O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) terá um primeiro grande “abacaxi” para descascar ao assumir, definitivamente, o governo do Maranhão com o afastamento do governador Flávio Dino (PSB) que sairá para disputar o Senado nas eleições deste ano. No final de março, ele terá que fazer uma ampla reforma no secretariado, sobretudo pelo fato de vários secretários também estarem deixando a gestão para a corrida da sucessão estadual ou para brigar por uma vaga na Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
Ao que se imagina, 70% dos secretários devem deixar o governo para a disputa eleitoral. Na teoria, Brandão teria bastante espaço para preencher com as suas indicações pessoais. Mas não será assim. Trata-se de ano eleitoral em que há muita coisa em jogo, inclusive, os afagos que deve manter por conta dos apoios ao seu projeto majoritário.
Mesmo em uma sinuca de bico, Brandão deverá, certamente, movimentar peças e trocar alguns auxiliares do governador Flávio Dino (PSB) por indicações pessoais até porque ele precisa se cercar de pessoas de sua confiança. Mudanças que podem terminar lhe causando atritos políticos.
Sabe-se que há pastas crucias, já coordenadas por outros caciques do grupo político de Dino e nas quais não poderá haver grandes alterações. São secretarias fortes que, se sofrerem mudanças profundas, podem trazem implicações políticas sérias.
Para as mudanças, um fator que também irá pesar será a questão partidária, ou seja, as alianças formadas em torno do grupo político governista que podem ter um desfecho no próximo dia 31 de janeiro, quando os representantes da base dinista voltam a se reunir para discutir as eleições deste ano e “bater um martelo” sobre a disputa majoritária.
A reforma no Secretariado do governo deverá ser a primeira “prova de lealdade” a Flávio Dino para Carlos Brandão à frente do Palácio dos Leões. Saber se ele conseguirá conciliar os interesses políticos com suas escolhas pessoais.
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