Datafolha: 37% dos eleitores de Ciro têm Lula como segunda opção, e 10%, Bolsonaro
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira aponta que 37% — quatro em dez — dos eleitores do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, têm Lula como segunda opção de voto. Apenas um em dez ou 10% afirmam que poderiam votar em Bolsonaro. Segundo o levantamento, o pedetista é o pré-candidato mais citado como segunda opção de voto (20%).
Segundo a pesquisa, 30% dos eleitores afirmam que ainda podem mudar o voto. Já outros 69% garantem estar decididos a votar no candidato que escolheram. O índice é parecido com o levantamento anterior, feito em março, quando 32% dos ouvidos admitiam uma mudança e 67%, não.
Entre os eleitores de Ciro, 37% estão totalmente decididos a votar no PDT. Já 63% afirmam que ainda podem mudar. Entre os que votam em Lula, 78% não cogitam outra opção de voto, índice de 75% para os eleitores de Bolsonaro. Como segunda opção, Lula tem 17% e Bolsonaro, 12%.
Trinta e um por cento dos eleitores de Lula citam Ciro como segunda opção. Migrariam para Bolsonaro 16% e outros 10% indicaram João Doria (PSDB), que desistiu da corrida eleitoral na última segunda-feira. Doria seria também a segunda opção de 14% dos eleitores de Ciro. Em pesquisa entes da desistência, o Datafolha registrou que o nome do tucano obteve 3% de intenção de voto.
Dos que declararam voto em Bolsonaro, 21% se dividem entre Ciro e 20% em Lula como segunda alternativa. Doze por cento escolhem Doria e 7%, o general Santos Cruz (Podemos). Entre os eleitores de Doria, agora sem candidatos, 29% optariam por Lula e 27% por Ciro. Para outros 12% a alternativa é Bolsonaro.
A maior parte dos eleitores de Simone Tebet (MDB), 37%, prefere Ciro em segundo lugar. Caso não votem na candidata emedebista, migram para Lula 20% e para Bolsonaro, 18%.
Na pesquisa de voto estimulada, os eleitores se dividem assim: 7% indicam voto nulo, em branco ou em nenhum pré-candidato. Outros 4% não sabem em quem votar. Entre os que votam nulo, em branco ou em nenhum candidato, 44% dizem que têm essas opções porque não consideram os pré-candidatos preparados para ocuparem a Presidência da República. Trinta e seis por cento indicam não se interessar por política ou eleições; 18% indicam ter um voto de protesto e 3% não sabem.
Os eleitores indecisos afirmam, numa maioria de 86%, que ainda se informam sobre os candidatos e acham cedo para definir seu voto. Já 8% afirmam que não há candidatos preparados e, por isso, não sabem em que votar. Outros 5% citam que não sabem o motivo de estarem indecisos.
De acordo com o Datafolha, no primeiro turno Lula lidera com 48% e Bolsonaro aparece em segundo, com 27%. Ciro tem 7%, seguido de Tebet e André Janones (Avante), cada um com 2%. No cenário espontâneo, 29% dizem que não sabem em quem votar. Trinta e oito por cento indicam Lula, 22% Bolsonaro, 2% Ciro e 1% Tebet.
Em votos válidos, Lula alcança 54% contra 30% de Bolsonaro — nesse cenário, Lula venceria no primeiro turno. Os petistas têm mirado em Ciro, com a estagnação da terceira via na intenção de votos, para pregar um voto útil no primeiro turno.
A maioria dos ouvidos pelo Datafolha, 66%, afirma ter escolhido seus candidatos por achá-los ideais. Já 33% dizem que a escolha foi feita por falta de opção.
Sessenta e seis por cento dos que declararam voto em Lula dizem que veem o petista como ideal. Já 33% o citam por não ter escolha melhor. Entre os eleitores de Bolsonaro, 59% o veem como ideal e 40% afirmam não ter outra opção. A maioria dos que escolhem Ciro ou Tebet afirma que é por falta de opção. No caso do pedetista, 25% o consideram ideal contra 73%. Vinte e dois por cento dos eleitores da emedebista a veem como ideal, contra 78%.
Janones é outro candidato visto como ideal por seu público: 57% o consideram dessa maneira. Já 43% o escolhem por falta de opção.
O levantamento do Datafolha ouviu 2.556 pessoas em 181 cidades do país nas últimas quarta e quinta-feira. A pesquisa contratada pela Folha de S. Paulo tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE com o número BR-05166/2022. (O Globo)
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