Governo troca de novo presidente da Petrobras
O governo anunciou na segunda-feira (23) que decidiu trocar o presidente da Petrobras, pouco mais de um mês após a posse do executivo José Mauro Coelho. Os dois anteriores, também demitidos, são Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna.
Para o lugar de José Mauro Ferreira Coelho, foi convidado Caio Mário Paes de Andrade —que atua como secretário especial do ministro Paulo Guedes (Economia), onde ocupava o cargo de secretário de Desburocratização.
Segundo a nota do ministério, Andrade é formado em comunicação social pela Universidade Paulista, pós-graduado em administração e gestão pela Harvard University e mestre em administração de empresas pela Duke University. A indicação precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, no qual o governo tem maioria por ser o acionista majoritário da empresa.
Coelho passou a sofrer fritura no governo pouco depois de sua chegada, após a empresa anunciar um reajuste no preço do diesel (no começo de maio). O aumento do valor médio do diesel foi de 8,87% nas refinarias.
Pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro cobrou de todos eles que os preços fossem contidos. Mas a Petrobras está submetida ao critério de paridade internacional, política adotada pelo governo Michel Temer em 2016 que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
O aumento dos preços irritou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que decidiu demitir o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Para seu lugar, foi escolhido Adolfo Sachsida —que também era secretário de Guedes.
Bolsonaro criticou neste mês tanto os reajustes da empresa como o lucro trimestral de R$ 44,5 bilhões da Petrobras, que chamou de “estupro”. “Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais o preço do combustível”, declarou o presidente, durante sua live semanal.