Deputados presentes à sessão da manhã desta quinta-feira (26) travaram um acalorado debate sobre pesquisa eleitoral divulgada na imprensa, que aponta intenções de voto do eleitorado maranhense com vistas às eleições do próximo mês de outubro.

Deputados discutem no Plenário sobre pesquisa para próximas eleições

 Agência Assembleia

Deputados presentes à sessão da manhã desta quinta-feira (26) travaram um acalorado debate sobre pesquisa eleitoral divulgada na imprensa, que aponta intenções de voto do eleitorado maranhense com vistas às eleições do próximo mês de outubro.

O primeiro a ocupar a tribuna, para fazer comentários sobre o assunto, foi o deputado Magno Bacelar (PV), para quem a pesquisa, realizada pelo Instituto Econométrica, a pedido do jornal O Imparcial, mostra o crescimento do senador Edison Lobão Filho (PMDB), diante do ex-presidente da Embratur (PCdoB), Flávio Dino.

“Durante estes quatro anos o candidato da Oposição vem fazendo campanha divulgando diariamente as suas pesquisas feitas por diversos  institutos e nós da base do governo nunca entramos na Justiça, nunca fizemos nenhuma censura, de certa forma nunca procuramos entrar na Justiça para suspender uma pesquisa”, declarou Magno Bacelar.

Ele frisou que, como os números da recente pesquisa da Econométrica não foram os que a Oposição esperava, o pré-candidato Flávio Dino tentou censurar a pesquisa, com base em uma ação judicial. Magno Bacelar observou que a campanha ainda vai começar, mas as pesquisas já permitem a simulação de diversos cenários muito favoráveis ao candidato da situação.

“O declínio do candidato da Oposição, o declínio do candidato comunista, não se tem mais como se segurar. O nosso candidato Lobão Filho, depois que registrar a sua candidatura e der o pontapé inicial, a classe política vai se movimentar e nós vamos vencer estas eleições, no primeiro turno”, enfatizou Magno Bacelar.

O deputado Bira do Pindaré (PSB) abordou o assunto, logo em seguida, observando que pesquisa não decide eleição. “Eleição é voto na urna. Pesquisas cada um tem as suas, mas é o povo que decide. Pesquisa não ganha eleição. Se dependesse de pesquisa, eu não teria alcançado 554 mil votos na eleição de senador, em 2006. Porque nenhum Instituto apontava o percentual que eu tive ao final que foi mais de 20% dos votos no Estado do Maranhão. Então, não adianta a gente ficar se prendendo em pesquisas, vamos se prender naquilo que interessa à população, que são as questões relevantes para melhorar a vida do povo”, argumentou Bira do Pindaré.

O deputado Marcelo Tavares (PSB) advertiu que a pesquisa anunciada na tribuna pelo deputado Magno Bacelar foi considerada irregular pela Justiça.

“A Justiça considerou irregular essa pesquisa, porque nem os nomes dos municípios eles juntaram, não havia nem indicação dos municípios pesquisados, daí esta pesquisa ter sido divulgada agora contra a determinação da Justiça Eleitoral, e isto aí vai gerar uma multa de 50 mil reais para o jornal, para a empresa que fez a pesquisa e também para quem divulgar o resultado desta pesquisa, blogueiros, etc”, alertou Marcelo Tavares.

O deputado Othelino Neto (PCdoB) também questionou a pesquisa anunciada pelo deputado Magno Bacelar, dizendo que se trata de uma sondagem que está muito distante da realidade.

“Como se sabe, não aconteceu nenhum fenômeno que tenha feito o pré-candidato Flávio Dino cair nas pesquisas. Tem pesquisa, como diz o deputado Marcelo Tavares, registrada pela Justiça Eleitoral. Nós não precisamos recorrer a pesquisas que são proibidas de ser divulgadas pela Justiça Eleitoral. As pesquisas que são autorizadas pela Justiça dizem a realidade e têm credibilidade, ao contrário desta que está sendo divulgada agora”, analisou Othelino Neto.

No mesmo tom do deputado Magno Bacelar, o deputado Rigo Teles (PV) analisou a pesquisa divulgada pela Econométrica afirmando que há uma clara tendência de o pré-candidato Flávio Dino ser superado pelo senador Lobão Filho. “Ao nosso modo de ver, o senador Lobão Filho reúne todas as condições para sair vencedor da próxima eleição para o Governo do nosso Estado”, ressaltou Rigo Teles.