“Se passar, eu veto”; disse Bolsonaro sobre projeto ‘passaporte da vacina’
UOL – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que vai vetar o projeto que cria o “passaporte da vacina” para quem estiver imunizado contra a covid-19, caso ele seja aprovado pelo Congresso. A proposta avançou no Senado na semana passada e será analisada pela Câmara dos Deputados.
Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada nesta manhã, Bolsonaro criticou a proposta, que, na visão dele, seria obrigar a população a se vacinar. Desde o início da pandemia o presidente se posicionou contra a vacinação obrigatória e ainda não se vacinou contra a covid-19 mesmo fazendo parte dos grupos que já podem se imunizar.
“O que tu acha do passaporte da covid? Teve uma onda ontem aí, estourou nas redes sociais. Sem comentários. A vacina vai ser obrigatória no Brasil? Não tem cabimento”, declarou.
Bolsonaro disse não acreditar que o Congresso aprove o projeto, mas que, se aprovar, terá de analisar se derruba ou não o veto presidencial.
“Não acredito que vá passar no Parlamento. Se passar, eu veto e o Congresso vai analisar o veto. Se derrubar, é a lei”, afirmou.
Assista abaixo.
Certificado de imunização
O Projeto de Lei 1.674/2021, responsável pela criação do ‘Certificado de Imunização e Segurança Sanitária’ foi aprovado pelo Senado na última quinta-feira (10) por 72 votos a favor e nenhum contrário da medida.
“De acordo com o texto, o certificado vai permitir que pessoas vacinadas ou que testaram negativo para covid-19 ou outras doenças infectocontagiosas circulem em espaços públicos ou privados onde há restrição de acesso“, explica a Agência Senado.
O relator da pauta, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), explicou que o PL visa balancear as medidas restritivas de combate à disseminação da doença impostas na federação com os diretos individuais e sociais dos brasileiros.
Para o relator, o certificado permitirá que a União, estados e municípios tenham informações relevantes e claras que os ajudem a administrar as decisões que restrinjam a circulação de pessoas a serviços ou espaços — públicos ou privados — com o objetivo de restringir a circulação do vírus.
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