terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Polícia Federal à disposição para investigar episódios de agressões e ameaças a ministros

 

Dino coloca PF à disposição do STF para investigar perseguição a ministros

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta terça-feira (3) que enviará ofício à ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), colocando a Polícia Federal à disposição para investigar episódios de agressões e ameaças a ministros.

“Vou enviar ofício à presidente do STF frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc”, disse.

Um caso recente de perseguição ocorreu com a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva (Rede). Ela foi hostilizada por uma mulher enquanto almoçava em um restaurante, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (2).

Segundo relatos, a mulher teria dito que os verdadeiros patriotas irão retornar e que Marina deveria ter vergonha de trabalhar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A cena aconteceu no restaurante Greens, no bairro da Asa Norte. Na sequência, clientes do próprio restaurante passaram a defender a ministra —e a mulher precisou ser retirada por funcionários do estabelecimento.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso também foi hostilizado por passageiros dentro do aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (2).

Em novembro do ano passado, ministros do STF e o ex-presidente Michel Temer (MDB) também foram hostilizados por apoiadores do até então presidente Jair Bolsonaro em Nova York (EUA), onde estavam para participar de um evento do grupo Lide.

Vídeos que circularam em redes sociais e grupos de mensagem mostraram bolsonaristas assediando e xingando os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso no momento em que circulavam pela cidade e saiam de restaurantes e hotéis. Um deles também mostra Temer sendo xingado. (Folha de SP)

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