terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Navio encalhado com 22 mil toneladas - 'em São Luis

 


Navio encalhado com 22 mil toneladas de bauxita no porto da Alumar tem riscos de vazamento 

Operação de desencalhe do navio mercante Forte de São Felipe (de 229 metros de comprimento) continua no canal do porto da Alumar.

Operação de desencalhe do navio mercante Forte de São Felipe (de 229 metros de comprimento) continua no canal do porto da Alumar.

O navio mercante Forte de São Felipe, de bandeira brasileira, segue encalhado no canal de acesso no porto da Alumar em São Luís, com 22 mil toneladas de bauxita, um mineral utilizado na obtenção de alumínio.

O navio está encalhado desde a manhã do último sábado (17), no canal de propriedade privada que dá acesso ao porto da empresa Alumar, que utiliza a bauxita em suas operações.

Diante da situação, prossegue a operação de desencalhe do navio. A embarcação, que pertence à empresa Elcano S.A., está carregada com 20 mil toneladas de bauxita, utilizada na produção de alumínio pelo Consórcio de Alumínio do Maranhão, além de água e combustível.

A embarcação tem cerca de 229 metros de comprimento e saiu Porto de Juruti, no Pará, e tinha como destino o porto da Alumar. Rebocadores já foram usados para o desencalhe, porém, não houve sucesso na operação devido a baixa maré.

O navio precisou mudar de berço devido a um problema no guindaste do porto da Alumar. Durante a manobra, segundo informações iniciais, o prático teria saído da rota e acabou atolando devido à maré baixa, numa região com muitas rochas e bancos de areia.

A Capitania dos Portos do Maranhão foi acionada e enviou uma equipe ao local. Seis rebocadores foram mobilizados para desencalhar o navio, mas a tentativa não deu certo e a operação foi paralisada por falta de navegabilidade.

Um gabinete de crise com membros da Marinha, da Elcano, do Governo do Maranhão e da Alumar foi formado para acompanhar a operação de desencalhe, marcada para a maré alta, na madrugada deste domingo. A tentativa de reflutuação aconteceu por volta de 1h30 e durou quase 3 h, mas não teve êxito.

Especialistas que acompanharam a operação acreditam que é preciso retirar a carga e esperar maior amplitude da maré – mas ainda não há horário para uma nova operação neste sentido.

– Vazamento 

Segundo a Marinha, não há indícios de danos estruturais ou vazamento de resíduos poluentes e os tripulantes passam bem. Um “Aviso aos Navegantes” foi divulgado informando a posição do navio para evitar riscos à navegação na área.

A Capitania ressaltou que um inquérito administrativo será instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido.

Em nota, a Alumar disse que “embora o navio não seja controlado e operado pela Alumar, imediatamente após o ocorrido, o Consórcio se colocou à disposição para apoiar a Praticagem, o Armador do Navio responsável e as Autoridades competentes. Foram acionados, preventivamente, o Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Ajuda Mútua (PAM)”.

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