terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Em um ano, Sérgio Moro condena 57 investigados na Lava Jato



Penas somam 680 anos, oito meses e 25 dias de prisão.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Agência Brasil
Um ano e dois meses após proferir a primeira sentença na Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, contabiliza 57 condenações de pessoas investigadas. A informação consta de um balanço divulgado ontem, dia 7 de dezembro, pela Justiça Federal. Somadas, as penas dos envolvidos no esquema de desvios na Petrobras chegam a 680 anos, oito meses e 25 dias de prisão.
Entre os condenados pelo juiz estão o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, além de executivos das maiores empreiteiras do país. A primeira sentença ocorreu em outubro do ano passado, quando foi condenado Carlos Habib Charter, dono de um posto de combustível e de um Lavo Jato em Brasília, que inspirou o nome da operação, e ex-funcionários dele.
Enquanto as condenações passam de cinco dezenas na Justiça Federal em Curitiba, os tribunais superiores ainda não determinaram a abertura de nenhuma ação penal contra investigados com prerrogativa de foro e que só podem ser processados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No STF, 68 pessoas são investigadas na Lava Jato, entre elas 23 deputados federais, 14 senadores, um ministro de Estado e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). As demais não têm foro por prerrogativa de função, mas são processadas pela Corte por ligações diretas com parlamentares. As primeiras denúncias contra parlamentares chegaram ao Supremo em março deste ano.
De acordo com levantamento mais recente da Procuradoria-Geral da República (PGR), atualizado no mês passado, foram recuperados para os cofres públicos até o momento R$ 1,8 bilhão. Foram assinados 35 acordos de delação premiada e 116 mandados de prisão foram cumpridos.
As investigações preliminares da Lava Jato começaram em 2009, a partir da apuração do envolvimento do então deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010, com os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Charter.

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