domingo, 20 de março de 2022

TUTÓIA - Minha história do jeito que ela é 84 anos de cidade

 

TUTÓIA. OS PRIMEIROS HABITANTES CONHECIDOS NA REGIÃO DA BOCA DO RIO PARNAÍBA ORAM OS ÍNDIOS TEREMEMBÉS

OS ÍNDIOS NOMES TEREMEMBÉ TREMEMBÉS

OS PRIMEIROS HABITANTES CONHECIDOS NA REGIÃO DA BOCA DO RIO PARNAÍBA ORAM OS ÍNDIOS TEREMEMBÉS, QUE OCUPAVAM SOMENTE AS MARGENS DO RIO, COMO TAMBÉM PARTE DA ZONA RURAL. ERA RELATIVAMENTE ELEVADO O NÚMERO DESSES NATIVOS NA REGIÃO.

A VERDADEIRA HISTORIA DOS ÍNDIOS TEREMEMBÉS SOMENTE PÔDE SER FOCALIZADA DEPOIS DA PRESENÇA ALI     ( NA ALDEIA ), DE PADRES MISSIONÁRIOS DA CAMPANHA DE JESUS, DENTRE  OS QUAIS SE DESTACOU O PADRE JOÃO TAVARES.

PELO  QUE SE SABE, O PADRE JOÃO TAVARES FIXOU-SE EM PRINCIPIO, DISTANTE DA TRIBO, TALVEZ COMO MEDIDA DE PRECAUÇÃO, PORQUE NÃO CONHECIA AINDA O GRAU DE periculosidade DA QUELES INDÍGENAS.

A RESPEITO DO NOME TUTOIA, EXISTEM VÁRIAS VERSÕES. ALGUMAS HISTORIADORES SUSTETAM QUE O NOME PROVÉM DA LÍNGUAGEM TUPI-GUARANI E SIGNIFICA '' ÁGUA -BOA '' OUTROS AFIRMAM QUE SE TRATA DE UMA AGLUTINAÇÃO DAS PALAVRAS USADAS PELOS INVASORES. ''OH!  TU TROYA'' ...

EM 1º DE AGOSTO DE 1758, A LOCALIDADE RECEBEU O NOME DE VILA VIÇOSA 113 ANOS DEPOIS, APÓS A SUA ELEVAÇÃO À CATEGORIA DE VILA, OU SEJA NO ANO DE 1871.A VILA SE TORNO-SE DE TAL MANEIRA DECADENTE, QUE SUA SEDE FOI TRANSFERIDA PARA BARREIRINHAS PARA INTEGRAR O TERRITÓRIO DA QUELE MUNICÍPIO AUTÔNOMO.

        
 OUTROS RELATOS IMPORTANTES
Tremembés

Pormenor do mapa da costa do Ceará de 1629 (Albernaz I); em destaque as terras dos tremembés.
Os tremembés são um grupo étnico indígena que habita os limites do município brasileiro de Itarema, no litoral do estado do Ceará, mais precisamente na Área Indígena Tremembé de Almofala (Itarema), Terras Indígenas São José e Buriti (Itapipoca), Córrego do João Pereira (Itarema e Acaraú) e Tremembé de Queimadas (Acaraú).
distribuição dos grupos de língua tupi na costa, no século XVI.
A saga dos Tremembé
Os tremembés eram originalmente nômades que viviam num território que estendia-se do sul do Maranhão até o Rio Acaraú, no atual estado do Ceará1 . Foram aldeados pelos Jesuítas no século XVII nas missões de Tutoya (Tutóia-Maranhão), Aldeia do Cajueiro (Almofala) e Soure (Caucaia).2
Foram declarados como não existentes pelo então governador da Província do Ceará (José Bento da Cunha Figueiredo Júnior), após decreto de 1863. Antes disto, em 1854, os índios perderam o direito da terra pela regulamentação da Lei da Terra. Estes ressurgem no cenário cearense nas décadas de 1980 e 1990, quando são reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio.3
Arte e cultura

Arte tremembé
Os tremembés conseguiram guardar um pouco da sua arte e cultura. Eles ainda dançam o torém (uma dança ritual) e ainda produzem o mocororó (vinho de cajuazedo fermentado).4 Eles costumam pintar as paredes das suas habitações e cerâmicas com motivos simbólicos do seu habitat, como: o caju, a rolinha, peixes, caranguejos e outros. As mulheres tremembés confeccionam biojoias, como colares e pulseiras com conchas, búzios e sementes.
A tecelagem também é confeccionada por estes.

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Nos séculos XVI e XVII, os Tremembé ocupavam a extensa região litorânea que segue do atual Pará ao Ceará (Tomás, 1981; Nimuendaju, 1981; Metraux, 1945; Pompeu Sobrinho, 1951). Com a colonização portuguesa, aldeamentos missionários foram criados, destacando-se o de Tutóia (Maranhão), controlado pelos jesuítas, e o do Aracati-mirím (Ceará), que era controlado por padres seculares. A criação da Missão do Aracati-mirím ocorreu muito provavelmente no primeiro quartel do século XVIII. De fato, algumas sesmarias foram concedidas a padres seculares na região próxima à Missão entre 1724 e 1744, inclusive algumas se referem às terras da Missão do tapuya Tramanbe. Depois chamada de Missão de Nossa Senhora da Conceição dos Tramambés, ela consolidou-se como uma irmandade, composta e administrada por religiosos e leigos, que floresceu com extenso patrimônio de terras e cabeças de gado. Era uma instituição de catequese, mas voltava-se também aos serviços religiosos para uma população regional.

Em 1766, a Missão tornou-se uma freguesia de índios e foi rebatizada de Almofala, um topônimo de origem árabe-portuguesa. No fim do século XVIII, porém, a irmandade foi declinando pouco a pouco, perdendo grande parte de seu patrimônio. A povoação de Almofala continuou a ser habitada, porém, por população indígena. Ao longo da primeira metade do século XIX, diversos “diretores de índios” foram, inclusive, nomeados para a povoação, perdurando até 1858, quando a diretoria foi definitivamente suprimida por lei provincial, o que corresponde à posição política do governo cearense sobre os aldeamentos indígenas.

De fato, a documentação histórica que subsiste do período trata, sobretudo, do destino das terras que constituíam o patrimônio do dito aldeamento. Datado de 1855-1857, o “Livro de Registro de Terras da Freguesia da Barra do Acaraçú” inclui 22 títulos de índios de Almofala, além do registro “de uma légua de terra quadrada” para “residencia e subsistência dos Índios” da povoação (18 de março de 1857), apresentado pelo Curador dos Índios e rubricado pelo vigário de Acaraú. Essa documentação fundiária tem valor especial porque está de acordo com as mudanças decorrentes da Lei de Terras de 1850 no que se refere aos aldeamentos extintos. Depois, outros documentos confirmam a medição e discriminação das terras pelo engenheiro Antonio Gonçalves da Justa Araújo. No entanto, elas foram sendo progressivamente ocupadas por “pessoas estranhas à família” dos índios, tal como se verifica na documentação da Câmara Municipal de Acaraú da década de 1880. Aforamentos foram sendo igualmente concedidos em diversos trechos das terras do aldeamento. Todavia, mudanças ecológicas graves dificultaram provavelmente a ocupação completa das terras.

No fim do século XIX, a antiga povoação foi sendo coberta pouco a pouco por dunas de areia que chegaram, inclusive, a soterrar a igreja barroca ao longo de três décadas. Em 1898, o Padre Antonio Tomás (1981), que foi testemunha de todo esse processo, registrou o drama provocado pela retirada dos santos da igreja, o que envolveria diretamente os “descendentes” dos índios. Considerando os fatores ecológicos, ampla extensão da área que perfazia as terras do antigo aldeamento de Almofala tinha pouco valor econômico, o que não evitou sua ocupação em seu interior. Nesse caso, a primeira metade do século XX mostrou um quadro bastante heterogêneo de ocupação da terra, de regularização fundiária e de aproveitamento econômico dos recursos naturais. A partir de 1940, as dunas foram sendo paulatinamente desviadas pela força dos ventos, o que contribuiu outra vez para o crescimento da povoação.

De meados do século XIX ao longo do século XX, os Tremembé foram tratados como ‘caboclos”, “remanescentes” ou “descendentes” de índios. A diferenciação étnica era relevada ou minimizada de acordo com as situações sociais. Como os Tremembé possuem uma dança específica, o torém, eles passaram a ser notados socialmente por conta da sua realização.

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O livro traz o título de “A SAGA DA TRIBO TEREMEMBÉ” e leva leitor a pensar e imaginar-se parte da vida de um povo que por muito tempo habitou áreas do, hoje, município de Turiaçu, Tutóia no Maranhão, Parnaíba no Piauí, municípios do Ceará até o Rio Grande do Norte. (p. 49)

O autor afirma ainda que os Teremembé ou Tremembés eram canibais, não por fome, mas por vingança (p. 61).

Em outros trechos do livro fala de que o Padre João Tavares foi o primeiro jesuíta a aldear os Teremembé por volta dos idos de 1722 a 1728 (p. 54).

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