Maranhão da Gente
O juiz titular das investigações sobre a Petrobras na primeira instância da Justiça Federal no Paraná, Sergio Moro, remeteu processos e um inquérito sobre a Eletronuclear ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira. O caso envolve indícios de pagamento de propinas em contratos para obras da Usina Nuclear de Angra 3 e um ex-presidente da estatal, o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso preventivamente e processado por corrupção e lavagem de dinheiro.
O envio das ações penais e da investigação à máxima instância judicial atende à decisão em caráter liminar do ministro relator da Lava-Jato no STF, Teori Zavascki. Os advogados de Flávio David Barra, também réu e preso por corrupção na Eletronuclear, invocaram a decisão sobre o fatiamento da Lava-Jato determinado pelo Supremo para retirar o caso das mãos de Sergio Moro. Na investigação, Barra fez menção ao suposto envolvimento do senador Edison Lobão (PMDB-MA), que detém privilégio de foro por ser parlamentar.
A Polícia Federal (PF) investiga evidências de que haveria um acordo entre empresas para fraudar a licitação de Angra 3, com pagamento de 1% a título de propina a integrantes do PMDB e a Lobão, segundo a investigação. A defesa de Lobão tem negado o envolvimento do senador em ilícitos ou pagamento de propinas em contratos com estatais.
O juiz Sergio Moro também suspendeu audiências de testemunhas de acusação do caso que estavam previstas para 14 de outubro. Seriam ouvidos o delator e controlador da UTC/Constran, Ricardo Pessoa, e o ex-executivo da Camargo Corrêa Dalton Avancini, também delator. Os depoimentos de ambos eram considerados fundamentais para a acusação. (André Guilherme Vieira | Valor).
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