domingo, 24 de julho de 2016

Hospitais reservam leitos para Olimpíada e desmarcam cirurgias

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Foto Reprodução GloboNews
Foto Reprodução GloboNews
Seis hospitais federais do Rio de Janeiro estão reservando leitos para possíveis atendimentos médicos durante a Olimpíada. São 135 vagas que não podem ser ocupadas por outros pacientes. Alguns deles, que tinham cirurgias já agendadas, foram informados na semana passada de que os procedimentos estavam desmarcados.
Na sexta-feira (22), a GloboNews flagrou, em uma enfermaria do Hospital Federal de Bonsucesso, Zona Norte do Rio, um aviso em que se lê“leito bloqueado pra Olimpíada”.
A decisão de reservar os leitos, segundo o Ministério da Saúde, serve para deixar os hospitais prontos para atender situações de emergência referentes aos Jogos.
O irmão de um paciente internado no Souza Aguiar com um tumor no intestino contou que o parente foi encaminhado para o Hospital Federal de Bonsucesso. Após fazer todas as etapas para a internação, ele ouviu que o paciente não poderia ficar no hospital devido aos Jogos.
O Ministério da Saúde disse que não há qualquer bloqueio de leitos ou suspensão de cirurgias eletivas nos hospitais e institutos federais do rio de janeiro. E está mantido o atendimento regular nessas unidades, inclusive no período dos jogos olímpicos.
A nota do Ministério indicou ainda que os leitos de retaguarda servem justamente para deixar as unidades prontas para atender situações de emergência, estratégia para garantir o atendimento durante eventos de massa.
A prefeitura do Rio disse que os 135 leitos federais não estarão vazios durante esse período, mas as unidades devem priorizar o gerenciamento deles, para que não haja superlotação diante do maior aporte de atendimentos.
A secretaria municipal de saúde informou ainda que o plano de contingência para a Olimpíada está sendo planejado há dois anos, não havendo motivo para a desmarcação de cirurgias, e garantiu que vai coordenar o encaminhamento e as transferências dos pacientes entre as unidades, assim como para os leitos de retaguarda nos demais hospitais da rede.
Baseado em uma ação civil pública de 2012, a Defensoria Pública da União vai cobrar a realização de mais de 21 mil cirurgias. “Pedimos a inserção dos nomes de todos eles em um sistema único informatizado”, afirmou o defensor público Daniel Macedo.
Do G1 RJ

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