Governo não tem garantia de como votará a base aliada, mas tenta a todo custo manter o veto de Dilma aos projetos sobre gastos federais.
Em Brasília, o governo tenta negociar a manutenção do veto a projetos que aumentam muito os gastos federais. Palavras de impacto dos líderes do governo na Câmara e no Senado dão a medida da preocupação do Palácio do Planalto.
“Qualquer posição que não for para manter os vetos é algo que é insustentável, pode causar o descalabro completo na economia brasileira”, diz o deputado José Guimarães (PT/SP), líder do governo na Câmara. “Nem pensar na derrubada desses vetos porque isso, do ponto de vista político e econômico, é um desastre completo para o país”, declara o senador Delcídio Amaral (PT/MS), líder do governo no Senado.
Tudo para que o Congresso não aumente gastos para o governo federal. Entre os vetos estão:o aumento de até 78% para os servidores do Judiciário; tem também o que estende o aumento real do salário mínimo para todos os benefícios do INSS, além da isenção do Pis/Cofins para o óleo diesel e a isenção de imposto de renda para professores na compra de livros. No total: quase R$ 128 bilhões.
O governo não tem garantia de como votará a base aliada. E haja reunião! O apelo também foi feito à oposição que ajudou a aprovar os projetos que aumentam os gastos.
“Ou o governo equaciona melhor a rolagem da dívida, a administração financeira da dívida pública brasileira ou não terá saídas para essa crise que se aprofunda. Não é discutindo esses vetos que o governo resolverá a crise brasileira”, afirma o senador Álvaro Dias (PSDB/PR).
A votação é o primeiro grande teste político depois do anúncio das novas medidas de ajuste fiscal que precisam também ser votadas no Congresso. Sem a certeza de que os vetos serão mantidos, alguns parlamentares começaram a defender o adiamento da sessão para a semana que vem. É mais tempo para negociar. O presidente da Câmara foi um deles.
“Eu acho que, concretamente, não deve se derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira. E é kamikaze, mas é gasolina fogueira, mais ou menos, é acender fósforo num tanque de gasolina. Então eu não sou partidário disso. Então, obviamente, agora, a gente não pode saber o que vai acontecer. O ideal era que a gente nem votasse essa pauta, amanhã, enfim, é normal, isso acontece normalmente aqui”, declara o deputado Eduardo Cunha(PMDB/RJ), presidente da Câmara.
E também está quente a negociação da reforma administrativa que vai aumentar a participação de alguns partidos na Esplanada dos Ministérios e diminuir a de outros.
A presidente Dilma Rousseff fez várias reuniões com parlamentares. O PMDB foi chamado para indicar nomes e deve ter mais participação. Líderes peemedebistas se reuniram até a noite de segunda (21) e dizem que o partido ainda não decidiu se fará ou não indicações.
G1 Notícias
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