247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse que o encontro com o presidente interino Michel Temer, na noite de sábado (28) teve como objetivo discutir a recomposição do orçamento da Corte em função das eleições municipais deste ano. Segundo dados do próprio TSE, será preciso a realização de aporte da ordem de R$ 150 milhões, dos R$ 250 milhões que foram suprimidos da Justiça Eleitoral
"Em quatro meses, o Brasil vai realizar eleições com mais de 140 milhões de eleitores que votam em mais de 530 mil urnas, mobilizando perto de 2 milhões de mesários e 580 mil candidatos. A Justiça Eleitoral precisa mandar fabricar 90 mil novas urnas para serem distribuídas em todos os estados", justificou Gilmar Mendes por meio de nota.
Ainda segundo o TSE, o governo já teria sinalizado que a questão orçamentária deverá ser solucionada em breve para assegurar a plenitude das eleições deste ano. O custo total das eleições é estimado em R$ 750 milhões.
A reunião entre Gilmar Mendes e Temer aconteceu no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência da República. No dia anterior, Mendes teria procurado o ministro-chefe da Casa Cicil, Eliseu Padilha, para tratar da situação orçamentária do TSE, já que o senador Romero Jucá – com que as tratativas vinham acontecendo – deixou o ministério do Planejamento após o vazamento das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, Jucá sugere a criação de um pacto para "mudar" o governo e "estancar a sangria" decorrente da Operação Lava Jato.
Gilmar Mendes é um critico feroz dos governos do PT e é o relator dos processos sobre as contas de campanha da presidente afastada Dilma Rousseff.
Apesar das contas terem sido aprovadas com ressalvas, Gilmar tem pedido seguidas investigações para apurar a existência de irregularidades junto a empresas que atuaram na campanha de reeleição da presidente afastada.
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