Ao vivo no 'Encontro com Fátima Bernardes', narrador da TV Globo comparou tragédia da Chapecoense com a morte de Ayrton Senna
O narrador Galvão Bueno não segurou a emoção ao conversar com a apresentadora Fátima Bernardes no Encontro desta terça-feira, 29.
Ao vivo, ele disse que vive um dos momentos mais difíceis de sua carreira. "Me desculpe a voz. Não dormi, estou chocado. Quantas vezes estivemos juntos falando sobre futebol, alimentando esperanças com a nossa seleção. Eu diria que é um dos momentos mais difíceis desses meus 42 anos de carreira. Lembro imediatamente do acidente de Ayrton Senna. Foram 76 vítimas, as famílias, os nossos companheiros de TV Globo, de outras televisões", disse.
Emocionado, ele seguiu. "Até esse momento do time, de ser o primeiro de Santa Catarina à chegar a uma final continental, nada disso importa perto de tudo o que aconteceu. Eu tenho certeza que vai haver uma união para que ela [a equipe] possa continuar. É a maior de todas as tragédias. Acho que o silêncio, o respeito e pedir a Deus que dê força à todos para que possamos superar esse momento tão difícil", disse.
"Eu confesso uma coisa à você, Fátima. Eu não tenho a menor vontade de fazer um jogo de futebol neste ano", encerrou o apresentador com a voz embargada.
Consternação na TV Globo
Mais tarde, também no Encontro, o jornaista Ivan Moré, do Globo Esporte, também se emocionou ao homenagear o repórter cinematrográfico Ari Júnior, uma das vítimas da tragédia. "Ele era muito simples no trato, não falava idiomas, era um cara do interior de Goiás, começou como porteiro do SBT. Só que quando ele colocava a câmera nos ombros ele se transformava, ele tinha uma sensibilidade única", disse.
Comentarista da TV Globo, Casagrande falou brevemente do ex-jogador da seleção brasileira Mario Sérgio. Ele era comentarista da Fox Sports e estava no avião. "Joguei contra o Mário, tinhamos um relacionamento muito bom, foi um dos maiores jogadores que eu vi jogar. E quando eu soube de manhã desta tragédia eu senti por todo mundo, mas me veio a imagem do Mário na minha cabeça. A marca principal dele era ser divertido. Ele não tem cara de tragédia, ele tem cara de magia", disse.
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