Depois de alerta, Planalto trabalha para adiar votação de vetos pelo Congresso
Alertado para o risco de sofrer derrota na sessão do Congresso Nacional marcada para esta terça-feira (22), o Palácio do Planalto trabalha para adiar a votação dos vetos presidenciais às chamadas "pautas-bomba", matérias aprovadas pelos parlamentares que elevam o gasto público. Líderes do governo agora analisam uma manobra regimental para derrubar a sessão do Congresso.
Durante o dia, o Planalto recebeu recados de vários líderes de que o resultado da votação dos vetos era imprevisível. Diante da incerteza, o governo deu sinal verde para a operação de adiamento da votação. Em reunião no Palácio da Alvorada, Dilma chegou a manifestar a preocupação com a derrubada dos vetos ao próprio presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Mais cedo, na reunião de coordenação política, a própria Dilma já tinha sido alertada sobre o cenário de dificuldade no Congresso. O temor do governo é de contaminar a votação com as negociações de nomes para a reforma ministerial em curso, que prevê a redução do número de pastas. “Isso seria fatal”, reconheceu ao Blog um ministro.
A eventual derrubada dos vetos pelo Congresso pode gerar um impacto aos cofres públicos de R$ 23,5 bilhões no ano que vem e de R$ 127,8 bilhões até 2019, segundo estimativa do Ministério do Planejamento divulgada nesta segunda-feira (21). A maior preocupação é com a possibilidade de derrubada do veto de Dilma ao reajuste de até 78% para os servidores do Judiciário.
Gerson Camarotti
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