sábado, 29 de fevereiro de 2020

Veja as alterações nas regras eleitorais nessas eleições 2020


Confira as principais alterações legislativas nas regras eleitorais que valerão para o pleito de 2020


Leis nº 13.877 e nº 13.878 foram sancionadas pelo Poder Executivo
Lei dos Partidos Políticos sofre alterações
Já estão em vigor a Lei nº 13.877/2019 e a Lei nº 13.878/2019, que alteram regras eleitorais e de funcionamento dos partidos políticos. As mudanças devem valer para as Eleições Municipais de 2020, uma vez que as leis foram sancionadas pelo Poder Executivo e publicadas até um ano antes do próximo pleito, que será no dia 4 de outubro deste ano, respeitando o princípio da anualidade eleitoral, fixado pelo artigo 16 da Constituição Federal.
A Lei nº 13.887 foi sancionada no dia 3 de outubro de 2019. Já a sanção da Lei nº 13.877 ocorreu no dia 27 de setembro de 2019. Esta última contou com vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro, a alguns trechos do texto. Tais vetos foram analisados pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta, no dia 27 de novembro do ano passado. Os parlamentares mantiveram um veto e derrubaram sete. A promulgação dos vetos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de dezembro de 2019.
Confira as principais alterações na legislação eleitoral para o próximo pleito:
Limite de gastos
A Lei nº 13.878 estabeleceu os limites de gastos de campanha para as eleições municipais. O valor máximo para prefeito será equivalente ao limite para os respectivos cargos nas eleições de 2016 atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou por índice que o substituir. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito – onde houver –, o limite de gastos de cada candidato será de 40% do limite previsto na lei.
Autofinanciamento
O texto da Lei nº 13.878 também introduziu um limite para os investimentos que os candidatos podem fazer em suas próprias campanhas. O autofinanciamento poderá ser realizado até o total de 10% dos limites previstos para gastos de campanha no cargo concorrido.
Pagamentos de honorários
Está previsto na Lei nº 13.877 que o pagamento de honorários advocatícios e de contabilidade no curso das campanhas poderá ser realizado também com recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral.
De acordo com o texto, as legendas poderão contratar, com as verbas do Fundo Partidário, serviços de consultoria contábil e advocatícia, para atuação jurisdicional em ações de controle de constitucionalidade e em demais processos judiciais e administrativos de interesse partidário, bem como nos litígios que envolvam candidatos do partido, eleitos ou não, desde que relacionados exclusivamente ao processo eleitoral.
Além disso, a lei exclui dos limites de gastos de candidatos e partidos as despesas advocatícias e de contabilidade em campanhas eleitorais que possam ser individualizadas. Também exclui esses dispêndios de limites que possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
Doações para partidos políticos
Ainda segundo a Lei nº 13.877, os partidos políticos poderão receber doações pelo seu site na internet, por meio de plataformas que permitam o uso de cartão de crédito, de cartão de débito, de emissão on-line de boleto bancário ou, ainda, de convênios de débitos em conta.
Bens
Com base na Lei nº 13.877, as legendas também poderão usar os recursos do Fundo Partidário para compra ou locação de bens móveis e imóveis, assim como para a edificação ou construção de sedes e afins. Também os recursos poderão ser utilizados para a realização de reformas e outras adaptações nesses bens.
Impulsionamento
Com relação à atividade eleitoral, a Lei nº 13.877 permite ainda que as agremiações contratem, com o dinheiro do Fundo Partidário, o impulsionamento de conteúdos diretamente com provedor de aplicação de internet com sede e foro no Brasil.
Essa regra inclui a priorização paga de conteúdos de busca, mediante o pagamento por meio de boleto bancário, de depósito identificado ou de transferência eletrônica diretamente para a conta do provedor, que deve manter conta bancária específica para receber recursos dessa natureza. Esse tipo de transação é proibido nos 180 dias anteriores à eleição.
Registro de partido
A Lei nº 13.877 também permite que o requerimento de registro de partido político seja dirigido ao Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas localizado na sede da agremiação, e não mais no Registro Civil das Pessoas Jurídicas em Brasília.
Relatórios técnicos
Um dispositivo acrescentado ao artigo 34 da Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) proíbe que as áreas técnicas dos Tribunais Eleitorais emitam, em seus relatórios sobre prestação de contas, opinião sobre as sanções que deveriam ser aplicadas às legendas, cabendo apenas aos magistrados pronunciarem juízo de valor nos casos.
Outro trecho do documento estabelece que o partido está obrigado a enviar à Justiça Eleitoral, até o dia 30 de junho do ano seguinte, o balanço contábil do exercício concluído. Antes, a data-limite era o dia 30 de abril.
Fundo Eleitoral
Com relação à distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral entre os partidos políticos, para o primeiro turno das eleições, o texto da Lei nº 13.877 acrescenta parágrafos vinculados aos incisos III e IV do artigo 16-D da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições). Os incisos dispõem, respectivamente, que: 48% das verbas do Fundo Eleitoral deverão ser divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares; e 15% deverão ser repartidos entre as legendas, na proporção do número de representantes no Senado Federal, consideradas as agremiações dos titulares.
Para fins do disposto no inciso III, a distribuição dos recursos entre as legendas terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados na última eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que migraram em razão de o partido pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no parágrafo 3º do artigo 17 da Constituição Federal.
Já em relação ao inciso IV, a distribuição dos recursos entre os partidos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal na última eleição geral, bem como os senadores filiados à legenda que, na data da última eleição geral, se encontravam no primeiro quadriênio de seus mandatos.
Pela lei, os partidos que não quiserem receber recursos do Fundo Eleitoral poderão comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) essa renúncia até o primeiro dia útil de junho do ano eleitoral. O texto proíbe a redistribuição da verba objeto da renúncia aos demais partidos.
RC, EM/LC, DM
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Atriz Regina Duarte encerra 50 anos de contrato com a Globo




Globo e Regina Duarte encerram contrato de mais de 50 anos




A decisão foi anunciada um mês depois de a atriz ter aceitado o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial de Cultura.

A atriz Regina Duarte e a Globo encerraram a relação contratual em comum acordo depois de mais de 50 anos de vínculo da artista com a emissora, informou sexta-feira (28) a Central Globo de Comunicação (CGCom).

A decisão foi anunciada um mês depois de a atriz ter aceitado o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial de Cultura.

“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre”, afirmou Regina em nota divulgada pela CGCom.

A Secretaria Especial da Cultura herdou as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro ao assumir a Presidência, e hoje faz parte do Ministério do Turismo.

Em 19 de fevereiro, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse que Regina Duarte deve assumir o cargo em um prazo entre dez e 15 dias após o Carnaval

2º caso de Coronavírus é confirmadp no Brasil

Ministério da Saúde confirma 2° caso de coronavírus no Brasil, também em SP

Foto Reprodução
O Ministério da Saúde confirmou hoje o segundo caso de covid-19 no Brasil. O paciente infectado também vive em São Paulo.
O homem esteve na Itália, onde possivelmente aconteceu a contaminação. Segundo o Ministério, não há evidências de circulação do vírus em território nacional.
De acordo com a rádio BandNews FM, o paciente chegou de Milão na última quinta-feira e foi para o trabalho no mesmo dia em que chegou de viagem. O homem está em isolamento domiciliar com sua esposa, que também esteve na Itália, mas não apresenta os sintomas.
As informações da BandNews FM ainda não foram confirmadas pelo Ministério da Saúde que prometeu uma nota com maiores esclarecimentos para a noite de hoje.
Fonte: UOL

Queda de Braço Bolsonaro e Deputados em Brasília R$ 30 Bilhões Orçamento Impositivo

Veto de Bolsonaro para retomar controle de R$ 30 bi pode ser votado na terça

(Foto: Dida Sampaio/Estadão)
Senadores e deputados podem votar na próxima terça-feira (3) o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro (VET 52/2019) a um projeto de lei aprovado pelo Congresso que inclui o chamado orçamento impositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A sessão está marcada para as 14h.
Em dezembro, Bolsonaro sancionou a Lei 13.957, de 2019, com mudanças na LDO. Mas o presidente barrou o dispositivo que dava prazo de 90 dias para o Poder Executivo executar as emendas ao Orçamento sugeridas pelos parlamentares. Com o veto, o Palácio do Planalto recupera a prerrogativa de decidir o destino de R$ 30 bilhões em 2020.
Em fevereiro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou um acordo para resolver o impasse sobre o orçamento impositivo. Segundo ele, a solução seria derrubar o veto ao caput do artigo barrado pelo Poder Executivo. Com isso, a execução das emendas parlamentares respeitaria as indicações e a ordem de prioridades estabelecidas pelos parlamentares — da forma como foi definido no projeto do Congresso. Em contrapartida, senadores e deputados manteriam o veto aos parágrafos daquele mesmo artigo. Isso tonaria sem efeito o prazo de 90 dias para o empenho das emendas.
Mas, nesta semana, senadores do Podemos divulgaram vídeos em redes sociais para defender a manutenção do veto de Jair Bolsonaro. O líder do partido, senador Alvaro Dias (PR), classificou como “rachadão” o dispositivo que obrigaria a execução de R$ 30 bilhões em emendas parlamentares.
— É um dispositivo inusitado. Queremos que os recursos públicos sejam distribuídos corretamente, levando em conta as prioridades do povo brasileiro. Esse modelo permite desvios. Não podemos abrir portas para a corrupção e temos que cuidar da correta aplicação do dinheiro público. Vamos trabalhar para manter o veto do presidente da República. Não aceitamos acordo de tipo nenhum — disse.
Para o vice-líder do Podemos, senador Eduardo Girão (CE), não é papel dos parlamentares gerenciar verbas públicas. Segundo ele, essa é uma prerrogativa do Poder Executivo. Girão destacou ainda o risco de que dinheiro do Orçamento seja desviado para financiar campanhas municipais em outubro deste ano.
— Esses R$ 30 bilhões vão ser distribuídos para parlamentares em ano eleitoral. O que vai ser feito desse dinheiro? O Brasil tem um déficit primário gigantesco. Para pagar os salários dos servidores públicos, a Previdência e os gastos obrigatórios, já temos um déficit de R$ 40 bilhões. E querem pegar R$ 30 bilhões, que é um dinheiro emprestado, para parlamentares distribuírem em emendas pelos municípios do Brasil — alertou.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Túnel do Tempo. Navio e Carcaça Aline Ramos -1981 a 2020 - Tutóia e sua história

Tutóia, 82 anos

Você sabia que o Navio Aline Ramos já teve outros dois primeiros Nomes em sua História? 

A embarcação foi lançada em 16 de agosto de 1963, sendo batizada como BARÃO DO AMAZONAS. Em dezembro desse mesmo ano foi concluída a sua construção. Em 1972 foi vendido para a Navegação Antônio Ramos S.A., Itajaí, SC, sendo renomeado como JACY RAMOS. Em 1978 foi renomeado como ALINE RAMOS. Em 16 de novembro de 1981 encalhou na praia ao Sul da Barra de Tutóia, MA.
Os que nasceram depois dos anos 80 estão longe de imaginar que aquela carcaça de navio encalhado na praia da barra em frente à Pousada Embarcação já foi atração turística que atraiu milhares de olhares curiosos para ver o exuberante cargueiro de bandeira brasileira batizado com o nome de Aline Ramos que encalhou na ponta da Ilha do Caju nas proximidades da entrada da barra do Carrapato exatamente no dia 16 de novembro de 1981 por volta das 19 horas e 40 minutos, conforme descrito no Processo nº 11.069 do Tribunal Marítimo e publicado no Anuário de Jurisprudência do mesmo tribunal .
Consta que o navio ficou encalhado na seguinte posição: Latitude: dois graus, quarenta e um minutos e três segundos ao Sul do Equador (02°41’03”S) e Longitude: quarenta e dois graus, doze minutos e trinta e seis segundos a Oeste do Meridiano de Greenwich (42°12’36”W) conforme citado nas folhas 66 do mesmo processo.
A tripulação do navio, incluindo o comandante e o imediato, era composta por 17 pessoas assim distribuídas: 02 (dois) condutores motoristas, 02 (dois) moços de convés, 02 (dois) marinheiros de convés,01 (um) taifeiro, 01 moço-de-máquina, o radiotelegrafista, o eletricista, o chefe de máquinas, o segundo maquinista, 01 (um) mestre de pequena cabotagem, 01 (um) carvoeiro, o imediato, 01 (um) segundo piloto e o comandante, capitão-de-cabotagem.
Mas como o exuberante mercante brasileiro foi parar na praia da barra para se transformar num amontoado de ferro velho, numa carcaça corroída pelo sal e deteriorada pela ação do tempo? E por que o navio encalhou antes de chegar ao seu destino, o porto da Ilha do Igoronhon?
Nos autos do processo já citado no caput deste artigo, consta que o comandante da embarcação, capitão-de-cabotagem Ruy Edi Ribeiro Gomes era homem do mar com muita experiência e conhecia muito bem o canal, pois por diversas vezes já havia entrado no Porto de Tutóia.
Outro fato intrigante com relação ao Aline Ramos é que a embarcação dispunha de uma velocidade entre 09 a 10 nós, o que representa em média de 18 quilômetros por hora. No processo que foi aberto contra o comandante da embarcação e o seu imediato para apurar as causas do acidente, consta, também, que as condições de navegabilidade no momento eram boas, embora a noite estivesse escura.
No depoimento do imediato do Aline Ramos, sr. Nelson Ferreira Tenório, ele afirma que no momento do encalhe a embarcação estava navegando apenas com a agulha magnética e de sonda porque o radar “pifou poucos minutos antes do través de Canárias” (SIC) e que apenas estes dois equipamentos não ofereciam condições adequadas para a navegabilidade com segurança, enquanto que a defesa do comandante insiste em afirmar que o que causou o encalhe foram a correnteza e os fortes ventos NE (ventos que sopram do Nordeste).
Por: Elmar Carvalho.
Fontes do Site: Navios e Portos.

Maranhão monitora dois casos suspeitos de Coronavírus

Coronavírus: Governo do Maranhão monitora dois casos suspeitos no Estado

Foto Reprodução
O Governo do Maranhão monitora dois casos suspeitos de coronavírus no estado. Os pacientes receberam os primeiros atendimentos e já coletaram amostras que serão examinadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (LACEN-MA) e posteriormente encaminhados para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Pará. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) já está adotando as medidas previstas no Plano de Contingência para o COVID-19 no Maranhão, elaborado em conformidade com o Plano de Contingência Nacional e Gestão de Riscos.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, explica que o Governo do Maranhão está preparado e com protocolos de atendimentos definidos para lidar com os casos suspeitos da doença. “O plano de contingência foi elaborado para responder às necessidades locais para minimizar o avanço da doença, caso haja introdução do vírus no estado. As ações definidas pelo plano orientam os serviços de saúde da rede estadual, que está preparada para o atendimento e em conformidade com as diretrizes nacionais propostas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde”, destaca o secretário.
Os resultados iniciais das amostras coletas pelo Lacen saem em até uma semana. Um dos casos foi identificado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vinhais. A paciente, vinda da Itália, apresentou comprometimento respiratório com sintomas como febre alta, tosse e cansaço progressivo. A paciente encontra-se em isolamento na UPA e, por conta da necessidade de internação devido ao quadro clínico, aguarda transferência para o Hospital Dr. Carlos Macieira, uma das unidades de saúde de referência para o atendimento a casos suspeitos no Maranhão.
Classificado como leve, até o momento, o outro caso foi identificado na UPA do Itaqui-Bacanga, em jovem que relatou ter passado por países como China, França e Japão, onde foram identificados casos da doença. A paciente chegou em São Luís há quatro dias e apresenta sintomas como dispneia e tosse seca. Por não apresentar quadro clínico com necessidade de internação, a paciente permanecerá em isolamento na unidade de pronto atendimento.
Colocando em ação o protocolo para atendimento aos casos suspeitos, os casos já foram notificados como suspeitos ao Ministério da Saúde; e a equipe de Vigilância Epidemiológica do Município já foi acionada para realizar o levantamento e monitoramento das pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos, a fim de orientá-las e acompanhar a manifestação de possíveis sintomas. As equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES também estão acompanhando de perto os casos.
Estamos tomando todas as providências a fim de evitar a transmissão do vírus para outras pessoas, bem como acompanhando a evolução dos casos a fim de garantir o bem-estar das pacientes. Apesar de não termos a confirmação, já estamos trabalhando para conter uma possível transmissão, reduzindo, assim, os riscos”, explica a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Costa.
Cenário nacional
Atualmente, o Ministério da Saúde monitora 182 casos suspeitos de coronavírus no Brasil. Os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde até esta sexta-feira (28). Até o momento, 71 casos suspeitos de coronavírus já foram descartados em todo o Brasil, que permanece apenas com o de um caso confirmado da doença no estado de São Paulo.
Os critérios para a definição de caso suspeito enquadram agora, as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.
Cuidados
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Perda com navio encalhado da Vale pode chegar a R$ 1 bilhão

Maranhão

O navio sofreu uma avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, na capital do Maranhão

As perdas com o acidente envolvendo um navio contratado pela Vale que teve de ser encalhado no litoral do Maranhão podem chegar a R$ 1 bilhão. De acordo com uma fonte do setor, que pediu para não ser identificada, o valor não inclui os prejuízos financeiros com um possível desastre ambiental.

A embarcação, operada pela empresa sul-coreana Polaris, estava carregada com 294.871 toneladas de minério de ferro, 3,5 mil toneladas de óleo residual e 140 toneladas de destilado. O navio sofreu uma avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, na capital do Maranhão.

O problema ocorreu fora do canal de acesso ao porto, a 100 quilômetros da costa. Segundo fontes, a embarcação corre o risco de afundar.

Desde quarta-feira, a Marinha já detectou a presença de manchas de óleo no mar. Quatro rebocadores se deslocaram em direção ao navio para coletar mais informações, disse a Marinha, que instaurou inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente.

“Se não houver um acidente ou catástrofe ambiental, o custo é de mais de R$ 1 bilhão. Tudo vai depender dos fatores que serão trabalhados. O mais caro é o que se refere à salvatagem da embarcação. O custo de um rebocador é um valor numa operação normal. Em uma salvatagem é outro, pois eles ficam dias e mais dias ali, podem trabalhar sobre esforços extremos etc”, disse essa fonte.

Segundo essa fonte, a maior parte da despesa está atrelada ao custo para o reboque da embarcação. O valor relativo ao minério é a menor parte das despesas, apesar de a tonelada do minério ter um valor de US$ 90.

A embarcação, operada pela empresa sul-coreana Polaris, tinha como destino Quingdao, na China, principal comprador da commodity da Vale. Para problemas como o ocorrido, é feito um seguro específico, como o chamado P&I (Protection and indemnity insurance).

“Um dos problemas que estão sendo investigados é que o uso do prático em parte do porto é facultativo. Isso deve ser reavaliado”, afirmou uma outra fonte.

Com isso, está sendo investigado se uma falha humana teria sido a causa principal para a avaria na proa da embarcação. Mas falha no equipamento ainda não foi descartada, disse essa outa fonte.

Vale pede ajuda a Petrobras

A Vale está montando uma força-tarefa para evitar danos ambientais na costa do Maranhão. A companhia solicitou à Petrobras ajuda para conter os danos de um eventual vazamento de óleo no mar. A mineradora solicitou embarcações  de contenção chamados no mercado de Oil Spill Recovery Vessel (OSRV).

A companhia ainda está pedindo boias oceânicas “que podem servir preventivamente como barreiras de contenção adequadas para mar aberto”. A Vale ainda está disponibilizando helicópteros para a movimentação de pessoal até o local.

Dano ambiental é de dona do minério, diz advogado

O Greenpeace disse que é preciso mais transparência. Até agora, a Ong destacou em nota que não se sabe o que vazou e sua quantidade. “Precisamos de transparência, pois um possível  vazamento de combustível fóssil da embarcação, seria uma ameaça à biodiversidade marinha.

É necessário um posicionamento ágil da Companhia, bem como dos responsáveis pela proteção legal do meio ambiente assumindo sua responsabilidade com a segurança do local e deixando claro quais medidas estão sendo tomadas para conter e mitigar os danos ambientais”, destacou em nota.

O advogado Rafael Daudt, da área de Direito Ambiental, lembrou que, mesmo que o navio não seja de propriedade da Vale, a mineradora é a contratante e dona da mercadoria no interior da embarcação.

Municípios passará receber verbas da saúde de acordo com seu desempenho

Ministério da Saúde passará a destinar verbas a municípios com base em desempenho


governo federal anunciou no dia 12/02, que vai aumentar o repasse de verbas de saúde para municípios que tiverem melhores indicadores no setor. Entre os quesitos, está o aumento do número de cidadãos cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o ministério, o orçamento para a chamada atenção primária passará de R$ 18,3 bilhões neste ano para R$ 20,4 bilhões em 2020 – um aumento de 11,4%. As regras para repassar esses R$ 2 bilhões adicionais serão baseadas em desempenho.
Os R$ 2 bilhões para esse bônus de produtividade em 2020 virão, segundo o governo, de economias feitas no próprio Ministério da Saúde, em áreas como propaganda e contratos de terceirização.
Atualmente, o dinheiro do governo federal que vai para cada prefeitura depende do número de habitantes daquela cidade, e dos serviços ofertados (se há centro cirúrgico ou tratamento de câncer, por exemplo). Pelo novo modelo, o número de pessoas efetivamente acompanhadas pelos serviços de saúde também vai entrar no cálculo.
A adesão a programas específicos, como o de saúde bucal, também será levada em consideração. De acordo com o Ministério da Saúde, esses critérios serão um “estímulo” para que os municípios cadastrem 50 milhões de brasileiros que, hoje, estão fora dos sistemas.
“Essa maneira [anterior] de repassar o recurso era muito justificada pela chamada universalidade. E realmente, não se pode perder de vista a universalidade. Mas ela criou, presidente, um mundo dos esquecidos”, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Segundo o ministro, se cada uma das 44 mil equipes do Programa Saúde da Família atendesse 3 mil habitantes, seria possível atingir 140 milhões de beneficiados. Hoje, diz Mandetta, a ação atende 90 milhões de pessoas.
“Onde estão as pessoas? Nós fomos cruzar os cadastros e nós encontramos o cadastro do Bolsa Família, do BPC, do INSS, dos menores benefícios. São mais de 40 milhões esquecidas, quase metade delas as pessoas mais frágeis, que mais necessitam do cuidado do Saúde da Família.”
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, dessas quase 50 milhões de pessoas não atendidas pelo SUS, 30 milhões estão em outros cadastros do governo federal, como o que norteia o pagamento do Bolsa Família (CadÚnico).
As regras constam em uma portaria a ser publicada pelo Ministério da Saúde e devem começar a valer em 2020. Até a publicação desta reportagem, o texto da portaria ainda não tinha sido divulgado.
Segundo o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, os municípios terão 12 meses para se adequar.
O prazo para esse mutirão de credenciamento de usuários do SUS vai até abril, e os primeiros resultados devem ser divulgados em setembro de 2020. Daí em diante, a avaliação do desempenho dos municípios será realizada a cada quatro meses.
Com as mudanças, o governo também espera um ganho na execução do orçamento da atenção básica – que muitas vezes é devolvido porque a prefeitura não consegue usar o recurso.

Série de indicadores

Quando a implementação for concluída, o Ministério da Saúde espera avaliar as equipes do Saúde da Família a partir de 21 critérios.
Em 2020, serão considerados sete aspectos ligados à saúde das mulheres, das crianças, das gestantes e dos portadores de doenças crônicas. Outros sete começam a ser analisados em 2021, e os sete últimos, em 2022.
De acordo com o governo, a taxa de vacinação e o número médio de consultas pré-natal por grávida, por exemplo, entrarão no cálculo do repasse. O município que apresentar os melhores resultados receberá a maior bonificação.
Também devem entrar na fórmula iniciativas como o programa de saúde bucal, a informatização dos sistemas, as atividades de formação e residência média e as equipes de atendimento à população ribeirinha.
O governo diz esperar que a atenção básica seja fortalecida nos municípios, desafogando os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais.
A ideia é controlar condições como o diabetes e a hipertensão e, com isso, reduzir os altos índices de amputação e infarto motivados por essas doenças, respectivamente.
“Sabemos que ainda precisamos muito mais, porque o vácuo no financiamento da saúde pública do Brasil é grande. Mas essa medida vem muito bem para atender aos 5 mil municípios de maneira uniforme, e incluir esses brasileiros que ainda não tinham sido incluídos no sistema único”, afirma o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Alívio. 132 suspeitos de Coronavírus somente um confirmado no Brasil

Brasil contabiliza 132 casos suspeitos de coronavírus; apenas um confirmado

Foto Reprodução
Após cerca de 24 horas da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o número de pessoas oficialmente tratadas como suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Na última sexta-feira (21), era apenas um caso.
O Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até a tarde de hoje (27), mas não analisou todos. “Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.
Segundo o secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do número de países com fluxo migratório intenso com o Brasil, e que têm pessoas com o vírus. Um exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O homem de 61 anos não esteve na China, que concentra a maioria dos casos no mundo, e sim na Itália. Após a confirmação desse caso, pessoas com histórico de viagem à Itália, à França e à Alemanha e que apresentem febre somada a um sintoma respiratório também são tratadas como suspeitas de ter o coronavírus.
Critérios
O ministério tem usado como critérios de determinação de casos suspeitos: ter viajado para um dos 16 países da Ásia, Europa e Oriente Médio com casos da doença; não ter viajado, mas ter tido contato com esses viajantes ou ter tido contato com o caso confirmado no Brasil. Em todas as hipóteses, a pessoa é considerada como um caso suspeito se apresentar febre somada a um sintoma respiratório.
Os 16 países considerados na definição de casos suspeitos são: Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos.
O secretário-executivo do ministério reforçou ainda a importância das medidas de prevenção para reduzir os riscos de contaminação da doença. A lavagem constante das mãos e evitar levá-las ao rosto e, principalmente, à boca; o uso de álcool em gel para esterilização das mãos e o não compartilhamento de utensílios de uso pessoal, como talheres, copos e travesseiros, entre outros.
Bolsonaro
Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pode ser que ele cancele a viagem que faria à Itália devido ao surto de coronavírus no país europeu.
“Infelizmente, é mais uma realidade ruim que vai ter que ser enfrentada. Já estamos enfrentando, fazendo o possível”, disse o presidente.