Pescando oportunidades
Por Flávio Dino
Um dos grandes objetivos do nosso governo é apoiar o empreendedorismo dos pequenos produtores, essencial para que melhoremos a renda e os indicadores sociais do Maranhão. Dois eventos desses dias sublinham esse compromisso e esse projeto de desenvolvimento. Amanhã estarei na Raposa, para conhecer o início de programa de disponibilização de energia solar para agricultores familiares. A ideia é propiciar, com o uso de energias alternativas, a diminuição de custos de produção e maior competitividade, além das virtudes ambientais do programa.
E, na semana passada, tivemos a Semana do Pescado. O Maranhão é rico em águas, doces e salgadas. Possui o segundo maior litoral do país, com 640 quilômetros, e rios fartos e perenes. É muito importante que aproveitemos essa fartura que Deus nos deu para gerar riqueza para todo o estado. Por isso, o Governo de Todos Nós está apostando em programas como o Mais Produção para aquicultura.
Fico feliz de saber que, este ano, por exemplo, estão chegando as primeiras ostras de nosso estado com certificação sanitária ao mercado maranhense. É fruto do trabalho pioneiro que teve início no ano passado, com a capacitação dos pescadores e catadores de caranguejo do povoado de Cedro, em Humberto de Campos. Hoje, oito meses depois – o tempo de maturação da ostra – chegamos à produção de 900 dúzias cultivadas, que servem de reforço de renda à população. As ostras passaram por beneficiamento adequado, com acompanhamento da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), o que garante que o produto chegue às prateleiras com selo de certificação sanitária.
Com o sucesso dessa primeira etapa, vamos repetir o projeto em Humberto de Campos e expandi-lo para Icatu e Primeira Cruz. Pesquisadores da UFMA apontam essas três cidades como ideais para a aqüicultura e hoje elas já têm certificação ambiental e do governo federal para a formação de Parques Aquícolas.
Além da ostricultura, estamos investindo em outras atividades, para aumentar a produção de pescado em nosso estado, que já é significativa. Esse apoio é um diferencial à produção, como é possível ver no caso da Associação de Piscicultores de Itans, em Matinha, que é um grande exemplo do potencial maranhense nessa área, com uma produção de 20 toneladas por semana. Para lá estamos construindo uma estrada pavimentada, como reconhecimento ao sucesso dos empreendedores que lá estão.
A partir desse caso de sucesso, no próximo ano daremos início a projetos de piscicultura em Joselândia, Magalhães de Almeida, Tuntum, Grajaú, Pindaré-Mirim e Pastos Bons. E já demos início às tratativas para um projeto experimental de cultivo de sururu em Bequimão e de criação de camarões, em São João Batista, Anajatuba e Viana.
No âmbito da Semana do Peixe, também estamos trabalhando com capacitações, como as oficinas de receitas. Esta semana, quem visitou o evento aprendeu a produzir e a saborear o fishburger, o patê de ostra e a almôndega de peixe. A Semana do Peixe ajuda nessa popularização do produto, pois além de ser um momento de maior visibilidade, oferece preços mais acessíveis ao consumidor, graças à parceria com os comerciantes.
Vamos assim desbravando um novo caminho para a economia do Maranhão, tendo quem trabalha e produz no centro das preocupações, em lugar da mera economia de enclave para poucos.
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