Política no Maranhão
A neutralidade do governador eleito Flávio Dino no segundo turno na disputa presidencial é antes de tudo sinal de coerência e respeito a todos os aliados que contribuíram com a sua exuberante vitória nas urnas no último dia 5 de outubro.
Não poderia ser diferente, pois compôs uma ampla frente incluindo PSDB e PSB, alinhados com Aécio Neves, e o seu próprio partido o PC do B, aliado da presidente Dilma Rousseff.
Aliás, alguém tem dúvidas que Dilma apoiou Flávio Dino no Maranhão?
A sua decisão apoia-se em uma postura rara na política que é a coerência e a fidelidade, já que como governador eleito poderia simplesmente ignorar a todos os partidos da coligação Todos pelo Maranhão e acompanhar o PC do B com a desculpa de obedecer uma decisão partidária.
É também salutar a falta de personalismo da sua decisão, já que o apoio a candidato A ou B é dado pelos partidos e não por lideranças isoladas, que quando assim o fazem é por defender interesses políticos pessoais.
Desta feita o PC do B, PDT e PP vão com Dilma e o PSDB, PSB e PPS com Aécio Neves.
E é com base nesse conjunto de alianças que os interesses do Maranhão serão defendidos no governo federal, sem que se confunda com a defesa pessoal, como foi a de Sarney, cujo os resultados só beneficiaram a si mesmo.
Os benefícios para o Maranhão não dependem do apoio eleitoral ao futuro presidente, mas de projetos e competência da bancada no Congresso Nacional e do governador.
Um bom exemplo é o do vice-governador eleito, o deputado federal Carlos Brandão (PSDB), que mesmo fazendo oposição ao governo do PT conseguiu trazer para o estado um escritório da Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – que somente em 2014 investiu cerca de R$ 120 milhões.
É com esse espírito que realmente o Maranhão começa a ser de todos nós! Via blog do Raimundo Garrone.
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