Na CPI, senador e ministro batem boca sobre bula de vacinas contra covid-19
Otto Alencar fala em “pseudovacinação”
Queiroga: não desqualifique autoridade
O senador Otto Alencar (PSD-BA) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, bateram boca na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 depois que o cardiologista admitiu que não leu as bulas de todas as vacinas que integram atualmente o plano nacional de imunização.
“Talvez seja o ato mais irresponsável que o ministro da Saúde pode fazer, é determinar a aplicação da vacina sem ter conhecimento dos efeitos colaterais da vacina“, criticou o senador.
Ele, então, lembrou o caso de uma gestante que morreu após receber uma dose da vacina da AstraZeneca, questionando Queiroga sobre a autoria de uma norma técnica do Ministério da Saúde que autorizaria o uso de diferentes imunizantes para completar o esquema com duas doses.
Queiroga respondeu que a norma havia sido emitida pelo PNI (Programa Nacional de Imunização). “Ministro, fale a verdade. A ciência não pode mentir”, rebateu Otto Alencar, afirmando que a responsável pela orientação havia sido Franciele Francinato. “É a coordenadora do PNI”, esclareceu o ministro.
Ontem(8), os ânimos se acirraram, com o senador baiano acusando o representante do governo federal de promover uma “pseudovacinação”, enquanto Queiroga dizia a Otto Alencar para não “desqualificar” a autoridade sanitária do Brasil por ter lido ou não a bula de uma vacina.
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