terça-feira, 22 de setembro de 2015

Dilma abre pasta social para o PMDB


O jogo ministerial


Para contemplar o PMDB na reforma ministerial e garantir o apoio da legenda a seu governo, a presidente Dilma Rousseff está disposta a oferecer ao partido um importante ministério da área social – Saúde ou Educação – coisa que não aconteceu na era petista. Com exceção de Renato Janine, atual ministro da Educação, as duas pastas sempre foram comandadas por petistas.


O objetivo da presidente é atender ao principal aliado e "fidelizar" um número maior de deputados ao governo e, assim, ter a grande maioria da bancada a seu lado numa eventual votação para decidir se a Câmara vai ou não acolher pedido de abertura de processo contra ela. Por isso, a maior atenção da presidente desta vez é com os apoios na Câmara.

No redesenho da estrutura administrativa do governo, a presidente quer que os ministros do PMDB representem as principais lideranças do partido. A começar pelo vice Michel Temer, passando, também pelo presidente do Senado, Renan Calheiros e o líder da bancada, Eunício Oliveira e, de uma só vez, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha e o líder do PMDB, Leonardo Picciani.

Entre os dois mais importantes ministérios da área social, o mais provável é que  Dilma ofereça a pasta da Saúde ao PMDB. E, além dela, o novo ministério que reunirá as secretarias de Portos e Aeroportos; o Ministério da Integração Nacional, e, ainda, com a manutenção dos ministérios da Agricultura e Minas e Energia, somando, portanto, cinco ministérios importantes.

Nas conversas que teve com a presidente na manhã, de segunda-feira(21), para tratar da reforma administrativa e ministerial em curso, Temer disse que talvez não fosse este o melhor momento para fazer mudanças, pois o governo precisa de apoios no Congresso. 

Dilma disse que é preciso fazer a reforma, e Temer respondeu que ficasse à vontade para modificar a equipe, sem se preocupar com indicações dele. Antes, sugeriu que ela conversasse muito com os políticos.
A reação de Temer durante a conversa com a presidente denota a dificuldade que terá Dilma para compor uma equipe que lhe garanta apoio político no Congresso.

Cristiana Lôbo

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