Os ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB), presos pela Polícia Federal na quarta e quinta-feira(17)
Os ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB), presos pela Polícia Federal na quarta e quinta-feira, respectivamente, estão enfrentando dias difíceis deixando o luxo ao qual estavam bem (mal) acostumados para agora viverem simploriamente em uma cela no Presídio de Bangu.
Anthony e Cabral são investigados por diversas irregularidades, entre elas desvios de recursos, compra de votos e cobrança de propina em contratos com o poder público causando um prejuízo aos cofres do Rio na ordem de mais de R$ 200 milhões.
A prisão dos ex-governadores chegou a ser comemorada pela população carioca. O momento mais aplaudido foi a transferência de Sérgio Cabral para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no presídio de Bangu. Por ser Jornalista, ele vai ficar em uma cela especial mas já está sendo tratado como os demais presos, foi o que garantiu a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio.
Acostumado com a fartura, Cabral já tomou um café da manhã ‘básico’ nesta sexta-feira (18) ao qual detentos têm direito: café com leite e pão com manteiga. Até mesmo o cardápio do almoço e demais refeições já foram explorados pela imprensa a fim de mostrar que a rotina do ex-gestor que vivia no luxo, mudou radicalmente.
Já a transferência de Anthony Garotinho para Bangu não foi aplaudida, mas bastante conturbada. Tudo por que o ex-governador que estava preso porém internado e usufruindo de supostas regalias no Hospital Souza Aguiar, teve que ser levado numa ambulância. Garotinho resistiu, esperneou e chegou a chutar enfermeiros que tentavam contê-lo. Depois de muita confusão, ele foi finalmente levado para o presídio.
Para quem não entende o por que da comemoração dos cariocas por conta da prisão dos ex-gestores basta se inteirar da situação econômica do Estado do Rio de Janeiro que chegou a decretar falência. Um conjunto de irregularidades, más administrações e até a diminuição de recursos nos últimos tempos fez com que a crise no Estado se atenuasse provocando atrasos no pagamento dos servidores públicos e protestos nada pacíficos.
A prisão pode não ser o remédio para os males dos cariocas mas inibe a sensação de impunidade.
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