Deputados maranhenses destacam importância do ParlaNordeste para a defesa dos interesses da região
Deputados estaduais maranhenses avaliaram de forma positiva o 3º Encontro de Presidentes de Assembleias dos Estados do Nordeste – ParlaNordeste, realizado na manhã de sexta-feira (29), na Assembleia Legislativa do Maranhão. Eles repercutiram a importância do fórum e o conteúdo da “Carta de São Luís”, divulgada no encerramento do evento.
Para o deputado Vinicius Louro (PR), é muito importante que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB), liderem, respectivamente, o Consórcio de Governadores do Nordeste e o ParlaNordeste.
“Parabenizo ambos por essa posição de liderança e reafirmo que quando se discute os problemas do Nordeste, na verdade, estamos discutindo os problemas do Brasil. Rediscutir o Pacto Federativo é de suma importância porque o que vemos, atualmente, ou seja, os municípios e os estados enfrentando grandes dificuldades financeiras”, destacou Vinícius Louro.
O deputado Hélio Soares (PR) disse que é de fundamental importância o Maranhão sediar um encontro da envergadura do ParlaNordeste e debater temas de extrema relevância. “Estamos discutindo temas da maior importância para a sociedade brasileira como, por exemplo, o Pacto Federativo. O ParlaNordeste dá uma grande contribuição ao debater e se posicionar sobre esses temas, de grande interesse para o desenvolvimento econômico e social da região Nordeste”, frisou.
Wellington do Curso (PSDB) também reconheceu como sendo de extrema relevância a Assembleia Legislativa do Maranhão sediar o Encontro. “Discutimos temas cruciais para o Maranhão, o Nordeste e o Brasil. Parabenizo o presidente Othelino Neto por liderar esse movimento. Sugeri para a próxima edição que se paute a questão as emendas impositivas e a redução do ICMS das aeronaves”, complementou.
Durante o evento, foi definido que a próxima edição do ParlaNordeste acontecerá no início do mês de maio, no Estado da Bahia.
Tutóia, elevada à categoria de cidade desde 29 de Março de 1938. Através do Decreto de Lei, nº 45, esse mesmo documento serviu para emancipar vários municípios e criar Vilas. Comarca e Distrito. Esse foi o último empenho político que Paulino Neves, fez por Tutóia, pois após 3 anos ele veio a falecer.
Alguns Prefeitos de Tutóia: Antes da Proclamação da República, os Estados Brasileiros eram chamados "Província." Depois da Proclamação em 15 de Novembro de 1889, pelo Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, veio o nome de Estado cujo chefe é o Governador, e Município. Nome dado a uma área territorial formadora dos Estados, cujo administrador é o Prefeito.
Em 1890, foi criado o Conselho de Intendência Municipal, por determinação da Constituição Estadual. Essa lei, durou até 1919, tempo em que os Intendentes foram substituídos pelo Prefeitos. Vejamos os principais Intendentes de Tutóia. Eusébio Ataíde, Clementino Oliveira Ramos, Gil Rebelo, Pedro José da Silva, Pedro Almeida Soares, Celso Fonseca e Antonio de Almeida Gallas.
Prefeitos de Tutóia: Euclides Gomes Neves, Celso G. da Fonseca, Pedro de A. Soares, Pedro José da Silva, Almir Galvão de Caldas, Nemésio Neves, Felipe de A. Ramos, José de Matos Silva, Celso dos Santos Veras, José Veras, Antonio José Rodrigues, Zilmar Melo Araújo, José Cílio A. Silva, Merval de Oliveira Melo, Luis Alberto Galvão de Caldas, Egídio Francisco Conceição Júnior e Raimundo Nonato Abraão Baquil.
Os três poderes em Tutóia: Executivo, Legislativo, Judiciário.
Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal.
Legislativo é exercido pela Câmara Municipal.
Judiciário é exercido pelo Juíz, Promotor e um Advogado, habilitado para o exercício da profissão.
Pessoas importantes na história política-Cultural e Educacional de Tutóia: *João Tavares, filho natural do Rio de Janeiro, veio para o Maranhão, com a incumbência de participar da grande família "Marista" onde foi vice-Reitor. Entrou para a campanha de Jesus em 11 de Julho de 1923. Faleceu no dia de seu aniversário em 1743, morou vários anos em Tutóia-Velha.
* Paulino Gomes Neves, Nasceu em Tutóia-Velha, no dia 13 de Agosto, de 1845. Quando jovem foi para São Luis, estudar e trabalhar numa firma comercial. De volta à terra natal, casou-se com Dona Zuza Neves e tiveram 12 filhos. Foi um político de renome, tinha patente de coronel, pois fazia parte da guarda Nacional Brasileira.
* Almeida Galhardo, " O poeta das gaivotas " Francisco das Chagas Almeida Soares, usava o pseudônimo de "Almeida Galhardo" nos jornais e em suas poesias, nasceu em Tutóia, no dia 22 de Dezembro de 1922. Filho de Pedro Luis Soares e Dona Joaquina de Almeida Soares. Em 8 de Agosto de 1964, morreu num acidente de avião que pilotava no bairro de Forquilha, quando vinha para Tutóia, visitar sua mãe que estava seriamente enferma foi o primeiro Poeta regional, fazendo parte da história literária de Tutóia. Monsenhor Hélio Maranhão "pastor de Tutóia" Hélio Maranhão, nasceu em em Barra do Corda(Ma), em 27/05/1930. Filho de Raimundo Leonilio Maranhão e Perpetua Nava Maranhão, desde cedo interessou pelo sacerdócio. Foi ordenado Padre, no dia 22 de Dezembro de 1956. Veio para Tutóia, em 1964, o seu primeiro trabalho como pároco ficou conhecido no Maranhão, ao criar as comunidades Ecleriais de Babes (CEBS). Criou o colégio Almeida Galhardo, o primeiro da microrregiãodo Baixo Parnaíba. Atualmente foi nomeado Capelão Chefe da Polícia Militar do Maranhão.
Dona Zelinda Neves Miranda, filha do coronel Paulino Neves e Zuza Neves, nasceu no dia 10 de Novembro de 1907, foi a 2º filha do coronel a nascer em Tutóia, aos 14 anos de idade, foi para São Luis, estudar no colégio "Maria Auxiliadora" das irmãs Dorotéia onde concluiu o curso de professora. Quando voltou para Tutóia, começou a lecionar em sua casa(no Chalé). Além de professora Zelinda Neves, foi a 1º secretária de educação do município, no governo do Sr. Zilmar Melo, em 1970. Faleceu em 28 de Agosto de 2004.
Os símbolos do Município são: A bandeira, o Brasão, o Hino.
Aquarela - letra e música, Raimundo nonato Freitas, cantor, poeta, compositor.
Hino, letra e música do compositor e maestro Padre Jocy Neves Rodrigues.
A bandeira, foi oficializada pelo decreto 28.04.81, sob o número 56-A.
Os presidentes das Assembleias Legislativas do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB); do Piauí, Themístocles Filho (MDB); da Bahia, Nelson Leal (PP); do Ceará, José Sarto (PDT), e da Paraíba, Adriano Galdino (PSB), assinaram, na manhã desta sexta-feira (29), a “Carta de São Luís”.
O documento contém as deliberações tomadas durante o 3º Encontro de Presidentes de Assembleias Legislativas dos Estados do Nordeste – ParlaNordeste, com destaque para o Consórcio dos Estados do Nordeste, a Reforma da Previdência, o Pacto Federativo e o Fortalecimento dos Órgãos Regionais de Desenvolvimento.
Em relação ao Consórcio Nordeste, criado no último Fórum de Governadores da Região, a Carta enfatiza que o mesmo pode se tornar uma ferramenta importante para o crescimento e desenvolvimento econômico da região. Os presidentes se comprometem em atuar para que o mesmo possa ser aprovado em todas as Casas Legislativas.
O documento também destaca a posição dos presidentes dos Legislativos do Nordeste sobre a Reforma da Previdência. Eles se comprometem em atuar junto à bancada de deputados federais e senadores da região e também aos governadores, buscando apoio para que nenhum direito seja retirado daqueles que mais necessitam da Previdência Social, entre eles os trabalhadores e trabalhadoras rurais e todos que utilizam os Benefícios de Prestação Continuada (BPC).
Sobre o Pacto Federativo, os presidentes destacam na Carta a necessidade de urgência na discussão de um novo modelo, onde estados e municípios, não só da Região Nordeste, mas de todo o Brasil, possam tornar-se menos dependentes de recursos federais para arcarem com suas despesas.
O documento enfatiza o total apoio dos presidentes de Assembleias do Nordeste à Proposta de Emenda Constitucional (PEC 172), comprometendo-se em atuar junto às bancadas dos estados para que a matéria seja apreciada o mais rápido possível no Senado Federal ainda nessa legislatura.
Por fim, a Carta de São Luís destaca o compromisso dos presidentes em apoiar os órgãos regionais de desenvolvimento que atuam em toda região Nordeste, a fim de que se tornem cada vez mais fortes. Eles deixam claro que não vão compactuar com qualquer política do governo federal que vise enfraquecer os órgãos ou instituições voltadas para o desenvolvimento e crescimento econômico da região, a exemplo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Foram levados para presídio no Rio Grande do Norte
Agência Brasil
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foram transferidos para um presídio federal no Rio Grande do Norte. A transferência ocorreu na quinta-feira (28), mas só foi divulgada nesta sexta-feira (29), por motivos de segurança.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Eles foram presos no último dia 12 e atualmente estavam detidos em presídio de segurança máxima no Complexo Prisional de Bangu. Ronnie foi preso ainda de madrugada, se preparando para sair de casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte.
As investigações continuam, com objetivo de se descobrir quem teriam sido os mandantes dos assassinatos, embora o Ministério Público não descarte a possibilidade de ter sido um crime motivado por ódio de Ronnie contra a vereadora.
Polícia divulga fotos dos suspeitos de matarem Marielle Franco e Anderson Gomes - Arquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil
Música Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré
A música "Pra não dizer que não falei das flores" foi escrita e cantada por Geraldo Vandré em 1968, conquistando o segundo lugar no Festival Internacional da Canção desse ano. O tema, também conhecido como "Caminhando", se tornou um dos maiores hinos da resistência ao sistema ditatorial militar que vigorava na época.
A composição foi censurada pelo regime e Vandré foi perseguido pela polícia militar, tendo que fugir do país e optar pelo exílio para evitar represálias.
Letra da música
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Análise e interpretação
Com a sonoridade de um hino, o tema segue um esquema rimático simples (A-A-B-B, ou seja, o primeiro verso rima com o segundo, o terceiro com o quarto e assim por diante). Utiliza também um registro de linguagem corrente, com uma letra fácil de memorizar e transmitir a outras pessoas.
Assim, parece fazer referência às canções que eram usadas em passeatas, protestos e manifestações contra o regime, que se espalhavam pelo país no ano de 1968. A música era, então, usada como um instrumento de combate, que pretendia divulgar, de forma direta e concisa, mensagens ideológicas e de revolta.
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
A primeira estrofe assinala isso, com os verbos "caminhando e cantando", que remetem diretamente para a imagem de uma passeata ou um protesto público. Lá, os cidadãos são "todos iguais", mesmo não existindo relação entre si ("braços dados ou não").
Referindo "escolas, ruas, campos, construções", Vandré pretendia demonstrar que pessoas de todos os extratos sociais e com diferentes ocupações e interesses estavam juntas e marchavam pela mesma causa. É evidente a necessidade de união que é convocada e a lembrança de que todos queriam a mesma coisa: liberdade.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
O refrão, repetido várias vezes ao longo da música, é um apelo à ação e à união. Geraldo fala diretamente com quem escuta a música, chamando para a luta: "Vem". Com o uso da primeira pessoa do plural (em "vamos embora"), imprime um aspeto coletivo à ação, lembrando que seguirão juntos no combate.
Ao afirmar que “esperar não é saber”, o autor sublinha que quem está consciente da realidade do país não pode aguardar de braços cruzados que as coisas mudem. A mudança e a revolução não serão entregues de bandeja para ninguém, é necessário agirem rapidamente (“quem sabe faz a hora, não espera acontecer”).
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Nesta estrofe, é denunciada a miséria em que os agricultores e camponeses viviam e a exploração a que estavam sujeitos ("fome nas grandes plantações"). Existe também uma forte crítica aos pacifistas que pretendiam resolver a crise política com diplomacia e comum acordo, organizados em "indecisos cordões".
Os ideais de "paz e a amor" promovidos pelo movimento da contracultura hippie, oflower power, são simbolizados pelas flores (o "mais forte refrão"). É sublinhada a sua insuficiência contra o "canhão" (a força e a violência da polícia militar).
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Embora as forças militares simbolizassem o inimigo, o poder ditatorial, a música não desumaniza os soldados. Pelo contrário, lembra que estavam “quase todos perdidos de armas na mão”, ou seja, usavam da violência, matavam, mas nem eles mesmos sabiam porquê. Apenas obedeciam ordens cegamente, por causa da lavagem cerebral que sofriam: a "antiga lição / De morrer pela pátria e viver sem razão".
Os soldados, levados por um espírito de falso patriotismo, tinham que dedicar suas vidas e muitas vezes morrer em função do sistema que protegiam e do qual eram também vítimas.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Na última estrofe, é reforçada a mensagem de igualdade entre todos os cidadãos e a urgência de partirem juntos para a luta, porque só através do movimento organizado poderia chegar a revolução.
A música lembrava que deviam avançar com os "amores na mente", pensando nas pessoas que amavam e foram vítimas da repressão militar. Para serem vitoriosos, era necessário deixarem "as flores no chão", ou seja, abandonarem as abordagens pacifistas.
Estava nas suas mãos "a história", a possibilidade de mudar a realidade do país e o futuro para todos os brasileiros . Deveriam continuar "caminhando e cantando" e "aprendendo e ensinando uma nova lição", transmitindo o seu conhecimento, despertando outras pessoas para a militância.
Significado da música
"Pra não dizer que nao falei das flores" é um convite à resistência política radical, um chamamento para todas as formas de luta necessárias para derrubar a ditadura.
Geraldo Vandré fala de flores para tentar mostrar que não é suficiente usar "paz e amor" para combater armas e canhões, sublinhando que a única forma de vencerem era a união e o movimento organizado.
Contexto histórico
1968: repressão e resistência
Em 1968, o Brasil enfrentava um dos piores momentos de repressão política, a instituição do AI-5: um conjunto de leis que conferiam poderes quase ilimitados ao regime.
Face ao autoritarismo e diversos episódios de violência policial, os estudantes universitários começaram a se mobilizar, fazendo protestos públicos que eram recebidos com agressões, mandatos de prisão e, por vezes, assassinatos.
Aos poucos, esses protestos foram se espalhando pelo país e outros grupos se juntaram ao movimento: os artistas, os jornalistas, os padres, os advogados, as mães, etc.
Censura
Apesar da censura que ameaçava, proibia e perseguia, a música se tornou um dos veículos artísticos usados para transmitir mensagens de cariz político e social.
Os interpretes estavam conscientes do perigo que corriam quando divulgavam publicamente as suas opiniões, mas arriscavam sua vida para desafiar o poder instituído e passar uma mensagem de força e coragem para os brasileiros.
Muitos anos depois do Festival Internacional da Canção de 1968, um dos jurados confessou numa entrevista que "Pra não dizer que não falei das flores" teria sido o tema vencedor. Vandré ficou em segundo lugar devido às pressões políticas que a organização do evento e a TV Globo, rede que emitia o programa, sofreram.
Geraldo Vandré: exílio e afastamento da vida pública
As consequências possíveis para quem desafiava o poder militar eram a prisão, a morte ou, para quem conseguia escapar, o exílio.
Por causa de "Pra não dizer que não falei das flores", Geraldo Vandré começou a ser vigiado pelo Departamento de Ordem Política e Social e teve que fugir.
Viajou por vários países como Chile, Argélia, Alemanha, Grécia, Áustria, Bulgária e França. Quando regressou ao Brasil, em 1975, preferiu se afastar das luzes da ribalta e se dedicar à carreira de advogado.
Sua canção e a mensagem política que ela transmitia, no entanto, entraram para a história da música e da resistência política brasileira.
A partir do mês de abril os prefeitos maranhenses passarão a contar com um equipamento que vai facilitar o cumprimento das agendas recorrentes em Brasília. A iniciativa da gestão do presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, Erlanio Xavier, é inédita na história de 32 anos da entidade e será entregue aos prefeitos por ocasião da participação dos gestores maranhenses na XXII Marcha à Brasília em Defesa dos Municípios.
“A Famem está oferecendo aos prefeitos maranhenses, sem qualquer custo. O prefeito filiado terá um endereço para se hospedar com todo conforto, com disponibilidade de veículo e uma secretária executiva. Enfim, as condições para que o prefeito tenha facilidade em desempenhar seu trabalho em busca de avanços para seu município”, afirmou o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, Erlanio Xavier.
Durante encontro com filiados à Famem no início desta semana, o presidente Erlanio esclareceu sobre sua intenção de modificar os rumos da entidade a partir de procedimentos administrativos corretos. “Chegamos aqui e procedemos com o ajuste da máquina de forma a adequarmos o quadro dentro das necessidades, eliminado excessos”, relatou.
Segundo o presidente, foi muito importante a contribuição do tesoureiro, prefeito Júnior Cascaria (Augusto Inácio Pinheiro Júnior), nessa operação de modificar a imagem da entidade. As medidas contribuíram para que a entidade pela primeira vez patrocine a participação inédita dos prefeitos maranhenses na Marcha à Brasília, o evento de maior relevância na agenda. O estado vai participar, proporcionalmente, com o maior número de prefeitos entre as 26 unidades da Federação.
“Estou à frente da Famem junto com outros prefeitos e uma equipe de assessores que vem colaborando para que qualifiquemos cada vez mais os serviços e assistência aos prefeitos”, destacou o Erlanio.
O presidente garantiu ainda que dentro de curto prazo a escola de gestão da entidade será completamente reestruturada para uma nova diretriz e a realização de encontros regionais em agenda que está sendo construída de maneira a alcançar todo o estado. A ideia é concluir a agenda até o mês de dezembro. Durante estes encontros serão oferecidos cursos de administração financeira entre outros que serão programados conjuntamente com os prefeitos das regionais.
Entre os detidos estão policiais e profissionais da saúde
Agência Brasil
Ao menos 106 suspeitos de cometer crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet já tinham sido presos até as 11h30 de hoje (28), na quarta fase da Operação Luz na Infância. As ações ainda estão em andamento e o número deve mudar ao longo do dia.
Além das detenções, policiais civis dos 26 estados e do Distrito Federal estão cumprindo 266 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, em todo o país.
A produção, guarda e disseminação de material digital contendo cenas de pornografia infantil foram identificadas por equipes do Laboratório de Inteligência Cibernética, da recém-criada Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O coordenador do Serviço de Inteligência do Ministério da Justiça, Alessandro Barreto, durante coletiva de imprensa sobre a Operação Luz da Infância 4. - Marcello Casal jr/Agência Brasil
Segundo o coordenador do laboratório, delegado Alesandro Barreto, a maioria dos presos é do sexo masculino, tem entre 19 e 29 anos e vive em estados da Região Sudeste. Os suspeitos pertencem a diferentes classes sociais. Já entre as vítimas, há crianças a partir dos 2 anos de idade.
"São crianças que são abusadas por parentes, por pessoas próximas. Nas operações anteriores, vimos que a parte mais importante deste trabalho é identificar vítimas e tirá-las da situação de abuso e exploração", disse Barreto, destacando a capacidade das polícias estaduais e Federal de identificarem quem comete crimes cibernéticos.
Internet não é território sem lei
"Há uma impressão de que a internet é um território sem lei, mas as polícias dos estados estão sendo capacitadas para buscar as evidências neste ambiente. E a operação de hoje é uma demonstração de que as polícias estão cada vez mais aptas a identificar os autores de crimes neste ambiente."
A pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de um a quatro anos de prisão. Já quem o compartilha pode ser condenado à pena de de três a seis anos de cárcere. A produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes pode ser punida com quatro a oito anos de detenção. Somadas, as três primeiras fases da Operação Luz na Infância resultaram em mais de 400 prisões e instauração de vários inquéritos.
“Ocorrem verdadeiros absurdos no ambiente online e estamos identificando algumas pessoas que, em tese, são acima de qualquer suspeita, pois não têm antecedentes [criminais], nem nada. Já foram presos policiais, profissionais que tratam com crianças e da área de saúde”, afirmou Barreto.
Mais de 1,5 mil policiais civis participam da nova fase, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje, em todo o país. Após destacar a dificuldade da coleta de provas capazes de responsabilizar os investigados, o coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética destacou a importância dos pais estarem atentos às atividades dos filhos na internet.
"Nós falamos para nossos filhos não falarem com estranhos na rua. Precisamos ter este mesmo cuidado com o ambiente online. É importante que os responsáveis legais orientem as crianças e denunciem [os casos suspeitos] pelos canais digitais, às delegacias de proteção ou pelo Disque 100 para que as polícias possam identificar esses criminosos", defendeu o delegado.
Novas ações
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que operações semelhantes voltarão a ser realizadas.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala sobre a Operação Luz da Infância 4, que cumpre mandados de busca e apreensão contra acusados de crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. - Marcello Casal jr/Agência Brasil
"A operação revela os propósitos da criação da Secretaria de Operações Integradas, com todo o poder de coordenação e operações entre as polícias estaduais; entre as polícias estaduais e federais e entre as forças federais", comentou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. "Já foram feitas operações semelhantes a esta no passado, mas não com esta envergadura. Certamente, vamos realizar novas ações desta espécie", acrescentou o ministro.
De acordo com o ministro, as investigações vão continuar e, a partir da análise do material apreendido, será possível identificar a eventual rede de conexões existente entre os investigados e outros internautas.
"Este é um crime muito grave e que nos traz um desgosto por atingir muito fortemente a nossa infância e adolescência", acrescentou Moro, garantindo que as autoridades não vão tolerar as práticas criminosas.
"É importante realizarmos esta operação cumprindo todos os mandados numa mesma data porque, assim, mandamos um recado claro: este tipo de crime não pode ser tolerado", afirmou Moro.