Maranhão da Gente
Em clima de tensão, a pauta em voga nos últimos dias na Câmara Municipal de São Luís tem sido sobre as prisões e mandados de busca e apreensão, nos municípios de Dom Pedro e de Codó, ocorrido na semana passada. As últimas ações acenderam o sinal de alerta, alvo de investigação por conta de um suposto esquema de agiotagem, envolvendo vereadores e funcionários do banco Bradesco. Entre os suspeitos, alguns nomes de parlamentares da linha de frente do atual mandato e do último.
A retomada das investigações foi anunciada, no mês passado, pelo secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, e confirmada pelo delegado-geral Augusto Barros. Desde então, os parlamentares têm disparado telefonemas, temendo o que aconteceu, na semana passada, com “Eduardo Imperador” e com a ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Barros Costa.
Entenda o esquema
O esquema de corrupção vem sendo investigado há algum tempo e teria funcionado da seguinte forma: vereadores pediam empréstimos consignados a uma ex-gerente do Bradesco, em nome dos servidores do Legislativo, para depois emprestar a terceiros, cobrando taxas de juros abusivas. Se confirmada a participação dos vereadores, os mesmos deverão ter os mandatos cassados, além de responder civil e criminalmente pela negociata que movimentou cerca de 30 milhões de reais.
Denominada de ‘Imperador’, no dia 31 do mês passado, a operação resultou na prisão da ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Barros Costa, acusada de envolvimento na prática de agiotagem e licitações fraudulentas, que culminaram no desvio de mais de R$ 5 milhões dos cofres públicos. As investigações também revelaram o envolvimento de Alfredo Falcão, filho de Arlene, Rodrigo Manso, sobrinho da ex-gestora, e João Cavalcante Neto, funcionário utilizado como laranja no esquema de corrupção. Os três acusados receberam mandado de condução coercitiva.
Na casa de Arlene, em São Luís, foram apreendidos quatro veículos e um montante de documentos falsos. Em Codó, 20 carros de luxo da ex-prefeita foram retidos pela Polícia. Mais de dez empresas fantasmas criadas por Arlene e a família foram descobertas com registros falsificados.
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