terça-feira, 17 de maio de 2016

PT não apoiará candidatos que defenderam impeachment, diz Rui Falcão



Segundo presidente do partido, não estão descartadas alianças com PMDB. Ele ressaltou, porém, que direção da sigla vai analisar caso a caso.

Do G1
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta terça-feira (17) que o partido não apoiará nas eleições municipais deste ano candidatos que tenham defendido o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
No entanto, não estão descartadas alianças com políticos do PMDB, mas, afirmou, terão que ser analisadas “caso a caso”.
A medida faz parte de uma resolução aprovada pelo Diretório Nacional do partido em reunião realizada nesta terça em Brasília.
“O PT não apoiará candidatos que votaram pelo impeachment e ou apoiaram publicamente o impeachment”, afirmou Falcão em uma entrevista coletiva após o encontro.
Segundo ele, serão priorizadas alianças com PCdoB e PDT, dois partidos que se mantiveram fiéis ao governo Dilma Rousseff durante o processo de impeachment no Congresso.
“A definição é que nós vamos primeiro priorizar alianças com PCdoB e PDT. As outras, nós vamos examinar caso a caso”, declarou.
Apesar da ruptura do PT com o PMDB na esfera nacional, com acusações de que o presidente em exercício, Michel Temer, é um “traidor” e liderou um “golpe”, Falcão admitiu que o partido poderá fazer alianças com peemedebistas nas eleições de outubro.
“Se alguém do PMDB quiser participar conosco numa chapa na eleição municipal, que não tenha apoiado o impeachment publicamente, que adote programas que priorizem a área social, que faça orçamento participativo, que abra o debate, que tenha transparência, que não permita corrupção, não há nenhuma objeção”, justificou.
Ele ressaltou que uma norma interna determina que todas chapas terão que ser homologadas pela direção nacional da legenda, o que evitará qualquer “aliança torta”.
Sobre como a militância do PT poderá encarar essas alianças entre PT e PMDB, Falcão disse que o eleitor terá que entender que a medida faz parte de uma estratégia para que o partido cresça eleitoralmente.
“Nós temos uma norma que, (…) antes do registro do chapa, a chapa terá que ser homologada pela direção nacional. Então, não há nenhum risco de aliança torta e acho que os nossos eleitores irão compreender que o importante é que a gente possa crescer eleitoralmente, sem perder identidade e defendendo programas que beneficiem a maioria da população”, explicou.

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