sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nos próximos dias o novo governo interino anunciará os rombos das contas públicas deixada pela presidente afastada





170 bilhões deve ser o rombo nas contas públicas. Afirma a equipe econômica do governo Interino

G1


O governo anunciou nesta sexta-feira (20) que as contas da União devem ter um rombo de R$ 170 bilhões em 2016. Essa previsão recorde vai ser enviada ao Congresso na semana que vem.
Para calcular a nova meta fiscal, o governo previu que vai gastar mais e arrecadar menos que o estimado anteriormente. O déficit previsto agora é de R$ 170,5 bilhões. A meta anterior era de superávit de R$ 24 bilhões. O governo considera que a receita estava superestimada pela gestão Dilma e vai cair R$ 142 bilhões. A nova meta inclui a renegociação da dívida dos estados. Mas não leva em conta o dinheiro para cobrir o rombo da Eletrobras, que o mercado calcula entre R$ 9 bilhões a R$ 40 bilhões.
O governo reduziu de R$ 44,6 bilhões para R$ 23,4 bilhões o corte de gastos previsto para 2016. A justificativa é que é necessário para fazer o governo funcionar.
Durante a entrevista, o ministro da Fazenda foi cobrado sobre esse aumento de despesas. Teve que responder se o governo não passava para o mercado uma imagem de falta de austeridade ao aumentar a previsão de gastos. Respondeu que ainda serão feitos cortes, mas não indicou quais.
“É um orçamento realista porque o orçamento austero não significa um orçamento irrealista que não é cumprido. Um orçamento austero significa um orçamento de fato que corte despesas que são desnecessárias ou que não sejam eficazes. Esta é a primeira questão. Segundo: como eu mencionei existem medidas a serem tomadas, de curto, médio e longo prazo, que não estão contempladas neste orçamento porque são medidas futuras, sejam propostas a serem feitas ao Congresso Nacional, sejam decisões futuras que deverão, se aprovadas, aí sim incorporadas nesse e nos próximos orçamentos”, disse Henrique Meirelles.
O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse que o déficit de R$ 170 bilhões é o teto. Ele afirmou que esse número pode cair com medidas que dependem da aprovação do Congresso que podem aumentar a arrecadação.
“Nós estamos definindo um déficit, mas ações virão que apontarão à sociedade que a visão deste governo é diferente da do outro governo exatamente porque nós não estamos escamoteando a realidade e nos negando a ver a verdade”, disse.
O projeto de lei com a nova meta fiscal vai ser levado pessoalmente pelo presidente em exercício Michel Temer ao Congresso na segunda-feira (23). Há um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para que o projeto seja votado no dia seguinte, na terça-feira (24), no plenário do Congresso.

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