PSDB anuncia oposição a Bolsonaro e Brandão pede impeachment do Presidente
O PSDB decidiu nesta quarta-feira (8) que passará a fazer parte da oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) e iniciou a abertura de discussões internas sobre um possível processo de impeachment contra o presidente da República.
As decisões foram tomadas em reunião convocada pelo presidente do partido, o ex-deputado Bruno Araújo, após as falas de Bolsonaro nos atos do dia 7 de setembro. A posição do partido ainda está um passo atrás de pré-candidatos da legenda à Presidência da República, que defenderam um processo de impedimento.
O governador de São Paulo, João Doria, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto se manifestaram pelo prosseguimento do impeachment. Pelas redes sociais, o governador Flávio Dino comentou a decisão do PSDB.
“Muito importante a declaração do PSDB em oposição a Bolsonaro. Precisamos de firmeza e amplitude para conter o golpe de Estado deflagrado por Bolsonaro e assegurar a eleição de 2022”, disse Dino.
A direção do PSDB não dá prazo para definir uma posição a respeito do impeachment. “Registramos que após o pronunciamento inaceitável do chefe do Poder Executivo, na data de ontem, iniciamos hoje o processo interno de discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República”, escreve a nota da legenda.
O assunto ainda não é consenso no partido. A nota do PSDB diz apenas que a discussão sobre o assunto está sendo iniciada.
Com 33 deputados, o PSDB é a sétima maior bancada da Câmara. O PSD, empatado com o MDB como a quinta maior bancada, com 34 parlamentares, criou uma comissão para avaliar a possibilidade de defender o impedimento de Bolsonaro.