Polêmica na Seleção!
Quando assumiu o cargo de coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi criticou o uso do boné com a frase "força Neymar"antes da partida contra a Alemanha, pela semifinal da Copa do Mundo. Para o ex-jogador, o momento era de incentivar Bernard, substituto do craque. Nesta segunda-feira, no programa "Bem, Amigos", Gilmar disse que o uso do boné acabou com qualquer tentativa de apoio a Bernard (assista ao vídeo).
- Não importa o que ele (Felipão) falou. O boné já "matou" o menino (Bernard). Não era o momento - disse, ao criticar novamente o uso da frase.
Gilmar contou que ficou surpreso ao ver a delegação chegar ao estádio, para um jogo de semifinal, contra a Alemanha, com a mensagem para o craque que tinha deixado o grupo, após sofrer uma fratura na vértebra nas quartas de final, contra a Colômbia. Apesar de entender a intenção, ele considerou a atitude "horrível". O Brasil acabou perdendo o jogo por 7 a 1.
O novo coordenador de seleções afirmou que a intenção foi mesmo passar uma mensagem, sobre o que pensa a respeito da filosofia da Seleção, embora tenha admitido que não foi muito claro ao criticar a atitude na primeira vez em que abordou a questão.- Imagina o que pensou o menino que vai entrar, como ele se sentiu? Esse é o momento de chegar e dizer: é a tua vez, é você quem vai ganhar o jogo. O momento já era difícil. Acho muito bonito, e o Neymar é um menino maravilhoso, não tenho nada contra, mas o gesto de colocar o boné, o "#força Neymar", está errado. Tem que pensar no coletivo, no jogo do dia, quem é o guerreiro que vai estar no plantão. Tirou o foco. Não perdeu por causa disso, mas o espírito não pode ser esse - criticou.
- Tenho certeza de que eles pensaram que estavam fazendo uma grande coisa, a intenção foi a melhor possível, mas eu, como ex-jogador, acho que foi horrível. Sempre no coletivo. Ninguém nunca é maior que a Seleção - completou.
Ao falar do que aconteceu com Bernard, Gilmar ainda lembrou da atitude do treinador da Alemanha, Joachim Löw, ao incentivar Götze, de apenas 22 anos, que entrou na decisão de Copa do Mundo, contra a Argentina, e acabou sendo o herói do título ao marcar o gol da vitória na prorrogação.
- Vou dar um exemplo parecido. Você sabe o que falou o treinador no momento que entrou o Götze? Ele falou: "Você queria uma oportunidade, vai e mostra para o mundo que você é melhor que o Messi e ganha a Copa para a gente!" Ele ganhou, 22 anos - disse. G1.com
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