terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ex-senadora devolveu a comparação dizendo que, a exemplo de Collor, Dilma chegou ao Palácio do Planalto com pouca experiência política





Eleições 2014

Marina diz que trajetória de Dilma – e não a dela – lembra a de Collor


Talita Fernandes
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, durante entrevista no Estadão, em São Paulo
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, durante entrevista no Estadão, em São Paulo Guerra/VEJA)
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, reagiu na tarde desta terça-feira à artilharia do PT e da campanha de Dilma Rousseff (PT), que a comparou aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Melo – ainda que este último seja aliado do próprio PT e da presidente Dilma. No programa eleitoral, a campanha petista sugeriu que, se eleita, Marina não teria apoio dos partidos no Congresso para aprovar projetos e provocou: "O Brasil elegeu dois salvadores da pátria. E a gente sabe como isso terminou".
Questionada sobre a campanha de Dilma na TV durante sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, a ex-senadora rebateu: “A sociedade brasileira me conhece, sabe o que eu defendo, a luta que tenho a mais de trinta anos. Fui vereadora, deputada, senadora por dezesseis anos, ministra do Meio Ambiente. Imagine se eu dissesse que uma pessoa que nunca foi eleita nem vereadora fosse eleita presidente do Brasil. Ai sim poderia parecer Collor de Mello”. Não parou por aí. Questionada sobre as críticas dos seus adversários ao recuo no capítulo que apoiava o casamento gay em seu programa de governo, Marina alfinetou: “É muito fácil dar a opinião sobre o programa dos concorrentes e não apresentar o seu próprio programa. Quem ganha, sem ao menos dizer claramente o que vai fazer, corre o risco de quando ganhar fazer aquilo que a sociedade não quer”.
A candidata do PSB também criticou Aécio, que anunciou o nome do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como seu futuro ministro da Fazenda se for eleito. “Eu acho muito temerário esse negócio de andar de salto alto nomeando ministros antes de ser eleito. Primeiro você tem que ser nomeado pelo povo presidente da República, depois você nomeia os ministros”, disse. “Se você sente uma certa insegurança do que você está fazendo e dizendo, às vezes precisa fazer esse tipo de movimento para dizer: olha, eu sei que vocês têm uma certa insegurança comigo, mas o ministro vai ser fulano, ele que está me garantindo".
Questionada sobre quem seria seu ministro do Meio Ambiente, caso seja eleita, Marina respondeu com bom humor: “Pode ficar tranquilo, eu vou ser presidente da República, não vou ser eu”, brincou.

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