terça-feira, 14 de setembro de 2021

OPINIÃO POPULAR NÃO QUER NEM LULA E NEM BOLSONARO - PESQUISA

 

Pesquisas mostram que eleitores não querem nem Lula e nem Bolsonaro

A próxima sucessão presidencial tende a repetir a disputa entre Jair Bolsonaro e PT, que deve lançar Lula em 2022. Diferentes institutos mostram o presidente e seu antecessor com ampla vantagem sobre os adversários nas pesquisas estimuladas — aquelas em que os entrevistados são apresentados a uma lista de possíveis candidatos e instados a escolher um deles.

Em levantamento realizado pelo Ipespe a pedido da XP, Lula lidera com 40% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece em segundocom 24%. Os demais postulantes registram no máximo 10%. Apesar desses números, o quadro eleitoral ainda pode mudar de forma considerável, já que as mesmas pesquisas revelam que há espaço de sobra para a construção de uma candidatura capaz de romper a polarização.

Dois dados são elucidativos nesse sentido. Na pesquisa espontânea, aquela em que não é apresentada a relação de presidenciáveis, a liderança é dos indecisos. Hoje, há mais entrevistados sem candidato do que declarando voto em Lula ou Bolsonaro. Além disso, um quarto da população não está disposto a votar em nenhum dos dois favoritos. Ou seja: há uma massa à espera de uma alternativa.

Se em tese a terceira via pode ser competitiva, na prática ela esbarra em toda a sorte de problemas. Até agora, foram lançados mais de dez balões de ensaio ao Palácio do Planalto. Só no PSDB são quatro os presidenciáveis e todos engatinham nas pesquisas. Parceiro histórico dos tucanos, o DEM também está testando nomes. Recentemente, o PSD passou a flertar com a ideia de filiar ao partido e lançar ao Planalto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Já MDB e PSL cogitam as candidaturas da senadora Simone Tebet e do apresentador José Luiz Datena.

Como ninguém se destaca nesse pelotão, a conclusão é clara: o eleitor que não quer nem Lula nem Bolsonaro anseia por um nome da terceira via, mas até agora não gostou de quase nada do que viu. Encontrar um rosto competitivo para a disputa é o desafio dos centristas. (Revista Veja, com edição).

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