O presidente da Funai, Antônio Costa, foi exonerado do cargo na sexta-feira, 05. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União. A queda de Toninho ocorre em meio a crise do órgão, escancarada logo após os ataques a tribo Gamela no Maranhão e que deixou sete índios feridos no município de Viana.
No último dia 02, depois de inúmeras cobranças do Governo do Maranhão em relação a situação dos índios Gamelas, Costa concedeu uma entrevista coletiva e reclamou dos cortes orçamentários sofridos pela Fundação e disse que os conflitos de terra devem ser resolvidos pelas três esferas do poder: prefeituras, governos estaduais e o Federal, “para que não caia só nos ombros da Funai”, disse. “Nós não temos condições de resolver todos os processos”. O desabafo foi a gota d’água para o Governo Federal. Costa não tinha o apoio de Temer e sofria constantes perseguições.
Além disso, a demissão foi exigida pelo líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), porque ex-presidente da Funai não aceitou nomear 25 pessoas indicadas por ele desde que a nova direção do órgão tomou posse. Toninho chegou ao cargo por indicação do próprio PSC.
Segundo o site Congresso em Foco, o nome do substituto ainda não foi divulgado, mas deve ser indicado pela bancada ruralista, da qual faz parte o ministro da Justiça, o deputado licenciado Osmar Serraglio (PMDB), a quem a Funai é subordinada.
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