sexta-feira, 11 de julho de 2025

TARIFAÇO DE TRUMP; QUEM VAI PAGAR A CONTA ?

 

Quem paga a conta da nova tarifa de Trump?


Trump e Bolsonaro

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode desencadear efeitos devastadores em setores-chave da economia do país e acender alertas sobre a estabilidade macroeconômica no curto e médio prazo.

A medida, anunciada nesta quarta-feira (9), atinge diretamente as exportações de petróleo, aço, carne bovina e café — todos entre os principais itens da pauta comercial entre Brasil e EUA. Também devem ser afetadas as vendas de suco de laranja e aeronaves, dois segmentos com forte presença no mercado norte-americano.

Além do baque direto sobre as empresas exportadoras, o impacto já se refletiu nos indicadores econômicos. O dólar disparou logo após o anúncio, evidenciando o nervosismo do mercado financeiro. Para o economista Robson Gonçalves, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o cenário é preocupante: “Se o dólar permanecer alto, a inflação no Brasil persiste e o Banco Central mantém os juros elevados — hoje em 15%, o maior nível em quase duas décadas. Isso desacelera o crescimento e pode empurrar a economia para uma recessão.”

Com o real desvalorizado, produtos importados ficam mais caros, o que pressiona ainda mais os índices inflacionários. A resposta clássica do Banco Central, o aumento da taxa de juros, desestimula o consumo e os investimentos, agravando o desaquecimento da atividade econômica.

Embora os reflexos mais diretos atinjam os produtores brasileiros, o efeito da nova tarifa também pode ser sentido nos Estados Unidos. O café, por exemplo, é um dos itens mais sensíveis. O Brasil é o maior fornecedor da bebida para os EUA — que, por sua vez, lideram o consumo mundial — com cerca de 8 milhões de sacas exportadas anualmente. O aumento do custo de importação pode pressionar os preços internos no mercado americano e gerar incômodo entre consumidores e setores da indústria alimentícia.

Com a imposição da tarifa, o governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre eventuais retaliações ou medidas diplomáticas. Nos bastidores, no entanto, há expectativa de que o Itamaraty e o Ministério da Fazenda atuem para conter o impacto e buscar uma via de negociação com Washington.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O MUNDO EM ALERTA APÓS TARIFAÇO DE TRUMP AMERICANO

 

Carta de Trump a Lula repete diplomacia da chantagem difundida contra seus adversários

 Donald Trump

Por Sandra Cohen, g1

O ataque comercial lançado por Donald Trump ao Brasil, aumentando em cinco vezes as tarifas sobre o país, franqueou a sua intervenção direta na política interna alheia: numa carta em tom mais agressivo do que as enviadas a outros países, o presidente americano usa todo o poder econômico dos EUA para punir duramente o Brasil, supostamente em benefício de um aliado político, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ataque comercial lançado por Donald Trump ao Brasil, aumentando em cinco vezes as tarifas sobre o país, franqueou a sua intervenção direta na política interna alheia: numa carta em tom mais agressivo do que as enviadas a outros países, o presidente americano usa todo o poder econômico dos EUA para punir duramente o Brasil, supostamente em benefício de um aliado político, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com isso, ele aglutina as funções do Executivo e do Judiciário no Brasil, exigindo de Lula o fim do julgamento do ex-presidente, acusado de tentativa de golpe de Estado. O presidente também atribui o aumento de tarifas ao que chamou de ataques insidiosos do país contra eleições livres, violação da liberdade de expressão dos americanos e também às “centenas de ordens de censura” do STF a plataformas de mídia social dos EUA.

Na carta, Trump qualifica como vergonha internacional o tratamento do país a Bolsonaro, que considera um “líder altamente respeitado em todo o mundo durante o seu mandato”. “Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deveria terminar imediatamente”, escreveu.

Caça às bruxas foi o mantra entoado obsessivamente por Trump quando sofreu dois processos de impeachment durante o primeiro mandato e foi acusado em quatro processos criminais. Com essa nota harmônica, ele concorreu à Presidência, no ano passado, como réu condenado, por falsificar registros financeiros para ocultar um pagamento feito à ex-atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

AUMENTA O IMPASSE EM BRASÍLIA APÓS DECISÃO DE MORAES - IOF

 

Moraes suspende decretos sobre IOF e convoca conciliação entre Governo e Congresso


Ministro Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (4) os efeitos de três decretos da Presidência da República e de um decreto do Congresso Nacional que tratam da regulamentação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão, em caráter liminar, visa conter o impasse institucional em torno da política tributária do governo federal.

Foram suspensos os decretos presidenciais nº 12.466, 12.467 e 12.499, todos de 2025, além do Decreto Legislativo nº 176/2025, aprovado pelo Congresso para anular as medidas do Executivo. Moraes também determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional, marcada para o dia 15 de julho, na sede do STF, em Brasília. Devem participar ainda representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Concedo a medida cautelar, ad referendum do plenário desta suprema Corte, para suspender os efeitos dos decretos impugnados”, escreveu Moraes, ao destacar a necessidade de diálogo institucional. O ministro também comunicou oficialmente os presidentes da República e do Congresso para ciência e cumprimento da decisão, solicitando-lhes informações no prazo de cinco dias.

Na decisão, Moraes apontou a escalada de tensões entre os Poderes como fator de risco à estabilidade institucional: “Esse indesejável embate entre as medidas do Executivo e Legislativo, com sucessivas e reiteradas declarações antagônicas, contraria fortemente o artigo 2º da Constituição Federal, que exige não apenas a independência, mas a harmonia entre os Poderes”.

Contexto da crise

A disputa teve início em maio, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou decretos aumentando o IOF sobre operações de crédito, seguros e câmbio. As medidas, elaboradas pelo Ministério da Fazenda, buscavam reforçar a arrecadação diante das metas do novo arcabouço fiscal.

A reação do Congresso veio em junho: lideranças da Câmara e do Senado derrubaram os decretos presidenciais em votações simbólicas, sob o argumento de que as mudanças extrapolavam o poder regulamentar do Executivo.

Na última terça-feira (1º), a AGU protocolou no STF uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), pedindo o reconhecimento da validade dos decretos presidenciais. A petição foi apresentada a pedido do presidente Lula e fundamentada em parecer técnico elaborado pela equipe da AGU. O relator sorteado foi Alexandre de Moraes, que já responde por outras duas ações sobre o mesmo tema, movidas por PSOL e PL.

Após a audiência de conciliação, o STF decidirá se mantém ou revoga a liminar. Até lá, os efeitos dos decretos ficam suspensos, e o IOF segue regido pelas normas anteriores.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

JOVEM ENCONTRADA MORTA NA TRILHA DE VULCÃO NA INDONÉSIA

 

Brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta


Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (24)

Após quatro dias de buscas intensas, a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta na manhã de terça-feira (24), na região do Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem havia desaparecido no sábado (21) após cair em um penhasco durante uma trilha no parque nacional onde fica o vulcão.

A confirmação do falecimento foi feita pela família por meio de nota nas redes sociais:
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”

Os trabalhos de resgate foram desafiadores. Nesta segunda-feira (23), um drone usado pela equipe de salvamento localizou Juliana, que estava imóvel a cerca de 500 metros abaixo da trilha. Nesta terça, com a retomada das buscas por terra, os socorristas encontraram o corpo ainda mais abaixo, a cerca de 650 metros da trilha original.

O acesso até o local exigiu um esforço extremo das equipes, que precisaram montar um acampamento avançado e descer uma encosta íngreme com altura equivalente à do Corcovado, no Rio de Janeiro.

Juliana era natural do Brasil e realizava uma viagem pela Ásia. Ela fazia a trilha do Monte Rinjani, uma das mais conhecidas e desafiadoras da Indonésia, quando sofreu a queda. Ainda não há informações oficiais sobre a repatriação do corpo.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

R$ 482,82 milhões da 2ª parcela do FPM de junho - Maranhão

 

Maranhão recebe R$ 482,82 milhões da 2ª parcela do FPM de junho


Foto Reprodução

As prefeituras maranhenses terão um reforço significativo no caixa nesta sexta-feira (20), com o repasse da segunda parcela de junho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O valor total destinado ao Maranhão é de R$ 482,82 milhões, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional.

O montante faz parte do repasse nacional de R$ 4,7 bilhões, valor que representa um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram transferidos R$ 3,3 bilhões às prefeituras brasileiras.

Apesar de ser tradicionalmente o menor entre os três repasses mensais, o segundo decêndio de junho surpreendeu positivamente. Para o especialista em orçamento público Cesar Lima, os números indicam uma possível recuperação do FPM. “Essa alta nos deixa mais confiantes. A geração de empregos tem sustentado os repasses, e uma futura redução da taxa Selic pode reforçar ainda mais o fundo via arrecadação do IPI”, explicou.

Acesse neste link os valores exatos destinados a cada município do Maranhão.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Tutóia - Canção - Composição - Poemas - 87 anos

 



                                                                                Canção

✍️🎼
Hino de Tutóia 87 anos❤️
Suaves rios e bravios
Matas floridas, verde coqueiral
Terra de amor, feliz amostra
Do paraíso terreal
Estribilho
Praias amenas, brisas serenas
Dunas beijando igarapés (bis),
Campos risonhos, terra de sonhos
Tutóia dos Teremembés
II
Céus povoados de aves multicores
Garridas flores perfumando os ares,
Vida inspirando mil amores
Pelos teus lagos e teus mares.
Filha de amor dos santos missionários
Berço feliz de heróis desbravadores,
De tua história e tua cultura
Seremos sempre defensores.
Autor: Padre Jocy Neves


Traço Porto de Salinas - Ilha do Igoronhon - Tutóia 87 anos

        

Traço da história

Ilha do Igoronhon (Salineira).
Túnel do tempo

Paulino Neves, homem de visão da época e de inteligência viva e empreendedora, com estudos na capital de Estado, percebeu que sua terra natal, sediada onde estava, dificilmente se transformaria em cidade, após seus estudos em São Luis, regressou à sua terra, onde fixou residência. Tempos depois, sabendo ser a terra banhada pelo mar, visitou toda a parte litorânea onde se encontravam apenas ranchos de pescadores. Chegando à margem de um igarapé de grande profundidade, considerou ser o local apropriado para a instalação de uma indústria salineira. Sem perda de tempo, construiu uma palhoça e nela colocou mercadorias para o abastecimento de trabalhadores, dando início de imediato à primeira indústria de sal do município, entregando-a aos cuidados de seu amigo Sabino Conceição. Em seguida, foi feita a sondagem de profundidade do igarapé, que ofereceu resultados satisfatórios para a implantação de Porto Marítimo. Gozando o Coronel Paulino Neves, de grande prestígio na Capital do Estado, comunicou-se com o Governador da Província e este ordenou a ida de um representante da Capitania dos Portos do Maranhão àquele lugar, o qual tomou conhecimento das condições existentes e permitiu a abertura de mais um Porto Marítimo no Estado. Foi dado, à nova sede, o nome de Salinas, em virtude, da pequena indústria de sal ali existente. Esse nome porém, não pôde continuar, uma vez que existia no País outro município com o nome igual, no Estado do Pará. Diante desse impedimento, um dos filhos do fundador Paulino Neves, pleiteou o nome Paulinópolis, que foi recusado pela modéstia do homenageado preferindo que fosse mantido para a sede o mesmo nome de Tutóia.
Mediante tudo isso, e as sugestões oferecidas às autoridades estaduais, foi baixado um Decreto Lei n° 45 de 29 de Março de 1938, pelo qual foi mantido o nome de Tutóia e esta, elevada de Vila à categoria de Cidade.
Nosso próximo capítulo falaremos da antiga comunidade Tutóia-Velha, baseado em nossas pesquisas direto do Túnel do tempo e as mudanças de sedes.

Fonte: Professora pesquisadora Bernada Cantanhêde
Foto: Lancha: transporte marítimo da época que levava passageiros do porto de Tutóia, até a empresa Igoronhon. A embarcação também seguia a linha até a cidade de Parnaíba-Piauí



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