Empreiteiras da Lava Jato doaram R$ 98,8 milhões para campanhas de Dilma e Aécio
As empreiteiras investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal doaram quase R$ 98,8 milhões aos dois candidatos à Presidência que chegaram ao segundo turno das eleições, no dia 25 de outubro. A prestação de contas final foi divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na noite da última terça-feira (25).
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) foi a que mais recebeu dinheiro das empresa, ao todo de oito construtoras sob investigação: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. Ao todo foram R$ 64.636.179,25.
As maiores doações foram da Andrade Gutierrez –R$ 21 milhões– e da OAS, que doou R$ 20 milhões.
Já Aécio Neves (PSDB) recebeu pouco mais da metade de seis construtoras: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. Somadas as doações, foram doados ao candidato R$ 34.170.000. A Andrade Gutierrez foi também a campeã de doações ao tucano, repassando R$ 19 milhões.
Para chegar ao cálculo, a reportagem somou os valores doados diretamente na conta do candidato e aquelas feitas o comitê único financeiro, que também recebem doações. Também considerou doações feitas em nome de empresas subsidiárias das empreiteiras
Ao todo, a campanha de Dilma prestou contas que recebeu R$ 350.836.301,70, com superavit de R$ 261.238,06, que será repassado à direção nacional do PT.
O candidato do PSDB, por sua vez, gastou R$ 223.475.907,21 e arrecadou R$ 222.925.853,17. Um saldo negativo de R$ 550.054,04. De acordo com a legislação eleitoral, as dívidas devem ser assumidas pelos partidos.
Em respostas enviadas ainda no primeiro turno, as direções de PT e PSDB afirmaram que as doações recebidas eram legais, contabilizadas e não haveria qualquer irregularidade. As construtoras também alegaram que é praxe fazer doações a candidatos e também afirmou não haver irregularidades no repasse de dinheiro aos candidatos. Luis Cardoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário