Renato Feder é indicado por Bolsonaro como novo ministro da Educação
O presidente Jair Bolsonaro indicou que escolheu o secretário de Educação do Paraná e ex-executivo Renato Feder para ser o novo ministro da Educação. A informação de que ele foi convidado para o cargo foi confirmada por fontes ao Estadão. Feder havia se reunido com Bolsonaro antes da escolha de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão depois de denúncias sobre incoerências em seu currículo.
A expectativa é de que o anúncio seja feito ainda nesta sexta-feira e Feder está viajando a Brasília. No entanto, o Estadão apurou que presidente está sofrendo pressão para não nomeá-lo. Antes de assumir a secretaria do Paraná, ele era empresário do ramo de tecnologia e não tem ligação nem com a ala militar e nem com a ideológica, que estavam influenciando na escolha do novo ministro.
Na semana passada, Bolsonaro havia ligado para Feder para agradecer a conversa que tiveram antes da escolha de Decotelli. Mas ele teria preferido alguém mais velho. Decotelli tem 70 anos e Feder, 42.
O presidente tinha preterido Feder, segundo fontes, também por sua relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O empresário doou R$ 120 mil à campanha do tucano para prefeito.
Feder é paulistano, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP).
No Paraná, seus contatos com empresários e terceiro setor fizeram com que ele fosse indicado a Ratinho Junior (PSD) para o cargo, no ano passado. Durante a pandemia, o Estado é um dos que tem se destacado por ter criado rapidamente um sistema de educação a distância bem estruturado com aulas online.