RIO - Conhecida por episódios de violência, a Copa Libertadores ganhou mais um grave problema com o caso de racismo envolvendo o volante Tinga durante a derrota do Cruzeiro para o Real Garcilaso, nesta quarta-feira, no Peru. O brasileiro entrou no segundo tempo da partida e a cada vez que tocava na bola, torcedores imitavam o som de macacos nas arquibancadas.
O episódio irritou o jogador, que disse nunca ter sofrido algo semelhante nem quando atuava na Europa, onde já foram registrados vários casos de racismo vindo das arquibancadas.
- Queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes - disse o volante. - Fico muito chateado. Joguei quatro anos na Alemanha e nunca passei por isso.
Agora acontece em um país parecido com o nosso, cheio de mistura - lamentou.
O racismo dos torcedores peruanos fez até o presidente do rival Atlético-MG se indignar com o caso.
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