segunda-feira, 18 de abril de 2022

EX. GOVERNADOR DO MARANHÃO DISPARA CONTRA BOLSONARO

 

Dino: ‘Bolsonaro perderá, mas precisamos que o bolsonarismo volte para sua casinha’

O ex-governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado Flávio Dino (PSB) aposta que o presidente Jair Bolsonaro (PL) será derrotado na eleição de outubro deste ano. No entanto, para o socialista, o campo democrático precisa ir além de vencer o ex-capitão.

“Bolsonaro perderá, mas nós precisamos que também o bolsonarismo volte para a sua casinha”, afirmou Dino em entrevista publicada nesta segunda-feira 18 pelo jornal Valor Econômico. “[Precisamos] que o demônio volte para o inferno. Para isso, é preciso que haja mais exorcistas em ação”.

Em sua leitura, o presidente ainda pode ser ameaçado na disputa por um candidato da chamada Terceira Via. O ex-governad0r diz haver “uma margem de imprevisibilidade que joga contra Bolsonaro”.

“Qualquer coisa que se consolide fora do bolsonarismo atrapalha o crescimento dele”, avalia. “A terceira via só cresce disputando pelo campo da direita. O que drenou a energia vital do pensamento de centro-direita no Brasil não foi o Lula, não foi a esquerda, foi a extrema direita, foi o bolsonarismo”. De acordo com o ex-governador, a terceira só sobreviverá se combater o bolsonarismo. “Eu espero que eles tenham êxito.

Na conversa, Dino ainda disse que a disputa deste ano não terá o antipetismo como questão central, como ocorreu na eleição de 2018.

“O povo sabe que uma reeleição é um plebiscito, se o presidente deve continuar ou não. A chave predominante agora, quem está em julgamento, é o Bolsonaro”, afirma. “A pergunta que vai decidir a eleição é: Bolsonaro merece mais quatro anos ou não? Pode botar todo o dinheiro do orçamento secreto, ele vai perder a eleição. Agora vai ser um baile? Vai ser massacre? Acho que não, tem muita disputa.”

O ex-governador ainda elogiou a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa do ex-presidente Lula (PT).

“Como você contrasta o extremismo? Com amplitude, e aí tem que ter uma permeabilidade em relação à sociedade, inclusive programática. Não basta você juntar pessoas, siglas. É preciso que você tenha modulação programática”, defendeu. Da Carta Capital

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