Barreirinhas vence o 1º Concurso de Farinha D’água do MA
Na Lagoa da Jansen, no palco cultural do terceiro e e último dia da primeira Feira de Agricultura Familiar do Maranhão (Femaf), o Governo do Maranhão promoveu o 1º Concurso de Farinha D’água do Maranhão, que contou com júri popular e júri técnico composto por especialistas nas áreas de agricultura, gastronomia, e cultura do Maranhão. Entre os 84 inscritos de 42 municípios maranhenses, foi eleita a farinha d’água de Barreirinhas, no sábado (09).
Na lista dos jurados técnicos, estiveram o engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Cocais, José de Ribamar Costa Veloso; e os também engenheiros agrônomos e pesquisadores da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Dorival Silva Araújo e José Carlos Durans Pinheiro. No segmento da Gastronomia, a chefe de Cozinha Ancestral Leila Ione Oliveira da Silva, e o docente de Gastronomia do Ifma, professor Wadih Aboud Neto. Representando a cultura maranhense, estiveram a cantora Rosa Reis e o radialista e turismólogo Ademar Danilo.
“Cumpriu o seu papel estratégico de promover a visibilização para esse segmento da economia que é fundamental para o desenvolvimento do estado, com seus produtores, sua simplicidade, humildade e engajamento, além de uma força incrível de transformar. Eu tenho certeza que espaços como estes modificam a vida de cada um deles e, certamente, impactam a vida de toda a comunidade em São Luís”, pontuou Bira.
A grande vencedora do 1º Concurso de Farinha D’água do Maranhão (2023), Terezinha de Jesus, que é lavradora de Barreirinhas, justifica a sua vitória como resultado do curso de mandiocultura, além de muito amor, exigência e cuidado no preparo.
“Eu participei do curso de mandiocultura que me ensinou muito, e eu o carrego na minha bolsa. Para mim, o maior avanço aconteceu depois desse curso. E também tem a questão do amor, porque só existe um bom produto, se tiver o amor e o cuidado daquele que está preparando. Então, foi uma questão de cuidado e exigência, fui muito exigente pra poder chegar a esse ponto, a esse resultado alcançado hoje”, disse a produtora.
Entre as organizadoras da competição, a superintende de Organização Produtiva da SAF, Ladyane Pinheiro, detalha que a competição foi planejada para demonstrar a diversidade alimentar com base na raiz de mandioca, certificando a paixão unânime dos maranhenses por esse alimento-base e ancestral.
“A importância vem desde a raiz de mandioca no campo e a produção da farinha, que é o trabalho do produtor e da agricultura familiar. Há outra relevância, também, por ser um dos alimentos principais na mesa de todo maranhense. A gente trouxe o concurso como um modo de dar destaque a esse que é um alimento-base e ancestral do próprio Brasil, da região Amazônica. A farinha é uma unanimidade, é uma paixão maranhense, diferentemente dos outros estados, que consomem, mas não têm uma variedade tão grande quanto a nossa”, finalizou a superintende da SAF.
Informações: Jorge Aragão
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