terça-feira, 24 de novembro de 2015

Relator de processo de Cunha foi acusado pela mãe de ameaçá-la de morte; mãe diz que inventou o relato




Por Painel

Caso de família Em boletim de ocorrência de 2012, a mãe de Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo de cassação de Eduardo Cunha, contou à polícia que o filho a agrediu fisicamente, ameaçando-a de morte, durante uma discussão familiar. Antônia Cogo alegou à época que sofria maus tratos havia dez anos. Ela confirma ser a autora do registro, mas diz que inventou o relato por “depressão”, pedindo o arquivamento do caso dias depois. “Fiz para botar medo. Meu filho nunca colocou a mão em mim.”
Versão Pinato diz não saber do episódio nem da existência do boletim de ocorrência. “Desconheço. Nunca fui intimado de nada, nem pela polícia. É novidade para mim.”
Promessa Tanto o parlamentar quanto sua mãe sugeriram ações contra o jornal. “O que colocar que for verdade, tudo bem. Mas, na hora certa, tem que tomar as medidas”, disse Pinato. “Se colocar alguma coisa eu vou abrir processo contra você”, prometeu Antônia Cogo.
Juntos… O PSDB articula com os partidos de oposição da Câmara a obstrução conjunta de todas as sessões enquanto Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estiver à frente da Casa. “Precisamos nos juntar para não ser uma ação inócua”, diz um tucano.
… chegaremos lá O partido avalia que, depois de congressistas abandonarem o plenário da Casa em apoio à fala de Mara Gabrilli (PSDB-SP), a oposição está “cada vez mais consolidada”. Apesar das articulações, não há nada que indique uma eventual saída de Cunha no curto prazo.
Só amanhã O governo fez as contas e concluiu que só deve finalizar este ano a votação do projeto que altera a meta fiscal de 2015 e a aprovação do Orçamento de 2016.
Com a barriga Os demais projetos considerados estratégicos para recuperar a credibilidade, como a proposta de repatriação, só sairiam do forno a partir de fevereiro. Até mesmo a votação do parecer do TCU sobre as pedaladas pode ser adiada.
Não vai dar A ordem da presidente da República era limpar todas as pendências este ano, para não haver contágio de pautas negativas no próximo. “Mas temos de ser realistas, o tempo é curto”, avalia um auxiliar do Palácio do Planalto.
Ecumênico Sergio Moro, juiz da Lava Jato, foi homenageado neste domingo por líderes religiosos de Maringá (PR), sua cidade natal. O ato aconteceu na Arquidiocese do município paranaense e reuniu católicos, evangélicos, espíritas e umbandistas.
Entre irmãos O PT prevê uma disputa interna pela vaga de novo líder da bancada na Câmara a partir do ano que vem. Estão no páreo os deputados Afonso Florence (BA) e Paulo Pimenta (RS), este último com a simpatia do ex-presidente Lula.
Afiando a língua “Os papéis do Cunha vieram rápido da Suíça, já os do PSDB demoram uma eternidade. Deve ser culpa dos Correios”, ironiza Pimenta sobre a demora do Ministério Público em denunciar o cartel nas licitações de trens de São Paulo.
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Bocejo Enquanto o ex-presidente Fernando Henrique falava, na manhã de segunda, 23/11, sobre meio ambiente e sustentabilidade em seminário do Instituto Teotônio Vilela, o ex-presidenciável Eduardo Jorge (PV) cochilava na plateia.
Casa nova Para pressionar o governo e o Congresso sobre as pautas trabalhistas, a Força Sindical, ligada ao oposicionista Paulo Pereira da Silva (SD-SP), vai inaugurar uma sede em Brasília.
Visita à Folha O vice-presidente da República, Michel Temer, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Marcio de Freitas, assessor de imprensa.

TIROTEIO
O ministro da Fazenda diz que o turismo é uma fonte de crescimento no curto prazo para o país. Acho que começo a ser ouvido.
DO MINISTRO HENRIQUE EDUARDO ALVES, sobre Levy ter dito que as fontes de crescimento mais óbvias no Brasil são turismo e substituição de importações.

CONTRAPONTO
Novos tempos, velhos dias

Em 2009, em entrevista ao programa de Sócrates, “Papo com o Dr.”, Ciro Gomes, então deputado pelo PSB, analisava o cenário político do país depois do mensalão, dizendo que, no momento em que o escândalo veio à tona, “via a hora em que o golpe de Estado ia acontecer”.
–Hoje, depois de ter visto a chama do golpe atentar contra a democracia brasileira tão verdinha, sou até mais tolerante. Aprendi muito com Lula. Mas, olha, está atravessado na goela: é difícil defender o governo sabendo das tratativas, das alianças, das conversas moles, das exigências intoleráveis que o governo está tendo que administrar para ter maioria no Congresso.

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