesar de muito ficarem penalizados; sendo o mancebo preferido por um velho, um língua mais experiente, ao fim a que aquele se oferecera.

Pela forma da pena de morte escolhida pelo portugueses, resta-nos a dúvida sobre quem eram mais selvagens; se os executados ou se os executores da abominável sentença, se os seres incultos e civilizados ou os seres ditos civilizados, católicos, racionais. Concluamos, por exemplo, no restante da narrativa deste estranho episódio, como chega um momento em que todos os seres se confundem, num prisma de instintos negativos, sem o bom senso e a racionalidade, tão indispensável ao julgamento de um fato.

"Assim instruídos todos e aparelhados em bons e famosos atos de fé, esperança e caridade, se mandaram, depois de batizados, cavalgar sobre dois brancos, postos à boca de duas peças carregadas de bala, e pondo fogo a ambas ao mesmo tempo voaram em um fechar de olhos pelos ares em pedaços.

"Assistia a Irmandade da Santa Casa com sua bandeira, a qual logo recolheu os pedaços, e os foi enterrar com muita caridade".

Após esta carnificina, que serviu de marco inicial para a concretização da guerra contra a nação destes índios, a expedição portuguesa prosseguiu na execução desse genocídio, promovendo continuas e sangrentas investidas contra os mesmos. A referida expedição compunha-se de 30 canoas e de um barco grande, transportando 140 soldados e 470 índios Tupinambás, cujo cortejo bélico partiu de São Luís, em 1.679, no início de junho, sob o comando de Vital Maciel Parente, em direção às costas tutoiense e alhures. Ali, os Taramembés foram colhidos de surpresa, sendo atacados com tamanho furor que de suas aldeias não foram perdoado sexo e nem idade. Ou como melhor explica Marques, mais à frente de sua narrativa:

" Os índios aliados, travando as crianças pelos pés, matavam-nas cruelmente, dando-lhes com as cabecinhas pelos troncos de árvores.

"De uma maloca de mais de 300 só escaparam 37 índios".

Dessa sinistra forma, foi considerado o fim da guerra contra tais perseguidos. Só que não foi o extermínio global de todos eles, porque muitos conseguiram escapar por aqueles rincões que só eles eram conhecedores; ou mesmo, muitas vivendas desses nativos àquele tempo jamais puderam ser localizadas. Aliás, essa guerra estendeu-se até o rio Parnaíba, então designado de rio Paraguaçu, cuja jornada, segundo Pereira da Costa, durou mais de quatro meses, e cessara porque Vital Maciel Parente foi, "não só importunado dos contínuos clamores de todos os soldados, mas por julgá-la inútil no principal projeto".

Paralelamente a essa sistemática de eliminação do nativo em estudo, outros fatores contribuíram intensamente para sua completa aniquilação, como, tanto sua exploração no cruento trabalho agrícola pelos senhores, que lhe ocasionou maus tratos físicos, subnutrição, enfermidade e até a morte, quanto também sua total falta de proteção por parte das autoridades competentes, no período pós-expulsão dos jesuítas, seus maiores protetores: como ainda sua miscigenação com outros grupos étnicos.

Para ilustra o quadro deprimente em que ficaram, após a proscrição dos padres da Companhia de Jesus, 1.760, Pereira da Costa, referenciando-se ao Dr. Guilherme Stuart, em seu livro "Notas para a História do Ceará", relata a respeito:

"Os restos desses infelizes índios, que deviam existir nos seus domicílios, vivem sem instrução alguma, não passando o seu vestuário de uma camisa e um calção de pano grosso de algodão que é seu comum traje (à exceção de uns pouco oficiais), vivem gemendo debaixo de mais rigoroso jugo que ainda a barbaria não o tiveram igual. A um José Marcelino Nunes e Luiz Lecont, criados do governador e capitão-general existente, são dados aos acentos para trabalharem nas suas grandes roças e manufaturas pelo diminuto salário de quatrocentos réis por mês, fazendo-se para esse fim descer dos sertões do Parnaíba e da Tutóia muitos dos sobre ditos índios, além dos que lhes dão dos das povoações vizinhas a esta cidade ( São Luís do Maranhão ), resultando disto as deserções destes, originadas da inquietação, trabalhos, castigos e desgostos em que viviam".

Finalmente, sobre os últimos índios dessa nação, já raríssimos àquela época, vem-nos a notícia através de Marques, que diz:

"Ainda em 1.817, existiam alguns Tramembés entre os trabalhadores brancos do Ceará: cultivavam mandioca e residiam na vila de Nossa Senhora da Conceição d’Amofala, onde haviam muitas salinas".

Concluindo, acreditamos que nenhuma outra nação indígena foi tão indiscriminadamente perseguida e combatida, bem como maltratada do que os Teremembés, sobretudo por causa da maneira de se fazerem respeitar, respaldada na imposição de sua temorosidade e avantajamento físico. Mas foi devido a expulsão dos jesuítas, sobretudo, que a defesa dos índios convalesceu, desintegrando-se as aldeias, degeneraram-se os homens que as compunham.




Os tópicos históricos sobre Tutóia, foram extraídos do livro"PANORAMA HISTÓRICO DE TUTÓIA E ARAIOSES", de PAULO OLIVEIRA, São Luis, 1.987.





Prefeitos de Tutóia ao longo dos mandatos

CONFIRA TODOS OS PREFEITOS DE TUTÓIA:

1)       EUCLIDES GOMES NEVES                  -    ELEITO  -  ?
2)       CELSO GOMES DA FONSECA             -    NOMEADO  -     01.10.1930 A  29.11.1945
3)       LUCAS CARDOSO VERAS                   -    NOMEADO         -    29.11.1945 A 1946
4)       ALMIR GALVÃO DA CALDAS              -    NOMEADO         -    1946 A 1947
5)       PASTOR ALMEIDA                              -    NOMEADO         -    1947 A 1948
6)       LUCAS CARDOSO VERAS                   -    NOMEADO      -     25.05.1948 A 25.10.1952
7)       NEMESIO GOMES NEVES                  -     NOMEADO       -       25.10.1945
    OBS TOMOU POSSE E COM POUCOS MESES FOI CASSADO PELA CÂMARA SOB LINCENÇA DO VICE PREFEITO
8)       LUCAS CARDOSO VERAS OBS. TENDO ASSUMIDO A PREFEITURA, COM POUCOS MESES DE MANDATO FOI TAMBEM DESTRONADOPELA CAMARA SOB A PRESIDENCIA DE JOSÉ MATOS SILVA
9)       JOSE DE MATOS SILVA                       -    PRESIDENTE DA CAMARA    -    1953 A 1956
10)    FILIPE DE ALMEIDAM RAMOS             -   ELEITO        -  31.01.1957 A 31.01.1961
11)    JOSE VERAS                                         -   ELEITO - ADMINISTROU POUCO TEMPO    E ABDICOUEM FAVOR DO VICE JOSÉ MATOS SILVA
12)    JOSE DE MATOS SILVA                        -   VICE PREFEITO   -   1962 A 31.01.1970
13)    CELSO VERAS                                      -   ELEITO          -   31.01.1966 A 31.01.1970
14)    ZILMAR MELO ARAUJO                      -    ELEITO   -   31.01.1970 A MAIO DE 1972
15)    JOSECILIO ARAUJO SILVA                   -    VICE PREFEITO  -   05-1972 A 31.01.1973
16)    ANTONIO JOSE NEVES RODRIGUES   -     ELEITO      -   31.01.1973 A 31.01.1977
17)    MERVAL DE OLIVEIRA MELO             -      ELEITO        -   31.01.1977 A 31.011983
18)    ZILMAR MELO ARAURO                     -     ELEITO     -   31.01.1983 A 31.01.1989*
19)    MERVAL MELO                                         ELEITO          31.01.1989 A 31.01.1993
20)    LUIS ALBERTO GALVÃO DE CALDAS  -     ELEITO          01.1993 A 01.1997
21)    EGIDIO CONCEIÇÃO JUNIOR                    ELEITO          01.1997 A 01.1001
22)    EGIDIO CONCEIÇÃO JUNIO                      ELEITO         01.2001 A  01.2005
23)    ZIMAR MELO ARAUJO                              ELEITO          01.2005 A 01.2009
24)    RAIMUNDO NONATO ABRAÃO BAQUIL -ELEITO          01.01.2009 A 21.12.2012
25) RAIMUNDO NONATO ABRAÃO BAQUIL -ELEITO          01.01.2013 A  31.12.2016
26) ROMILDO DAMASCENO SOARES – ELEITO – 01.01.2017 A 31.12.2019 (ATUAL)

Nota: confirmar essas informações com os arquivos da prefeitura e da Câmara de Vereadores

PPESQUISA POR ANTONIO AMARAL

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