Dino defende Brandão e lamenta falta de consenso para sucessão em 2022
Em entrevista, governador destacou que vice é seu sucessor natural ao Palácio dos Leões
O governador Flávio Dino (PCdoB) defendeu o direito de seu vice, Carlos Brandão (PRB), ser seu sucessor no Palácio dos Leões, nas eleições de 2022. Ao mesmo tempo, lamentou a falta de consenso em seu grupo para o pleito.
Segundo o comunista, Brandão é “pré-candidato natural em 2022”, e “infelizmente”, “há outras alternativas”.
As declarações foram dadas em entrevista ao Jornal Pequeno, divulgada nesta terça 7, ao ser questionado sobre os nomes já cogitados para a disputa.
“Há um debate, que vai acontecer na hora própria, no que diz respeito à futura eleição majoritária. O que estou dizendo é que, é claro, Brandão é uma espécie de pré-candidato natural, até porque existe o cenário de eu sair do governo e ele, naturalmente, assumir”, declarou.
Até o momento, além de Carlos Brandão, do grupo dinista, também pleita o comando do Executivo o senador Weverton Rocha (PDT).
Sobre essa questão, sem citar nomes e tentando amenizar a situação, Dino mostrou incômodo com a possibilidade de disputa no próprio grupo, mesmo diante da defesa em prol de Brandão.
“Agora há também, infelizmente, outras alternativas. A gente não pode fechar esse debate agora”, disse.
Em possível lembrança a crise criada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB) em 2018, que aceitou o afastamento do afilhado político após diversos atos públicos de menosprezo, Flávio Dino criticou a antecipação do debate sobre 2022.
“Se a gente precipita, a gente acaba jogando fora um processo rico de diálogo, de entendimento, e acaba se enfraquecendo. Por isso que as coisas tem que ter um tempo. É igual fruta no pé. Eu digo muito aqui para minha equipe. Fruta no pé se a gente colhe muito cedo, ela está verde. Se a gente deixa ela muito tempo no pé, vem um passarinho bica, a fruta pode apodrecer. Processo político é assim também: a gente precisa saber a hora da colheita. E não é agora o tempo. Os frutos ainda estão muito verdes: os frutos de 2022. Agora vamos amadurecer são os frutos de 2020. Esta é a agonia da hora”, completou.
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