A ficha corrida de Lobão Filho
Edison Lobão Filho, candidato apoiado pelo grupo Sarney, caiu de gaiato na disputa pelo governo do Maranhão. Aceitou o desafio quando ninguém queria mais, para substituir o preferido da governadora Roseana Sarney, Luís Fernando Silva, que desistiu de concorrer após a prisão do doleiro Alberto Yousseff, num hotel de São Luís.
Um dos indivíduos mais abjetos da política brasileira, o suplente e filho do senador Edison Lobão nunca foi votado na vida, mas possui uma vida pregressa de fazer inveja a qualquer presidiário da Penitenciária de Pedrinhas.
Lobão Filho entrou na política no governo do pai, ainda na década de 90, quando ficou conhecido pela alcunha de “Edinho 30”, em razão da fama de abocanhar 30% de todo e qualquer contrato firmado entre o Palácio dos Leões, fornecedores e empreiteiras.
Mais adiante, ganhou renome nas páginas polícias de todo o país por usar o nome de uma pobre empregada doméstica para fazer um empréstimo milionário, burlando impostos. O candidato também é investigado pela participação em um esquema que fez desaparecer 52.309 notas fiscais de 205 empresas, entre 1993 e 1999, dos computadores da Companhia de Processamento de Dados do Maranhão.
Em sua extensa ficha corrida, Lobão Filho coleciona duas condenações à prisão: uma por fraudar a concessão pública de uma retransmissora de TV no interior do Maranhão e outra por não recolher os tributos trabalhista dos funcionários de sua emissora de rádio. Por isso, talvez, ele tenha se esforçado tanto para retirar a palavra ‘ética’ do código de conduta do Senado Federal.
Em três meses de campanha eleitoral, o playboy nascido em Brasília mostrou-se um lobo em pele de cordeiro. Saiu da disputa menor do que entrou, enquanto um inexpressivo senador sem votos.
Responderá por injuria, calúnia e difamação contra Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal; pela coautoria do depoimento forjado em que um preso acusa o candidato da oposição a governador de liderar bandos de assaltos a bancos e, possivelmente, pela participação no escândalo de corrupção que desviou bilhões de reais dos cofres da Petrobras, no qual Lobão, Roseana e o oligarca José Sarney – os padrinhos de sua candidatura a governador – aparecem entre os principais beneficiários.
Depois de 48 anos nas mãos de um grupo que se locupletou no poder em detrimento do sangue, do suor, sonhos e lágrimas de milhões de pessoas, o Maranhão rejeita a possibilidade de ser administrado por um criminoso condenado.
É o que dizem todas as pesquisas. É o que diz o clamor de todos os maranhenses!
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