Impeachment
A presidente afastada, Dilma Rousseff, pretende se defender pessoalmente no processo de impeachment, no Senado. O roteiro do julgamento foi anunciado nesta quarta-feira (17).
O presidente do Supremo, Ricardo Lewandovski, acertou os detalhes numa reunião com os senadores.
O julgamento vai começar às 9h do dia 25. Quatro dias para ouvir as oito testemunhas: duas de acusação e seis de defesa.
Lewandowski acredita que os depoimentos podem ser concluídos até a madrugada de sábado.
“Nós vamos trabalhar até esgotarmos a oitiva das testemunhas. As testemunhas serão isoladas umas das outras, estarão cada um num quarto de hotel, à disposição dos senadores, do presidente do impeachment, explicou.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, confirmou que irá pessoalmente ao Senado para se defender. Será a primeira vez que ela falará no Congresso nesses quase nove meses do processo de impeachment.
A data do depoimento já está marcada: segunda-feira, dia 29, a partir das 9h. Dilma vai falar no plenário. Terá meia hora para fazer a própria defesa.
Em seguida, senadores, autores do pedido de impeachment e advogado de defesa podem fazer perguntas.
Aliados de Dilma acreditam que ela pode mudar votos de senadores.
“É uma demonstração de que ela nada tem a temer, não tem receio de perguntas que lhe possam ser feitas e de que vai aqui defender a sua honra e a sua integridade. E acredito que isso vai interferir, influenciar no juízo de cada senador”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
Defensores do impeachment dizem que vão confrontar Dilma com as acusações.
“Ela terá a que dar a mão à palmatória e reconhecer que, ao invés de se preocupar com o povo brasileiro ou com a gestão do país, ela se preocupou muito mais com questões ideológicas, e muito mais com um projeto de poder de permanência do PT à frente do governo”, afirmou Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Depois de Dilma, falam acusação e defesa. Haverá debate entre os senadores. Só aí vem a votação. A previsão é que acabe até quarta, dia 31.
Dilma será afastada definitivamente se pelo menos 54 senadores votarem a favor do impeachment. Se for absolvida, ela reassumirá a Presidência.
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