Criado no Palácio dos Leões, Camarão se lança e ameaça planos de Brandão
O secretário estadual de Educação, Felipe Camarão (PT), é oficialmente pré-candidato ao governo estadual para as eleições de 2022. O neopetista se lançou na noite de quinta (04), anunciando que o escolhido do grupo do governador Flávio Dino para a disputa será definido apenas no ano que vem e que deverá “ser ele próprio”. Discurso, provavelmente, alinhado nos porões do Palácio dos Leões pelo auxiliar comunista, jornalista Márcio Jerry, e com o aval do chefe maior.
O tom do discurso de Camarão evidenciou, a priori, uma ameaça clara aos planos do vice-governador Carlos Brandão, que vinha se mantendo como favorito para a escolha do governador .
No evento, muitos militantes do partido e servidores públicos do Estado presentes. Alguns veículos foram flagrafos com estampados ou adesivos que evidenciaram mensagem sutil de pré-campanha. Nos carros, foi possível avistar a imagem de um camarão – ligando ao sobrenome do neopetista – ao lado da bandeira do Maranhão.
No lançamento, o neopetista ressaltou que tem conversado com outros partidos que configuram na carta-compromisso firmada com o governador Flávio Dino, citando PCdoB e PSD. Segundo ele, a decisão do governador Flávio Dino sairá só no ano que vem.
“Acreditamos que o governador irá fazer essa escolha apenas no ano que vem. Acreditamos que cumprimos muitos dos requisitos estabelecidos na carta-compromisso. Acredito plenamente na escolha do candidato do PT, que, no caso, seremos nós”, enfatizou.
Camarão é estratégia de Dino
Por outro lado, Camarão também pode representar uma espécie de isca ou estratégia do governador apenas para segurar e manter o PT na base para apoiar uma possível chapa, encabeçada por Carlos Brandão.
O PT já ocupa nada mais, nada menos que seis secretarias de Estado – mesmo sendo uma parte dos titulares neopetistas de ocasião e filiados oportunamente – e o lançamento do nome de Camarão garante mais status ao partido na gestão Dino. O viés de que a intenção de tudo isso seja apenas para ser emplacado como vice de Brandão tem lógica, mas pode ser também um balde de agia fria nas pretensões do fiel escudeiro .
A estratégia Camarão é, sim, um risco para Brandão, pois ele pode ser preterido na definição do candidato dinista.
Mesmo que a articulação para a escolha de Brandão venha do Palácio dos Leões, tudo isso pode mudar de curso, já que o próprio Márcio Jerry articula, abertamente, o neopetista. Camarão é muito próximo de Dino e sempre se colocou como ‘coringa’ no governo, ocupando cargos estratégicos e ‘tapando buracos’ deixados por outros gestores.
Acorda, Brandão!
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