quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Médicos começam a tirar Schumacher de coma induzido

G1

Em comunicado, agente do ex-piloto, que está internado há mais de um mês após acidente de esqui, diz que processo pode 'levar muito tempo'.
A equipe médica responsável por Michael Schumacher começou nesta quinta-feira (30/01) a reduzir os níveis de sedação administrados ao ex-piloto de Fórmula 1. O heptacampeão segue em coma induzido no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, no sudeste da França, e já passou por duas cirurgias.
Desde então, as informações sobre o estado de saúde do piloto são escassas. O último boletim médico, divulgado em 17 de janeiro, falava de uma situação "crítica mas estável".
O objetivo do coma artificial em casos de traumatismo craniano é deixar o cérebro em repouso para reduzir a pressão no crânio.
"O impacto do traumatismo cria um edema, uma inflamação como quando se torce o tornozelo, por exemplo", explicou à AFP o doutor Gérard Audibert, diretor da unidade de reanimação neurocirúrgica do hospital universitário de Nancy.
Este coma induzido pode ser prolongado "por muito tempo, dias ou semanas", disse o doutor Jean Mantz, chefe do Departamento de Anestesia e Reanimação do hospital Bichat, de Paris.
A duração média de um coma induzido para o tratamento de traumatismos cranianos graves é de cerca de 15 dias, de acordo com Audibert. Em alguns casos, pode ser prolongado, mas raramente supera as três semanas.
Os médicos normalmente decidem tirar o paciente do coma induzido quando a pressão no crânio diminuiu e se mostra estável.
"Quando se retira pouco a pouco a sedação e a pressão volta ao normal, o paciente sai do coma induzido, voltando ao seu estado clínico base. Pode acontecer de ele continuar em coma, ou acordar progressivamente", explica o médico.
Ao sair do coma, os pacientes continuam sendo acompanhados com atenção pelos médicos.
"Observamos se é possível comunicar com o paciente, se ele responde a estímulos verbais e a instruções como 'aperte minha mão' ou 'abra e feche os olhos'", continua Audibert.
Passada essa fase, "a recuperação pode ser muito longa: vemos melhoras nos pacientes entre um mês e três anos após o acidente. O tempo que precisam para se recuperar de um acidente no plano neurológico e a qualidade dessa recuperação são impossíveis de diagnosticar com certeza", diz o doutor Mantz.
De acordo com o doutor Audibert, só é possível conhecer as sequelas definitivas de um traumatismo craniano cerca de dois anos depois do acidente.

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