Cresce nº de empregadores na lista-suja do trabalho escravo no Maranhão
O Ministério do Trabalho divulgou a nova lista-suja do trabalho escravo, com a relação dos empregadores que exploraram trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. O documento ganhou 50 novos integrantes, totalizando 209 nomes de todo o país. No Maranhão, com o acréscimo de quatro nomes, subiu para nove o total registrado.
Juntos, os nove empregadores maranhenses da lista-suja submeteram 84 trabalhadores ao trabalho análogo à escravidão. A cidade recordista de casos foi Vargem Grande, com a exploração de mão de obra escrava em dois carnaubais (povoados de São Benedito e Alto Bonito), com 25 resgatados no total.
Além de Vargem Grande, os demais municípios que figuram na lista-suja maranhense são: Imperatriz (obra da construtora Zurc, na UFMA), Açailândia (Fazenda Serra Verde), Miranda do Norte (Fazenda Sara), São Pedro da Água Branca (Fazenda Grapia), Arame (Fazenda Rancho Rico), Parnarama (Fazenda Tremendal) e Brejo de Areia (Fazenda Lago Azul).
Segundo o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), Luciano Aragão, a lista-suja é um dever de transparência do Estado para que a sociedade saiba quem são os envolvidos no trabalho análogo à escravidão e para que empresas deixem de contratar ou utilizar insumos de quem explora a mão de obra escrava.
Na avaliação dele, a principal dificuldade no combate é a ausência de recursos para garantir as operações de maneiras adequadas. “A cada ano observamos cortes nos recursos destinados aos grupos móveis nacionais, responsáveis pelas fiscalizações. Muitas vezes, quando o recurso chega, a denúncia está antiga e isso prejudica o sucesso da operação de resgate”, lamenta.
De acordo com Luciano Aragão, o MPT-MA irá lançar, em novembro, o Grupo Estratégico Regional de Combate ao Trabalho Escravo, que será composto por procuradores do Trabalho, agentes de segurança institucional e peritos do MPT-MA. “O objetivo é atender as demandas urgentes que não podem ser abarcadas pelo grupo móvel nacional. Dada essa dificuldade, pretendemos lançar operações do MPT para combater o trabalho escravo no Maranhão”, explica ele.
Abaixo, a lista-suja de empregadores do Maranhão.
Alexandre Vieira Lins – Fazenda Sara (BR 135, km 122, Miranda do Norte).
Antônio Calixto dos Santos – Fazenda Grapia (Estrada de acesso à ferrovia de Carajás, linha da Eletronorte, São Pedro da Água Branca).
Edmilson Aragão da Cunha – Carnaubais situados no Povoado São Benedito (zona rural, Vargem Grande).
Francisco José Aguiar Lopes – Carnaubal situado no Povoado Alto Bonito (zona rural, Vargem Grande).
Humberto Melo Carneiro – Fazenda Rancho Rico (Rodovia MA 008, km 30, zona rural, Arame)
José Carlos Nobre Monteiro – Fazenda Tremendal (Estrada Coco a Feitoria, 50 km após Povoado Baú, zona rural, Parnarama).
José Rodrigues dos Santos – Fazenda Lago Azul (Povoado Balanço, zona rural, Brejo de Areia).
Sinval Batista dos Santos – Fazenda Serra Verde – Rdo. BR 222, km 646, a 12 km da margem, zona rural, Açailândia.
Zurc – Saneamento e Construções Ltda – Obra da UFMA (Avenida da Universidade, Bom Jesus, Imperatriz).
Antônio Calixto dos Santos – Fazenda Grapia (Estrada de acesso à ferrovia de Carajás, linha da Eletronorte, São Pedro da Água Branca).
Edmilson Aragão da Cunha – Carnaubais situados no Povoado São Benedito (zona rural, Vargem Grande).
Francisco José Aguiar Lopes – Carnaubal situado no Povoado Alto Bonito (zona rural, Vargem Grande).
Humberto Melo Carneiro – Fazenda Rancho Rico (Rodovia MA 008, km 30, zona rural, Arame)
José Carlos Nobre Monteiro – Fazenda Tremendal (Estrada Coco a Feitoria, 50 km após Povoado Baú, zona rural, Parnarama).
José Rodrigues dos Santos – Fazenda Lago Azul (Povoado Balanço, zona rural, Brejo de Areia).
Sinval Batista dos Santos – Fazenda Serra Verde – Rdo. BR 222, km 646, a 12 km da margem, zona rural, Açailândia.
Zurc – Saneamento e Construções Ltda – Obra da UFMA (Avenida da Universidade, Bom Jesus, Imperatriz).
Minard
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