Ministra que comparou salário de R$ 33,7 mil ao ‘trabalho escravo’ pede demissão
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou na segunda-feira (19) sua carta de demissão ao presidente Michel Temer (MDB). A pasta será assumida pelo subchefe de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que, segundo fontes no Planalto, vai acumular as duas funções. A exoneração e a nomeação serão publicadas nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da União.
Rocha já havia sido cotado para assumir outras pastas no governo e foi citado inclusive como uma possibilidade de cuidar do ministério extraordinário da Segurança, que Temer prometeu criar em breve. Ele se tornou homem de confiança do presidente, mas é controverso dentro do governo e sempre é lembrado por ter advogado para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
De acordo com fontes no Planalto, Temer avaliava trazer a Secretaria de Direitos Humanos de volta para o Ministério da Justiça. No entanto, agora com a nomeação de Vale Rocha, Temer deve manter a pasta com status de ministério.
Em dezembro do ano passado, Luislinda Valois pediu desfiliação do PSDB para permanecer no cargo mesmo após o desembarque dos tucanos. Criticada no Planalto por ter uma atuação “apagada”, Luislinda, no entanto, já estava praticamente descartada e Temer buscava apenas um nome.
Ela causou polêmica depois de pedir ao governo para ganhar o salário integral do cargo, o que elevaria seus vencimentos mensais para R$ 61,4 mil, já que ela também recebe como desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia. Após a repercussão negativa, Luislinda desistiu do pedido. (Reveja)
Fonte: VEJA
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