terça-feira, 29 de dezembro de 2015

“Brasil é paraíso para corruptos”, diz procurador da Lava-Jato




Coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua na Operação Lava-Jato, responsável por investigar o megaesquema de corrupção na Petrobras, o procurador Deltan Dallagnol é enfático ao apontar a necessidade do engajamento da população no combate à corrupção. Ele aponta 2015 como um ano de evolução na luta contra os atos ilícitos diante de grandes operações, sobretudo porque houve uma conscientização maior da sociedade sobre o problema.
Procurador Deltan Dallagnol
Procurador Deltan Dallagnol
O procurador afirma que as leis no Brasil fazem do sistema judiciário “disfuncional” e aponta mudanças necessárias, principalmente, para acelerar o trâmite de processos e revisar o sistema prescricional de penas, a fim de evitar a impunidade.
Para isso, ele defende que as alterações sejam propostas por meio de projetos de lei de iniciativa popular. “A corrupção é um mal devastador. Nós devemos encarar esse monstro como ele é, enfrentá-lo e derrubá-lo”, diz.
Na avaliação de Dallagnol, a Operação Lava-Jato foi um ponto fora da curva no combate à corrupção por inaugurar um modelo até então pouco conhecido no país, de colaboração dos acusados, por meio de delações premiadas.
Para 2016, a previsão é que seja triplicado o número de denúncias. Até aqui, 179 pessoas foram alvo de acusações criminais pela operação. A expectativa é de um ano de muito trabalho, com a revelação do envolvimento de mais empresas estrangeiras e brasileiras com contas no exterior.
Correio Braziliense

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