Dois pesos e duas medidas
O ano era 2015 e nas redes sociais os deputados e senadores que formavam o Congresso Nacional na época eram classificados de “golpistas”. Várias manifestações foram convocadas para protestar contra as decisões dos parlamentares. Nesse processo todo, o Supremo Tribunal Federal (STF) era alvo também das manifestações.
As redes sociais eram o palco para todo o debate, que durou antes, durante e depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff e também no momento da decisão sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
E em todo esse cenário de crise, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), atuou a favor de Dilma e Lula. Ele não teve a preocupação de colocar a população contra o Congresso Nacional ou de, por numerosas, vezes contestar e desrespeitar a Justiça, afirmando que atos contra a Constituição foram cometidos por ministros, desembargadores, deputados e senadores.
Mas este Flávio Dino de 2015 é bem diferente do atual. Agora, o governador maranhense critica as críticas feitas ao Congresso. Critica quem faz e ainda acusa de crime o presidente da República, Jair Bolsonaro, por divulgação de vídeos convocando manifestação popular contra senadores e deputados.
Polêmica à parte, por mais um ato pouco pensado do presidente, o que fica claro é que com o governador maranhense – que tem o projeto pessoal e político de disputar o Palácio do Planalto – as avaliações sempre terão dois pesos e duas medidas.
…Duas medidas – Flávio Dino não agiu somente nas redes sociais contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
O comunista usou o ex-deputado federal Waldir Maranhão – à época vice-presidente da Câmara dos Deputados – para assinar um ato que anulava a sessão que permitiu o processo de impedimento da presidente petista.
Na prisão do ex-presidente Lula, por mais de uma vez, o governador maranhense fez acusações contra o então juiz Sérgio Moro.
Estado Maior
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